Segundo dia no manicômio

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Estou presa nesse inferno como se fosse meu purgatório, pagando pelos pecados que fiz. A tortura dos outros chega a ser o meu tormento, os gritos e risada são uma espécie de tortura psicológica pra mim me incomodando e me machucado por dentro. Apesar de esta apenas um dia aqui, eu não descobri nada mais sobre o estado do Toddy, ele está morrendo aos desnutrido e mal alimentado sendo segurado por cordas e uma camisa de força que era pra mim está no lugar ele sofrendo por tudo que causei sem ajudar. Mas eu ajudei. Eu ajudei e quando eu menos esperasse eu vi que não foi o suficiente e isso me torna culpada e inútil. Espera, o que estou pensando?! Por mais que tudo esteja nas minhas costas e mesmo que eu me arraste pelo solo cheios de pedra eu ainda tenho uma pequena "vida" para cuidar, os poucos amigos que me restaram ainda precisam ser salvos desse mal. Eu estou caída eu sei, eu não mereço desculpas e muito menos perdão de alguns, mas dessa vez eu posso e consigo salva-lo, não por mim, mas por Sally, Ashley e o Neil que ainda o ama.

        Deixando de balançar sobre a cama Elizabeth olhou para a janela, já era de manhã e não teria dormido nada com medo dos pesadelos.

         Me tornar uma Deusa não está ajudando em nada, ou eu estou agindo de forma errada deixando me levar pelas coisas anteriores que tanto me fez mal? Ah papai...mamãe...meninas...como sinto falta de vocês. Queria que pudesse me dizer o que fazer ou como agir melhor. Sally...eu sei que sabe que agir daquela forma para te proteger, você vai voltar eu sei, mas fique longe, eu quase te perdi e não pretendo perde-lo de novo.

        Uma pequena borboleta voou pela janela deixando a garota soltar um sorriso bobo no rosto sem vida. Sentindo o nariz arder as lágrimas desceram calmamente. Ela não ousou limpa-las e permitiu soltar toda agonia em seu peito.

           Papai?! Isso dói demais, o senhor sempre me disse para ser forte nos momentos difíceis e eu estou tentando, tento isso a anos. Sorri pelo senhor e todos aos meus redores, mas nunca sorri por mim e sinto muito por nunca te dizer, mas obrigada por me fazer uma garota forte e independente de mim. Eu terminarei o que a linhagem ruim de minha mãe começou e serei seu orgulho, mesmo viva ou morta.

- Lily?.- Hideki apareceu no quarto e se aproximou dá garota que olhava fixamente para a janela.- Lily?

         Ele se agachou a sua frente e segurou seus braços chamando atenção dá garota que não expressou nada.

- Hideki?...o que faz aqui?
- Você esta bem?.- Ele levou o polegar limpando o rosto molhado dá jovem.- Vim ajuda-la como o combinado!
- Sua tia...
- Foi uma perda difícil pra mim, mas lhe devo por ter tentado salvar a vida dela!
- Isso é exagero, e vai por mim!.- Ela terminou de limpar o rosto se recompondo!.- Fique com Margareth, ela está preparado o hospital para o incêndio, não podemos machucar ninguém!
- Tem certeza que isso funcionará?
- Não mas não temos muita opção no momento, fazer um ritual no meio do fogo deixará todos longe!.- Sua cabeça estava doendo de não ter dormido.- Logo vamos ser chamados pró banho de sol, precisa se juntar a Margareth!
- Vou proteger seu quarto depois, você precisa dormir!

          Elizabeth gostava dá forma em que o garoto a tratava, era uma forma doce e gentil mesmo antes de se tornar Deusa. Esse seria um pretérito de começa sua vida, mas não seria justo com ele.

- Sally irá aparecer algumas vezes, não deixe que nada aconteça a ele OK!.- Pediu gentilmente.
- Claro, seus amigos são importantes pra você e sei disso. Tomarei todo cuidado!.- Foi um último toque no rosto dá jovem até desaparecer por completo.

         No horário exato enfermeiros apareceram para levar a jovem, ela saiu sem reclamar de nada, mas estava um pouco tonta o que a incomodava um pouco, a porta rangeu machucando seus ouvidos que teve a precisão de tampa-los. Resmungou de leve por aguentar tudo aquilo mas logo seria em vão, sendo segurada pelos braços Lily deixou ser levada já que estava cansada, era uma situação em que não precisaria se esforçar para andar. Mas algo estava estranho, ao passarem descerem a escada e passar pelo corredor acabaram virando em outra direção que não fosse o jardim do hospital. Ela se manteve atenta e estranhou, notou que estava a segurando com muita força mas não reagiu. Entrando um corredor mais no final dele tinha uma porta grande de metal resistente, e mantinha dois homens a espera.
  
           Que merda...!

          Foi um segundo até perceber que era uma sala de tortura quando foi aberta, logo entrando em desespero ela tentou fugir, mas à estavam segurando muito forte.

- Vamos passarinho, não seja teimosa!.- Um dos enfermeiros disse fazendo Elizabeth parar de se debater.
- Do que me chamou?.- Ela sabia que apenas seu pai a chamava daquele jeito.

         Sorrindo os olhos dele se tornaram negros assim como os outros, como estava fraca ela não notou a presença ruim vinda deles.

- HIDEKI!.- Ela gritou antes de ser jogada com força na parede.

          Viu sua visão ficar pior do que já estava e foi fácil para ser arrastada para dentro dá sala. A colocaram em uma maca, ela tentou lutar com a pouca força que tinha mas acabou recebendo um soco que a desacordo​. A prenderam nas mãos pés e tronco com força machucando sua pele. Os pequenos instrumentos de tortura estavam em uma bandeja ao lado dá maca.

- Isso vai doer muito, passarinho!.- Pegando um bisturi ele se aproximou dela.

        Mas em um ato rápido seu braço se soltou agarrando o braço dele. Os longos cabelo de Elizabeth brilharam e ao abrir seus olhos notou uma coloração avermelhada que tomou de conta de todo o olho.

- Sim isso vai!.- Ela rasgou a carne de seu braço o fazendo gritar.

       Outros tentaram se aproximar dela, mas tiveram as pernas quebradas e até mesmo com rasgos profundos na pele os fazendo cair no chão em agonia.

- Eu sempre espero algo melhor!.- Ainda segurando um dos endemoniados ela se soltou com facilidade nas amarras.- Como entraram?
- O-o demônio...o demônio...

        Luke pode controlar outros demônios? Ele conseguiu destruir a barreira?

- M-me solta...!.- Ele não aguentava a dor de ter os dedos dá mesma em sua pele, segurando o bisturi com a outra mão ele a cortou, mas sua pele se regenerou na hora.
- Ah sim me esqueci de você!.- O pescoço dele se virou para trás em um movimento rápido, ela o soltou sem vida no chão.- Ousem me desafiar de novo, e sofreram mais do que no inferno ou purgatório junto!

         Todos eles tiveram os pescoço quebrando em um giro rápido e forte, o sangue se espalhou pelo chão dando uma sensação de alívio a mesma. Se acalmando ela tossiu fortemente, se transformar de forma agressiva assim no estado que está acabaria a matando se pudesse. Deitando na maca ela pensou no que ocorreu agora pouco. Estava sendo inútil de novo e mal se deu conta de pequenos demônios.

- Larry me xingaria agora...!.- Disse baixinho rindo.

O Beijo da Noite 2° TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora