Lucille pov:
Eu não posso acreditar que coloquei meu celular para despertar em pleno sábado, como eu pude ser tão esquecida. Passo a mão em meu rosto enquanto bocejava, me sento na cama de forma preguiçosa levo minha destra para meu cabelo e faço uma careta ao notar o mesmo um pouco úmido.
— Mas o que?! - Falo comigo mesma e olho para baixo notando que eu estava com meu pijama azul, mas eu fui dormir apenas com uma camisa antiga minha. Eu bebi tanto assim para não me lembrar de ter tomado banho e de ter colocado um pijama descente? Isso não é possível! Retiro as cobertas de cima de mim e me levanto da cama, reparo que todas as roupas que eu tinha deixado no chão não estavam mais e meus saltos que eu havia deixado na sala estavam arrumados ao lado de minha cômoda. Alguém teria entrado em meu apartamento? Mas quem invadiria um lugar apenas para arruma-lo, seria uma completa loucura isso. Pego meu celular novamente e me assusto ao ver que na verdade era quarta-feira e não sábado, o que diabos está acontecendo? É uma pegadinha, só pode ser isso. A senhora Scott gosta fazer brincadeiras desse tipo e provavelmente foi ela que planejou isso, preciso jogar uma água em meu rosto com urgência. Ando com pressa para dentro do banheiro e ligo a torneira começando a jogar água em meu rosto, apoio minhas mãos na pia com meus olhos fechados e respiro fundo algumas vezes.
— Querida, está tudo bem? - Abro meus olhos assustada ao ouvir a voz da senhora Scott do outro lado do banheiro me afasto da pia sem desviar meu olhar da porta e a abro, a encontrando com um olhar preocupado. - Eu já estava ficando preocupada com você Luci. - A olho tentando entender o que estava acontecendo.
— A senhora fez uma chave do meu apartamento?
— O que? Claro que não, do que está falando Luci? - A mais velha me olhava como se eu tivesse falado a coisa mais absurda do mundo.
— Eu... Eu acabei de acordar e... - A mais velha toca em meu rosto o segurando entre suas mãos com delicadeza, me fazendo olhar em seus olhos.
— Minha querida, você está aqui na loja já fazem três horas. - Sinto minhas pernas fraquejarem, eu estava na loja já faziam três horas? Afasto meu rosto de suas mãos devagar com minha respiração descompassada, olho em volta reparando que eu estava no banheiro que ficava nos fundos da floricultura, estava com meu cabelo preso em um rabo-de-cavalo e usava minha calça jeans escura de sempre, junto a minha blusa azul com estampa de patinhas brancas e por fim usava meu avental preto de todos os dias.
— Senhora Scott, tem algo acontecendo comigo. - Digo desesperada a olhando e saio do banheiro rapidamente sendo seguida por ela.
— Como assim Luci?
— Eu dormi ontem e era sexta-feira, mas já estamos na quarta-feira e alguns minutos atrás eu estava no banheiro do meu apartamento e não aqui na loja. - Falava tudo tão rápido e andava de um lado para o outro olhando para o chão. - Isso aconteceu algumas vezes, mas nada como hoje e minha visão anda... - Ao erguer meu olhar para a senhora Scott volto a ver algumas coisas embaçadas. - Estranha...
— Querida, tente se acalmar, eu vou pegar um pouco de água para você. - A mesma fala com toda calma enquanto me guiava até um banco para me sentar. - Me espere aqui. - A senhora Scott logo se virou indo para a cozinha que tinha nos fundos, passo minha mão em meu rosto tirando a franja de minha testa, balanço minha cabeça ao escutar um barulho irritante em meus ouvidos, coloco minhas mãos em uma tentativa falha de abafar o barulho que ia aumentando cada vez mais e pude reparar que era parecido com uma sirene. Tudo em minha volta começa a girar quando eu não consigo mais suportar o barulho em meus ouvidos, vejo tudo escuro e caio do banco acabando por desmaiar no chão.
— SENHORA SCOTT! - Gritava a chamando naquela imensidão escura quando finalmente abri meus olhos. - EMMA! - Grito novamente pelo nome da mais velha e começo a correr pelo lugar sentindo meus olhos começarem a lacrimejar. - MÃE! - Uso toda minha força para gritar e caio de joelhos sentindo minhas lágrimas caírem pelas minhas bochechas e começo a sentir meu corpo pesado e dolorido, juntamente de algumas vozes em minha volta.
" — Doutor, temos que tira-la daqui o mais rápido possível, o exército já está lá fora para a nossa escolta, mas temos que ser rápido antes que as coisas piorem ainda mais.
— Chame o agente Henderson, ele vai ser o encarregado de leva-la para o CCD de Atlanta
— Sim senhor!"
Acordo me sentando na cama puxando o ar para meus pulmões, respirava ofegante sentindo todo meu corpo suado, meu cabelo agora curto estava grudado em meu rosto e pescoço, empurro minhas pernas para fora da cama velha em que eu tinha dormido na noite passada, estralo meu pescoço e sinto minha boca salivar, a quanto tempo eu não comia? Já nem sei e minhas memórias estão se misturando cada vez mais, se pelo menos fosse tudo em ordem seria tudo mais fácil, acabo soltando um suspiro cansada. Arqueei minha sobrancelha ao escutar um barulho no andar de baixo, eram passos lentos, provavelmente estava tomando cuidado caso tivesse algo dentro da casa e para o azar, tinha alguém sim. Pego minha mochila e abro a mesma rapidamente e retiro uma pistola, me levanto com cuidado e viro em direção a porta enquanto engatilhava a mesma, em seguida a ponto para a porta ouvindo cada vez mais os passos se aproximarem. Tombo minha cabeça para o lado novamente com uma expressão neutra em meu rosto ao ouvir mais passos, um grupo pequeno, talvez três pessoas, estavam aqui o que restava saber era se, eram bons ou maus?
Talvez capítulo tenha sido um pouco confuso, mas bem pro final vocês vão conseguir entender (ou não também), mas eu juro que não usei nem uma droga para escreve-lo, é isto.
Já assistiram ao filme "Inception"? Ou "A origem" como é conhecido aqui no Brasil? Se vocês já viram, é provável que entendam o que eu tentei fazer aqui.
Espero que não tenha nem um erro e obrigado por ler '-')sz
-W
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A Monster is Born¹ - The Walking Dead
FanfictionNASCE UM MONSTRO || ❝O que fizeram comigo? Por que me transforaram nisso? Tiraram o pouco que eu tinha, mas tiraram o mais importante, minha liberdade e de bônus destruíram o mundo. Eu quero minha vida como antes mas sei que não a terei, sobreviver...