Quando me dei conta o sol já tinha aparecido, eu não consegui pregar o olho de tanto que eu estava ansiosa. Mas por que, nem eu sei. Era 08:00 e já podia ouvir meu pai mexer na cozinha, eu ficaria mais na cama só que meu entregou e logo bateu a fome. Saindo do meu quarto eu podia ver meu pai cozinhando feliz.
- O cheiro está bom!.- Falei me sentando a mesa.
- Não conseguiu dormir querida? Esta com olheiras enorme!
- Estou ansiosa em como será a festa, não é todo ano que comemoramos o Natal. Fico pensando como será o ano novo!
- Passaremos a retornar nossas vidas Lily, por ela!.- Meu pai colocou os alimentos na mesa.Ele tinha razão, por mais que minha mãe tenha morrido podemos voltar aos velhos costumes de comemorar os feriados como se eles estivesse conosco. Olhei pra janela e notei a chuvinha de neve lá fora, os raros momentos em que eu brincava de bola de neve.
Depois que comi eu coloquei uma roupa mais quente e sai do apartamento. Me dirigi até de trás do prédio e simples fiquei lá, pensando um pouco. Estava um frio gostoso e com a ajuda do sol me fez querer aconchegar no casaco.Linda neve!
Branquinha!
Fofa!- Lembro do dia em que me fizeram ter a ideia de me cobrir com neve, eu acabei indo parar no hospital!
Desculpa!
Tivemos curiosidade!- Em me matar? Quase deu certo suas loucas!.- Eu ri e me deitei na neve balançando os braços e pernas.
A neve estava realmente fofinha, mas ainda sim era gelado. As poucas lembranças me vieram a mente quando minha mãe brincou comigo na neve, ela fazia pequenas bolinhas e me ensinava a jogar em meu pai. Sua risada era como uma melodia e seu jeito calmo e sereno a faziam se tornar mas adorável.- Lily!?.- Eu acordei dos meus sonhos quando escutei me chamarem.
- Sally?
- Eu vi você dá janela deitada aí, achei que tinha morrido!
- Não, eu só queria relembrar uma coisa. Quer me acompanhar?
- Ah bem!.- Ele se ajeitou e deitou-se na neve comigo.- Você está bem?
- Estou, não é nada grave. Só senti falta dá minha mãe!
- Eu entendo, as vezes algumas coisas também me faz lembrar a minha mãe. De como ela doce, adorável, linda e compreensiva!Sally nunca tinha me falado dá mãe dele, ainda mais como ela era. Pra ele era uma situação difícil é por isso não quis prolongar a conversa.
- Você...vai lá em casa mais tarde?
- Ah sim, vou. Eu estava pensando em levar um presente ao seu pai por fazer tudo!
- Que nada, meu pai adora fazer essas coisas. Ele é mais a mãe do que o pai!.- Eu ri e o fiz rir também.- Mas é sério, não precisa levar nada!
- Posso levar pelo menos algo pra você?
- Ah...mais aí eu vou te dar algum presente também!
- Tudo bem, eu vou gostar muito!
- OK então. Sally?
- Hum?!
- Gosta de raspadinha de gelo?
- Talvez, por quê?
- Prova aí então!.- Eu peguei um punhado de neve e joguei nele.Foi um ato de covardia, mas não conta porque ele estava com a máscara. Mas foi um ato de brincadeira que acabou o divertindo, ficamos algum tempo jogando neve um no outro correndo pra lá e pra cá até nos cansarmos. Ficamos mais um pouco conversando até voltarmos para dentro, eu podia ver onde eu comecei a gostar do Sally, só não sabia se isso iria me prejudicar ou me ajudar.
Era 18:00 e todos estamos ali, tantos os pais quanto o grupinho. Chug estava encarando a mesa de comida todo encantado, Larry, Sally e Ashley estavam um canto conversando. Toddy estava com a Maple perto dá janela conversando.- O que houve querida?.- Sr. Lisa apareceu do meu lado me assustando.
- Não é nada!.- Eu sorri.- É só...que ver a casa cheia pra mim é estranho!
- Eu entendo querida, quando o pai do Larry sumiu eu nunca mais quis comemorar o Natal, mas então meus vizinhos surgiram e vi que minha vida tinha se continuar, pelo meu filho!
- Deve ter sido difícil pra você!
- Para você deve está sendo, não é?Um pouco! Pensei enquanto via ela ir até o pai do Sally.
Desde que minha mãe morreu, comemorar qualquer coisa era difícil para mim e meu pai. Era como se estivéssemos lembrando dá morte dela, e por isso quase nunca comemoramos. Mas olhar meu apartamento cheio daquele jeito estava me dando um sentimento de leveza, algo bom e calmo. Comemoramos o resto dá noite com conversas e jogos de tabuleiro até a hora de comer. Meu pai permitiu-se fazer a oração, eu pude ver meu pai empolgado e feliz com o dia de hoje. Era aquilo que eu queria ver, meu pai alegre, feliz e contente de novo mesmo que eu seja a parte ruim dá árvore genealógica dá nossa família.
Toddy e seus pais tinham ido na frente, eles precisariam dormir cedo já que os mesmo pareciam chapados. Larry estava com a Maple e o Chug conversando com meu pai, ele ria bastante então não me preocupei. A minha ideia idiota foi caçar o Sally mas a Ashley. Os dois estavam abraçados perto dá árvore de Natal, ela parecia bastante confortável abraçada a ele.
Eu me sentia estranha em relação aquilo é simples fui até o cabide pegando minha jaqueta e sai.- Lily? Ei Lily!.- Escutei o Larry me chamando mas não liguei.
Fechei a porta com força e corri até o elevador, eu apertei o botão frenética enquanto vestia a jaqueta.
- Anda anda anda!
O elevador abriu assim que a porta dá meu apartamento abriu, eu entrei frenética e apertei o botão indo pró primeiro andar.
O que houve?
Lily triste...
Muito Muito triste- Cala boca, me deixa!
Eu simplesmente sai correndo assim que a porta do elevador abriu. Era época de inverno, a neve estava fofa a medida em que eu corria. Eu não sabia para aonde estava indo. Estava frio mas meu corpo esquentava por correr, eu podia ver minha respiração sair pela minha boca, a névoa embaraçada minha visão e por um descuido meu pé prendeu e eu cai.
A neve amorteceu e logo me dei conta dá idiotice que eu estava fazendo.- O que eu tô fazendo...? O que...
Lily bem?
Machucada?
Ferida?- Não meninas eu estou bem!.- Eu ri.- Só não sei o que estou fazendo!
Lily gosta de Sal?
- Eu sei lá, isso é tão complicado!.- Me levantei batendo a neve dá roupa.- Onde estou? Meninas?
Eu não tive resposta delas, mas não me preocupei. Logo senti o frio e abracei meu corpo me amaldiçoado pela ideia idiota de sair correndo de casa. Eu estava prestes a voltar quando algo chamou minha atenção.
Algo vermelho voava em Zig zag em minha direção eu estranhei e sairia dali, mas logo notei ser uma borboleta.O que?! Como ela pode estar voando assim na neve?
Eu andei na direção dá mesma é notei a linda borboleta que era. Sua cor vermelha era vibrante e bastante notável na noite, sua cor me lembrava os cabelos de minha mãe e como ela era linda. Por ironia eu me sentia mais calma, muito mais calma.
- Mãe?!.- Estava calma o bastante para pegar a borboleta em mãos a protegendo dá neve.- Está sozinha? Por onde voava nessa noite escura?
Eu a protegi fazendo uma casinha perto dá minha jaqueta, ela batia as asas de vagar como agradecimento.
"Se no escuro você está...
...a luz no fim do túnel você vai me encontrar"- Hum?!
Jurei ter escutado uma voz atrás de mim, a canção de minha mãe pairou no ar. A essa altura no campeonato eu já estava chorando e para minha surpresa.
Não havia ninguém atrás de mim.
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Quero muito desejar um Feliz Natal à todos, gostaria muito de agradecer sobre os comentários fofos e de conforto. Isso me faz chorar com facilidade e saber que não sou tão inútil na minha vida e que posso fazer os outros sorrirem. Fico muito agradecida por tudo isso.
Espero que todas estejam bem, é que não sofram com o mal que a vida dá.
Feliz Natal!!❤️❤️
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O Beijo da Noite 2° Temporada
Short StoryElizabeth perdeu tudo, família, amigos é um amor. É apesar de viver um inferno ela é a luz, uma Deusa, é pretende fazer sua vida voltar ao menor terror possível. A vida de seu amigo agora depende dela, assim como deixa de amar uma aura azul.