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" A Liberdade é natural do Ser Humano, A Escravidão é Anormal." 

(Autor Desconhecido)

"Viver sem conhecer o passado, é viver no escuro."

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Os raios de sol passaram pela janela do quarto de Santana. Santana estava hospedado na casa de um amigo antigo de seu pai, que lhe cedeu abrigo durante esses dias. Santana abriu os olhos, olhou para aquele céu e imaginou uma vida tranquila com Amaya... Como deve ser viver sem se preocupar com Juliano?

Santana se arrumou, e desceu as escadas do enorme casarão com sua bengala, se sentando a mesa e comendo junto daquela família:

- A nossa família fica feliz em receber um santana novamente! - Disse o anfitrião.

- O que trás você meu filho para essas bandas? Solteiro, Bonito, bom partido... Deve estar atras de casamento. - Sorria a senhora Costa,

A família que recebeu Santana tinha o sobrenome Costa. Eles tinham uma filha, tentavam arrumar casamento para ela e Santana toda vez que ouviam sobre ele. Mas é claro que totalmente sem sucesso. Pobre menina, tinha apenas seus 16 anos.

Santana levantou os olhos ao ouvir tais afirmações e limpou sua boca com um guardanapo e disse:

- Com todo o respeito, mas vim por assuntos do império. E já tenho alguém por quem meu coração se interessa, e a ela sou fiel. - Disse Santana sorrindo.

Santana logo se levantou, pediu licença e foi atrás de Cabeça para resolver algumas coisas pedentes, além de encontrar seus amigos abolicionistas.

                                                                                           °•∆•°

Enquanto isso, Fernando junto de alguns guardas foram em direção a casa de Juliano, a quem estava junto de Ângela lhe fazia companhia na sala:

- Capitão Fernando! - Disse Juliano desentoando a voz e se levantando surpreso. 

- Capitão?! - Disse Ângela se levantando logo apos Juliano, se mantendo atras dele e segurando o braço de seu Marido, temerosa.

- Sinhá Ângela, Sinhô Juliano. Como é bom encontrar os dois em casa, já que com todo respeito, Sinhô Juliano vive mais fora de casa do que dentro. - Afirmou Fernando sem perder a compostura.

- Olha como se dirige a mim, sou um fazendeiro de muita influência nesta região! - Afirmava agora Juliano sem fazer nenhum rodeio.

- Um fazendeiro novo e inexperiente. E nenhuma influência irá mudar o passado. O que aconteceu, está feito. E o senhor sabe muito bem disso. - Respondeu Fernando com firmeza.

- Eu não tenho nada a ver com o que aconteceu aquela infeliz... - Resmungou Juliano ao olha para o chão.

- Então, o senhor sabe bem de quem me refiro... - Disse Fernando ao trancar a mandíbula.

- Com licença, mas a quem vocês se referem? - Perguntou Ângela após finalmente soltar o braço de seu marido e sair da retaguarda do mesmo.

- De ninguém especial... - Disse Juliano ao ser interrompido pelo Capitão.

- DE AMAYA , SINHÁ ÂNGELA. - Falou Fernando em Alta voz para encobrir a voz do culpado. - Ninguém em especial? Então o senhor perdeu o interesse pela escrava?! - Contestava Fernando.

- Eu nunca vou perder. - Disse Juliano ao olhar Fernando nos olhos.

- O senhor é um homem perigoso, Juliano Oliveira... Mas suas dividas não são comigo, mas sim com meu superior. - Respondeu Fernando ao se confrontar Juliano.

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