- Sargento, sei por quê está aqui...
Ele fez um sinal para que ela continuasse.
- A carta de dona Helena. - Ângela disse em um tom triste.
- Exatamente. - Disse Santana se arrumando em uma cadeira.
Santana arqueou uma sobrancelha e Ângela continuou.
- Meu pai me fez casar com Juliano. Interesses...- disse Ângela apertando as mãos.
- E aonde entra Amaya nesta história? - Disse Santana tomando uma postura séria.
- Ora senhor sargento. Meu marido é louco para ter ela nas mãos dele. Algo do passado. - Dizia Ângela pausadamente.
- É por isso que Juliano estava bravo pela libertação de Amaya... - Dizia Santana se levantando.
- Ele vai fazer de tudo para ter Amaya... Até invadir o quilombo... - Falou Ângela em tom baixo.
Santana olhou para Ângela assustado.
- Onde está Juliano nesse momento?
- Invadindo o quilombo. - Ângela disse triste. - Sugiro que vá antes que seja tarde de mais...
Ela apontava para porta.
Estava anoitecendo e Santana correu e subiu em seu cavalo e foi atrás de Amaya.
°•∆•°
Amaya, Rita e Firmino estavam dentro da mata quando estava escurecendo, chegaram no quilombo, no meio do caminho eles ouviram o som de Juliano e seus capangas, mas conseguiram escapar.
- Firmino! Você voltou! - Disse uma das moradoras do quilombo.
- Ouçam vocês! O quilombo vai ser invadido! Juntem tudo de valor, e corram!!
Todos correram em Pânico juntando tudo o que viam, e foram subindo a grande mata.
Não foi tão rápido, anoiteceu quando só Firmino ficará junto com os Escravos homens, já que Rita guiou as escravas, idosos e crianças.- Amaya o que você faz aqui ainda? - Disse ele totalmente surpreso.
- É a mim que ele quer... Você sabe. - Disse Amaya olhando para Firmino.
- Fuja logo mulher! - Disse ele preocupado ouvindo o som do mato sendo cortado pelos Capatazes.
Os Escravos homens já haviam saído correndo se escondendo na mata.
- Deixe de teimosa Amaya! Vamos! - Gritou Firmino nervoso.
- A gente se vê por aí, Firmino... - Disse ela fazendo com que o cavalo de Firmino se assustasse e corresse longe sem rumo.
O som do mato sendo cortado e os gritos de Juliano ficavam cada vez mais terríveis.
Até ele encontrar Amaya com seus olhos.- Ah.... - Riu ele de satisfação.- Eu sempre soube sua desgramada!
°•∆•°
- Amaya?! Firmino? Rita?! -Gritava Santana pela sua casa, mas eles não responderam.
- Sinhô Santana? - Perguntou a criada.
Santana achou a carta de Amaya, e apertou a carta. No início indignação z depois tristeza e preocupação.
- Sinhô, não fique triste... - Disse a criada sensualizando.
Santana a olhou com nojo.
- Saia da minha casa. - Disse ele pausadamente.
Santana saiu indignado do salão principal de sua casa e correu ao estábulo, e viu que os cavalos que ele tinha dado á Amaya tinham sumido.
- Amaya... Aonde você se enfiou...
Eai?????? O que será que acontecerá?????
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Espero vocês no próximooooo
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À FRENTE DE SEU TEMPO
Ficção HistóricaVamos Voltar. Deste exato momento, até o final do Século XIX. Para ser exata, Março de 1888. Ano da Abolição. Vamos observar, viver, e sentir a vida de Amaya, uma escrava negra que foi agraciada pela vida e condenada pela sua posição social, pelo se...