- Então finalmente te encontrei... - Disse Juliano enquanto seus olhos queimavam como fogo.
Ele tentou acertar a barriga de Amaya com um pedaço de galho espinhoso. Ela desviou e segurou o galho. E ele em um reflexo chutou fortemente a barriga de Amaya, fazendo ela cair.
- Sinto um perfume... Você estava na casa de Santana não é mesmo?! - Disse ele levantando ela pelo cabelo.
- Vai pro inferno seu filho de uma... - Disse ela conseguindo soltar seu cabelo das mãos de Juliano.
- CHEGA! - Gritou ele. - Agora, passa pra cá. - Disse ele estendendo a mão.
- Nem morta! - Disse ela que logo após cuspiu perto do pé de Juliano.
Juliano fez um sinal para os capangas segurarem Amaya que tentou revidar... Mas não conseguiu.
Juliano chegou perto de Amaya que tentou morde - lô, mas ele desviou. Ele olhou para o pé dela aonde viu algo pendurado por baixo do vestido.
- Sempre soube que o que eu procuro fica debaixo de sua saia... - Disse ele sorrindo maliciosamente e levantando a saia de Amaya mostrando uma das pernas. - Ah... Achei.
Ele agarrou a carta e soltou a corda que prendia a carta à coxa de Amaya.
- Cachorro Maldito! - Gritava Amaya.
- Tragam ela aqui. - ele deu um sinal para que aproximassem ela do fogo da fogueira.
O rosto de Amaya estava quente por estar perto da fogueira, aonde ela viu Juliano queimando sua carta de alforria na sua frente, ela pela primeira vez... Desistiu de lutar.
°•∆•°
Santana respirou fundo e foi até a casa de Juliano totalmente alterado, mas Juliano não estava em casa, só tinha Ângela.
Pois Santana ficou lá até amanhecer, com seu revólver na mão.
Amanheceu para todos, mas Santana não se sentiu cansado. Como se a raiva lhe desse forças para ficar acordado. Santana apenas tomou um café oferecido por Ângela.
Mas o ódio dele só cresceu mais, quando ele ouviu o som de uma carruagem.
Era o barão que estava atrás de Juliano.- Aonde está Juliano, Sargento Santana?
- No quilombo talvez. - Respondeu ele seco.
- Fazer o que lá?
- Capiturar... Amaya. - Disse ele sem fazer contato visual.
E assim Santana viu a carruagem de Juliano voltando. E Amaya amordaçada mas aparentemente totalmente intacta.
- Cachorro Maldito. - Falou Santana.
- Boas tardes para o senhor também Sargento... - Disse Juliano tirando sua cartola da cabeça.
- Eu posso falar duas palavras com ela? Porco imundo... - Sussurou Santana.
- Duas. - Disse Juliano sinalizando "dois" com a mão.
" Amaya meu amor, me olhe se ele fez maldade com você."
Amaya apenas balançou a cabeça falando Não.
" Que bom, menos mal... Você vai ver meu amor. Eu vou te ajudar..."
Neste momento Juliano pegou Amaya no colo. Pois ela estava com as mãos e pés amarrados. Fora a faixa na boca. Ele subiu com ela pelas escadas e entrou na casa Grande.
Santana respirou fundo para não matar Juliano. E o Barão observou tal cena.
- Sargento... - Disse o barão fazendo um sinal.
- Sim? - Disse ele arqueando a sobrancelha.
- Vá para corte... Se isso lhe ajudar. - Disse o barão.
- A... a corte? - Disse ele confuso.
Eu sei, atraseiiiii
Mas e aí? Coitada de Amaya emmm...
Diz aí o que vc acha que vai acontecer!
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Bjsssss
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À FRENTE DE SEU TEMPO
Narrativa StoricaVamos Voltar. Deste exato momento, até o final do Século XIX. Para ser exata, Março de 1888. Ano da Abolição. Vamos observar, viver, e sentir a vida de Amaya, uma escrava negra que foi agraciada pela vida e condenada pela sua posição social, pelo se...