- Você foi a casa de Santana. Não foi? - Disse Juliano fazendo carícias no rosto de Ângela.
- Fui... - Disse ela se esquivando.
- Viu... Viu Amaya? - Ele perguntou tropeçando nas palavras parecendo querer se conter de algo.
- Vi, vi sim.
°•∆•°
- Amaya?!
A voz de Santana ecoou pela casa, e só dava para ouvir os passos de Amaya abafados pela água que escorria de seu corpo. Momentos antes de Santana chegar, ela sempre tomava banho.
- Santana! Tem notícias sobre Dona Helena? - Disse ela parando na frente dele.
- Nossa! Nem um, boa noite meu amor?! Ou um como foi o seu dia? Nem nada?! - Disse sorrindo ao escutar a voz dela.
- Ah boa noite Santana! Que bom que chegou vivo em casa, mas vai me fale de dona Helena!! - Disse ela em um tom ligeiramente apressado.
Santana tirou seu chapéu e sentou na poltrona mais próxima a ele.
- Foi internada, não se sabe se consiguirá sair...
Amaya sentou no colo de Santana e lhe lançou um olhar triste.
E ele retribuiu.Quando ambos iam se aproximando para se beijar, Alguém bate na porta.
°•∆•°
Após o jantar, Juliano se juntou aos seus capangas para decidir qual seria o próximo passo.
- O que o Sinhôzinho deseja? - Disse um bebendo vinho barato em um copo de barro.
- Eu quero me livrar do barão de uma vez por todas. - Disse Juliano tirando seu cachimbo da boca.
- A velha tática sinhô? - Perguntou Paulo.
- Não, não, deixamos para conversar isso depois! Aqueles americanos não conseguem me deixar em paz...
- Calma Sinhôzinho, Uma hora tudo vai se ajustar!
- Eu espero Paulo, eu espero... - Disse Juliano se levantando e subindo para o andar dos quartos.
°•∆•°
- Me deixe em paz, eu sou... Uma mulher... Saudável... - Dizia Helena enquanto estava presa e perdendo a consciência de tantos remédios que corriam pelo seu sangue.
- Fique quieta velha louca! Juliano nós pagou muito bem para te prender, e muito mais caso nós acabarmos com você! - Disse um dos médicos gritando do outro lado da cela.
- Pa... Papel, ca...caá... Carta. - pediu ela.
- Toma velha besta! E deixe de nós aborrecer! - Disse um dos empregados ao jogarem papéis e coisas para ela poder escrever.
As mãos de Helena tremiam, sua visão estava turva, o suor pingava sobre sua pele. Ela não estava em seu juízo perfeito. Estava em um quarto frio. Mas mesmo assim ela juntou suas forças e começou a escrever uma carta.
- A...A....A...Amaya... - Ela falava totalmente fora de si.
E só conseguia se ouvir a caneta tinteiro riscando o papel.
°•∆•°
Santana retirou Amaya do colo e foi atender a porta.
Abrindo a porta se deparou com Firmino e Rita assustados e super nervosos.
Ambos todos ficaram em choque...
- Amaya?! - Chamou Firmino.
Capítulo novo aqui pessoal kkk espero que vocês gostem kkkk
Gostaram do capítulo : " Juliano's Vision"?
Espero que sim ❤️
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À FRENTE DE SEU TEMPO
Ficción históricaVamos Voltar. Deste exato momento, até o final do Século XIX. Para ser exata, Março de 1888. Ano da Abolição. Vamos observar, viver, e sentir a vida de Amaya, uma escrava negra que foi agraciada pela vida e condenada pela sua posição social, pelo se...