A Monster is Born¹ - The Walking Dead

Estou apavorada.

Alguns meses depois.

Lucille pov:

Olhava para o teto enquanto tirava alguns fios de cabelo do meu pescoço por conta deles estarem dando coceira, ergo minha perna para olhar meu pé que estava um tanto que inchado o que me faz bufar e logo o abaixo, boto minha mão sobre minha barriga que mais parecia uma melancia isso sim. Viro minha cabeça para a direita vendo Daryl dormindo ainda, coitado, chamei por ajuda durante a madruga por estar com muita dor e todos apareceram aqui preocupados mas no final ele acabou dormindo aqui, eu ainda ia até o doutor S para ter algumas consultas mas comparado a antes, eu sou praticamente uma nova pessoa. Comia uma vez por semana e me isolava por três dias, apesar de eu estar bem mais controlada do que no início, eu fazia para ter certeza que não machucaria ninguém e muito menos a mim mesma, eu até ajudo na enfermaria, claro que com cortes pequenos nada muito grave pois não confio em mim mesma para tal feito mas é um ótimo passatempo depois de cuidar da horta, é claro. Ergo um pouco minha cabeça vendo o lado de fora da cela iluminado pelo sol, me apoio em meus antebraços e volto meu olhar para Daryl.

— Daryl, está na hora de acordar! - Digo o balançando levemente e o vejo se senta rapidamente ao me olhar.

— Está com dor de novo? - Me olhou preocupado enquanto piscava para espantar o sono, acabo soltando um riso baixo enquanto negava.

— O sol já nasceu, bela adormecida. - Ele olhou para frente e pude notar que ficou envergonhado pela sua afobação. - Acho que te deixei traumatizado.

— Aposto que deixou todo mundo. - Faço uma breve careta e o escuto rir enquanto se levantava, me sento melhor na cama e me arrasto até a ponta da mesma.

— Nunca vou deixar de agradecer ao Glenn pela ideia de separar os beliches. - Digo sorrindo e Daryl me ajuda a por os pés para fora da cama. - Daqui a pouco eu vou sair rolando.

— Mas fui eu que cortei eles. - Ri de forma baixo passando meus dedos entre meus fios de cabelo. - Não duvido que isso aconteça mesmo.

— Acho que vou pedir para Maggie cortar meu cabelo. - Digo ainda passando meus dedos pelo meu cabelo enquanto o olhava botar seu colete com asas, eu ainda vou roubar esse colete dele.

— Pra que?! Está bonita assim. - Limpo minha garganta um tanto que envergonhada e acho que ele percebeu pois segura o riso. - Parece menos estranha.

— Idiota. - Jogo o travesseiro em sua direção. - Pode chamar a Maggie para mim?

— Chamo sim. - Daryl fala se sentando ao meu lado e encaixando seus coturnos nos pés e os amarra. - Nada de esforço.

— Mandão. - Resmungo enquanto o mesmo andava para fora da cela, olho para baixo vendo meu cabelo quase perto dos meus seios, talvez eu o deixe crescer mas só talvez. Olho para minha barriga e boto minha mão sobre ela e acaricio devagar. - Oi bebê, você me assustou ontem sabia?! Eu nunca estive tão apavorada e olha que já passei por bastante coisa. - Solto um riso fraco e o sinto se mexer. - Eu tenho que escolher logo um nome, não posso te chamar de bebê para sempre. Bom, na verdade eu posso mas ia ser estranho, você deve ser tão lindinho ainda mais com a minha beleza e espero que não puxe o mau humor do seu papai Daryl.

— Todos nós torcemos por isso. - Me sobressalto ao escutar a voz do Hershel e olho para a porta da cela o encontrando junto de Maggie sorrindo enquanto me olhavam.

— A quanto tempo vocês estão aí? - Pergunto sentindo meu rosto esquentar.

— Tempo o suficiente para ver esse momento lindo que você sempre esconde da gente. - Maggie fala toda sorridente e entra na cela animada, me abano para passar a vermelhidão. - Oi bebê da madrinha. - Ela fala acariciando minha barriga fazendo eu e Hershel rirmos, o mesmo entra e se senta ao meu lado colocando sua maleta no chão.