O que Helena foi falar com Santana está em oculto. Pois os dias se passaram cada vez mais terríveis. Com as visitas impertinentes de Juliano, Amaya sofria "engaiolada"...
Santana totalmente desolado não comia nem bebia, precisava saber como livrar Amaya daquilo. E a mesma não queria que ele ajudasse ela a fugir da cadeia.
Dias travados de grande luta e xingamentos disparados a "torta e a direita" proferidos ente Santana e Juliano.
E Ângela que vivia calada sugando sua própria dor depois de acordar de noites memoráveis de um "amor" conjugal...
"É o seu dever de esposa..." Dizia Juliano à ela.
- Meu dever de esposa...- Dizia a pobre Ângela enquanto se limpava de uma noite de "prazeres"
°•∆•°
Os Oliveiras estavam reunidos na sala: Helena, Juliano e Ângela. Helena lia um livro, Ângela bordava e Juliano começou a fumar seu cachimbo.
Até Fernando, um dos imediatos de Santana chegou a porta da casa Grande, quebrando o silêncio.- Que mais ventos te trazem aqui capitão Fernando? - Dizia Juliano sem contato visual.
- Os mesmos que te levam Senhor Juliano...- Disse Fernando com deboche em sua voz. - Vim avisar que o caso de Carlos Oliveira se deu incerto, e a escrava Amaya se deu por inocente.
- COMO ASSIM?! - Disse Juliano totalmente surpreso.
- Ora, Pelo depoimento de Senhora Helena! Bom vou me retirar... Tenho uma prisioneira para libertar. Com licença. - Disse ele se retirando.
Juliano olhou com ódio à sua mãe.
- Que a justiça seja feita... - Disse Helena serena.
°•∆•°
- JULIANO VOCÊ NÃO PODE FAZER ISSO COM A SUA MÃE! - falava Ângela energicamente.
- FAREI! - Disse Juliano com muita raiva.
- NÃO FAÇA ISSO! - Implorou Ângela.
- SAI DE PERTO DE MIM! - Disse ele com raiva.
Nesta mesma hora, Juliano empurrou Ângela até a mesa do seu quando.ande ela se machucou e saiu sangue.
- Lugar de louco é hospício! - Dizia ele se afastando e se retirando.
E Ângela não se movia...
°•∆•°
O carcereiro acordou Amaya que dormia pois a noite já havia caído.
- Amaya? - Chamou ele.
- Sim? - Perguntou ela sonolenta
- Levante-se. Você foi liberta! Alguém testemunhou ao seu favor. Santana te espera na porta. Eu não sei o que fez, mas você enfeitiçou ele... - Sorriu o carcereiro.
Amaya não podia acreditar, finalmente estava livre e bem, nem percebeu que Santana estava na porta.
- Vamos Amaya, vamos para casa - Sorriu Santana.
- Vamos! - Disse Amaya alegremente.
°•∆•°
Mais tarde naquele mesmo dia Santana e Amaya voltaram para casa. Amaya tomou um banho e colocou um vestido limpo não fez questão de colocar seus sapatos. Correu descalça para sala principal aonde os dois estavam alegremente conversando na sala.
Assim também fez Santana, mas seu corpo estava molhado e seu cabelo também. O coração de Amaya batia mais forte ao vê-lo perto de si. Sem nada os impedindo.
- Ah acho que meu maior medo seria Juliano poder me ter em suas mãos!... - Dizia ela se sentando no móvel.
- Não se aborreça com isso. Ninguém mais é seu dono! - Sorriu Santana.
- O que? - Indagou ela.- Amaya... Temos muito o que conversar...
Amaya se sentou para prestar atenção.
- Quando comprei você, lhe dei uma missão. Mas eu não consegui te ver acorrentada... Presa. Então eu fui ao tabelião e... Fiz a sua alforria. Assim se Juliano quisesse te comprar não iria conseguir. E também coloquei sua alforria em meu testamento... Nunca se sabe do que Juliano Oliveira é capaz... - Disse ele em tom baixo e de cabeça baixa.
- Não posso imaginar... - Amaya colocou sua mão na frente de sua boca.
- Rita e Firmino estão bem, se depender de mim nunca irão ser escravos novamente. Mandei armas, comida e mantimentos para eles... Você está livre para ir... Só não falei que estava livre antes porque se não você iria enfrentar Juliano sozinha sem a ajuda... Minha e de dona Helena. - Disse ele olhando perto dela.
- Helena? - Disse Amaya ainda mais confusa.
Há muito tempo atrás...
" Eu já mandei uma carta ao juiz..."
"Então ela será livre?"
"Sim, eu irei testemunhar a cerca dela."
"Muito obrigado!"
"Só me faça um favor... Proteja ela de Juliano, ele está louco por ela."
" Ela saberá de tudo."
"Adeus Sargento..."
Atualmente...
- Eu não consigo acreditar... - Dizia ainda surpresa.
- Está livre, se quiser ir ou ficar... Você pode escolher e eu garanto que vou te acolher... - Disse Santana se aproximando.
Amaya estava admirada com tudo o que aconteceu. A sorte tinha dado um sorriso para ela. Amaya se virou para Santana e começou a falar...
- Santana eu preciso falar sobre algo... - Olhou ela nos olhos dele.
- O que exatamente? - Indagou Santana com uma sobrancelha arqueada.
- Nós... - Falou ela se aproximando ainda mais do mesmo.
E AÍ? O que será que vai rolar emmmmm??? 💕 Fiquem ligados, nos comentários e votemmmm
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À FRENTE DE SEU TEMPO
Historical FictionVamos Voltar. Deste exato momento, até o final do Século XIX. Para ser exata, Março de 1888. Ano da Abolição. Vamos observar, viver, e sentir a vida de Amaya, uma escrava negra que foi agraciada pela vida e condenada pela sua posição social, pelo se...