Você não pode me ajudar.

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Lucille pov:

Começo a acordar e me mexo desconfortável, sentia nojo de mim mesma por tudo, eu matei a mulher que cuidou de mim, eu sou um monstro, nada diferente das coisas que estão lá fora.

— Como você está, minha princesinha? - Levanto meu olhar para saber quem falou e vejo meu pai sentado em minha frente com um sorriso caloroso, franzo minha testa enquanto o olhava. - Espera, deixa eu tirar isso de você. - O mesmo se aproximou e retirou a máscara de meu rosto, olhou para meus pulsos e tornozelos e os soltou também. - Você se tornou uma linda mulher filha.

— Papai! - Digo chorosa e o mesmo se aproxima me abraçando, rapidamente retribuo seu abraço.

— Sempre tão chorona. - Falou em um tom de brincadeira. - Então, como está? - Perguntou após deixar um beijo no topo de minha cabeça e se afastar para poder me olhar.

— Eu estou com medo. - Murmuro o olhando. - Eu não sei o que estão fazendo com a Maggie e com o Glenn, pra piorar tudo eu matei a senhora Scott. - Deixo as lágrimas caírem. - Como eu pude machucar ela?

— Aquilo não era você, meu anjo. - Ele passou seu polegar sobre minha bochecha com delicadeza. - Não se torture pelo o que aconteceu, sei que a Emma não te culpa por nada.

— Mas eu... poderia ter me... controlado. - Falo entre soluços.

— Você não sabia como fazer, diferente de agora e eu sei que você não machuca ninguém por que quer e sim para ajudar quem você gosta. - Ele segurou minhas mãos as mexendo. - Não dá pra mudar o passado, mas você conseguiu aprender com ele. Pois você não machuca quem ama mesmo estando com fome, não é? - Aceno para o mesmo. - Você é forte e melhor do que isso, qualquer decisão que tomar, tenha a certeza de que vou apoiá-la.

— Obrigada pai! - Sorrio ainda com as lágrimas caindo.

Narrador pov:

A garota agora se encontrava em um completo transe, olhando fixamente para frente, podia se ver algumas lágrimas solitárias caírem por suas bochechas. Milton que agora a olhava não sabia dizer o que estava acontecendo e se arrependimento matasse, ele já estaria morto. Não deveria ter falado sobre ela, não deveria ter pedido para falar com ela. Ele sabia que Cooper não era os dos mais honestos, mas estupro? Isso nunca passou por sua cabeça. Ele pegou um lenço que tinha em seu bolso e começou a secar as lágrimas da garota, sentindo como se uma tonelada tivesse em suas costas mas agora não tinha mais volta, tinha que continuar com os testes.

— Como estamos Milton? - Perguntou o governador entrando na sala, Milton rapidamente guardou seu lenço e arrumou seus óculos.

— Bem, o sangue dela é impressionante. - Anotou algumas coisas em seu caderno. - Acho que não vamos nem precisar mais dela.

— Você não disse que ia ter que fazer uma bateria de exames? - Perguntou ele confuso.

— Disse mas... só pelo sangue acho que já tenho tudo e é uma bolsa ainda.

— Não temos que ter "acho" e sim certeza. - Ele falou sério cruzando seus braços.

— Não vamos precisar dela! - Milton falou sendo o mais firme possível, o governador ficou o olhando por mais um tempo e deu de ombros.

— Se você acha isso tudo bem, mas a quero aqui do mesmo jeito. - Milton suspirou, não teria como discordar dele era quase impossível ir contra suas ações, o governador virou seu olhar em direção a garota e ergueu sua sobrancelha. - Por que ela está assim?

— Ela tinha isso antes, fica nesse estado de transe quando está sob muito estresse.

— Fascinante! - Falou impressionado e se aproximou mais da garota a olhando, abanou sua mão em frente ao seu rosto e nada. - Já resolveu o que fazer com Coleman? - Perguntou após arrumar sua postura.

A Monster is Born¹ - The Walking DeadOnde histórias criam vida. Descubra agora