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Amaya leu a carta atentamente, preocupada.

-Eu ainda não consigo entender. Juliano seria capaz de cometer um crime? 

- Eu não duvido de nada daquele... - Santana é interrompido por Rita e Firmino entraram na sala preocupados.

- Temos que ajudar o quilombo o quanto antes! - disse Firmino.

- Ângela viu o Firmino, Juliano suspeita do quilombo, precisamos ir o quanto antes! - Afirmava Rita esbaforida.

- Eu vou com vocês! - Disse Amaya guardando a carta.

Santana pegou Amaya pelo braço e olhou em seus olhos.

- É muito perigoso, Juliano vai ter o que quer de uma vez só... - Disse Santana.

- Você tem que falar com Ângela de alguma forma... Mas eu vou com eles. - Disse Amaya em um tom triste.

Santana soltou levemente o braço de Amaya e se virou de costas, depois de passar a mão por seus cabelos e respirar fundo ele disse:

- Levem reforços... - Disse ele tirando seu revólver da cintura e jogando para Firmino.

"Acho que eles precisam conversar..." Sussurou Rita para Firmino e eles se retiraram.

Quando só tinha Santana e Amaya na sala, os dois deram um abraço apertado, como se tivessem o pressentimento de que algo iria dar errado.

Eles se juntaram em um beijo apaixonado, e depois Santana beijou a mão de Amaya.

- Você sempre é teimosa assim? - Disse ele sorrindo docemente para ela.

- É minha natureza... - Disse ela sorrindo.

- Você é a minha fraqueza sabia? - Disse ele em um tom de voz rouco e abafado.

Ela apenas sorriu.

- Te vejo no jantar? - Disse ele colocando seu chapéu.

- Sim... - Suspirou ela.

°•∆•°

Juliano chegou em casa totalmente atordoado, quebrando tudo o que ele olhava...

- Juliano! Pare! Logo irá destruir a casa toda! - Interviu Ângela.

- Firmino! Firmino está na casa do Sargento! Provavelmente a burra da Rita está com ele! - Disse ele exalando ódio.

- Firmino? - Perguntou Ângela com a sobrancelha arqueada.

- É Ângela! E Amaya? Aquela petulante insiste em mostrar que está livre, e longe de mim! Dos meus domínios... Mas eles vão ver! Hoje mesmo eu derrubo aquele quilombo! - Disse ele pegando seu revólver, e atirou no rosto de Amaya que estava na pintura.

- Juliano! Você está fora de si! - Disse ela totalmente assustada.

- Eu ainda pego essa negra levada! - Disse ele saindo da sala e sentando na carruagem.

- JULIANO! - Gritou Ângela.

Juliano apenas lhe lançou um olhar frio e deu o sinal para o escravo seguir com a carruagem.

- Juliano... - Disse ela ao cair no chão chorando.

Ao ouvir o som de um cavalo ela levanta os olhos feliz.

- Julian... - Diz ela feliz aonde logo a tristeza acaba.

- Senhora Ângela? - Diz Santana estendendo a mão para ela. - Precisamos conversar...

°•∆•°

- Acordem seus macacos! - Disse Juliano entrando numa taberna aonde também era uma casa de prostituição.

Nela se encontrava bêbados, músicos, e os capitães do mato, além das garotas que serviam esses homens.

- Sinhôzinho Juliano? Você aqui? No nosso amado antro de perdição?! - Disse o capitão do mato.

Todos riram.

- Veio para se deliciar em minha cama de cetim? - Disse uma das garotas entrelaçando uma fita rosa no pescoço de Juliano.

- Saia de perto sua imprestável! - Sorriu ele maliciosamente.

- Não Seja grosso! - Disse a garota aborrecida.

- Eu tenho dois escravos fugidos no quilombo mais próximo, e eles estão escondidos na cidade. Então o quilombo está desprotegido... Temos que atacar hoje mesmo. - Disse ele sorrindo.

- Está louco? Para juntar homem suficiente leva tempo! E tudo isso por dois Escravos? Deixa os cachorros se divertirem! - Disse o capitão do mato totalmente bêbado.

Novamente todos riram.

Juliano pegou sua arma e atirou na garrafa de vinho perto do capitão do mato.

- Eu disse... Agora! - Olhou Juliano para o capitão do mato, que engoliu a seco.

°•∆•°

- Amaya, você não vai esperar por Santana?

- Não Rita. Ele ia chamar muita atenção, e se der errado ele é preso! - Disse Amaya colocando coisas dentro de uma bolsa.

- Você sabe que ele não vai gostar disso né?! - Disse Firmino girando uma navalha fechada nas mãos e encostado no vão da porta aberta.

- Eu sei que não, mas temos que ir. - Disse Amaya saindo do recinto.

Rita e Firmino se olharam.

- Amaya não vá, se Juliano rasgar sua carta de alforria, você voltará a ser escrava! - Disse Rita.

Amaya parou e respirou fundo.

- Santana há de me perdoar... - Disse Amaya em tom de pesar.

Amaya andou até a mesinha de centro do salão principal e olhou a data do jornal.

" 08 de maio de 1888"

- Vamos, vamos no meu... Cavalo. - Disse Amaya um pouco receosa.



Oi pessoal, desculpa kkk
Bloqueio criativo é uma Loucura!
Ainda tem algumas coisas importantes para acontecer, mas eu espero que dê tudo certo kkkkkk

Obrigada por ler! ❤️
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