- Eu, eu posso explicar! - Disse Amaya totalmente assustada.
Santana arqueou uma sobrancelha.
- Eu posso te falar, mas não hoje, não agora... Amanhã! Por favor senhor eu te conto tudo amanhã! - Ela disse isso totalmente desorientada e apressada.
Santana ficou desorientado. O que ela fez? Aonde ela estava?
°•∆•°
- Sinto muito meu querido... - Dizia Ângela na esperança de consolar Juliano.
- Amanhã vou na casa do Sargento! Bem cedo! Tenho que fazer justiça! - Dizia Juliano com uma voz chorosa.
- A justiça já foi feita Juliano... Teu pai pagou por muitas coisas. - Dizia Helena com um pesar na voz.
Juliano foi dormir, mas ele sabia que alguém tinha feito algo. Mas será que Helena sabia de alguma coisa?
°•∆•°
O dia amanheceu, e logo bem cedo um pouco depois do café Juliano já estava na propriedade de Santana, junto com alguns amigos antigos de seu pai, com seu sogro barão e com alguns escravos fortes.
Santana arrumava sua farda, e estava na sala principal aonde terminas de se arrumar ainda um pouco confuso.
- Senhor Santana? - Chamou Amaya docemente.
- Ah, sim, estou aqui Amaya! - Disse ele arrumando umas das faixas de seu uniforme.
- Senhor, eu tenho que lhe confessar uma coisa...
Enquanto Amaya dizia taí palavras, Juliano ouvia escondido pela porta da frente, e a criada observava os dois escondida.
- Fale...
Amaya respirou fundo.
"Desembucha logo escrava!" Pensou A criada.
"Fala logo Amaya." Pensou Juliano, cauteloso para não fazer barulho.
- Eu sou responsável pela fuga da maioria dos Escravos fugidos. Principalmente de...
- ENTÃO AGORA SABEMOS QUEM É A VERDADEIRA CULPADA! - Disse Juliano sem cerimônia, invadindo a casa de Santana.
Assustada Amaya falou:
- JULIANO, EU NÃO MATEI SEU PAI! - Gritou Amaya com a voz embargada.
- VAMOS SARGENTO! PRENDA ELA AGORA! VAMOS O QUE ESTÁ ESPERANDO?! - Dizia Juliano totalmente fora de si.
Santana estava totalmente paralisado com a afirmação de Amaya.
- SE VOCÊ NÃO PRENDE, EU PRENDO! - Disse Juliano pegando os braços de Amaya e puxando com força, ficando por trás dela. Juliano cheirou o cabelo de Amaya em um ato de malícia.
Nesta mesma hora Santana quase bateu em Juliano, mas Amaya falou para ele cumprir a lei.
E assim Juliano e seus amigos levaram Amaya até a delegacia, enquanto Santana escoltava totalmente aflito.
Mas lembrara de algo que tinha que podia ajudar...
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À FRENTE DE SEU TEMPO
Ficción históricaVamos Voltar. Deste exato momento, até o final do Século XIX. Para ser exata, Março de 1888. Ano da Abolição. Vamos observar, viver, e sentir a vida de Amaya, uma escrava negra que foi agraciada pela vida e condenada pela sua posição social, pelo se...