Capítulo 3

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Estou congelada ainda e ele continua me olhando com os olhos arregalados, ele parece um menino pego em flagrante pareceria doce se não fosse o que ele acabou de fazer justo no quarto que estou ficando. Ele tem um rosto forte como o bonitão, mas ainda assim mais suave e acho que nem nasce barba nele direito. Cabelo mais comprido e todo bagunçado, ele está lambendo os lábios e mordendo com nervosismo e eu não consigo de parar de olhar.

Ele tem uma boca muito bonita e está inchada como quem mordeu para evitar gemer, sem perceber eu lambo meus lábios e me arrependo profundamente quando sinto o gosto amargo da porra dele na minha boca.

Acabo quebrando o transe com isso, tento esfregar meu rosto com as costas da mão. Isso parece fazer ele se mexer também porque ele tira o paletó e com a manga da camisa me ajuda a tirar o gozo da cara, depois para minha surpresa o garoto começa a secar meu decote esfregando em cima dos meus seios.

Congelo de novo porque, por mais que eu tenha babado no bonitão eu não costumo ficar perto de homens, tenho meus traumas com o sexo masculino começando com um pai ausente. Com namorados escrotos que só queriam tirar minha virgindade, até um cara engravidar uma das minhas irmãs e depois sumir.

O único motivo para que eu analise homens como o bonitão é parar ter material para minhas fantasias onde meu vibrador faz o resto do serviço, muito bem feito ainda por cima.

Eu saiu do meu devaneio quando o moleque enfia a mão por onde a porra dele escorreu indo bater em um dos meus mamilos, pulo para trás e tiro a mão dele de dentro da minha roupa. Ele se surpreende e enfim fala alguma coisa.

-Des-desculpe... - Ele fala enquanto levanta da cama, como foi que não reparei que ele também era alto como o bonitão? - Eu não queria, bem... - Ele fica todo enrolado para falar e para, respira fundo e passa a mão no cabelo jogando ele pra trás. 

Não posso negar que a cena é bem sexy e o garoto tem lá seu apelo, a camisa com alguns botões abertos revelando que ele também tem seus músculos não como o bonitão, mas acho difícil alguém ser como o outro. 

Para completar o quadro a calça dele ainda está aberta e eu consigo ver o contorno do pau dele na cueca preta, meio ereto ainda com a cabeça querendo aparecer. Cara isso teve algum efeito em mim e pelo menos esse gemido eu consigo segurar.

 - Eu lamento que você tenha visto o que eu fiz - Ele volta a olhar pra mim e acho que percebe que ainda estou olhando para seu equipamento 

- Caralho! - Ele fala e vira de costas arrumando as coisas na calça dele e se vira de novo para fechar a camisa olhando pra mim - Sinto muito mesmo que você tenha visto tudo isso e também lamento por ter... Sabe sujado você com... 

-Sua porra - Completo a frase pra ele que fica vermelho, cruzo os braços sob os seios e vejo ele fitar meu decote e ficar ainda mais vermelho.

-Exatamente sinto muito por isso... - Ele fala e desvia o olhar olhando em volta do quarto.

-Você pode sair e usar um dos banheiros do corredor se quiser se recompor - digo indo até a porta e abrindo pra ele, essa situação já deu o que tinha que dar.

Ele me olha confuso e eu ignoro - Por favor saia, preciso me trocar agora... - Ele fica ainda mais confuso - Esse quarto é meu estou hospedada aqui.

Isso parece surtir algum efeito sobre ele, que arregala os olhos e enfim sai do quarto. Estou um desastre vou até o banheiro que tem no quarto e pego os lenços umedecidos que deixei lá e começo a me limpar, não tenho tempo para um banho então vai ter que servir.

Abro o zíper lateral do vestido, tiro as alças e deixo ele como uma saia no quadril. Abro o sutiã e limpo entre os seios e pelo mamilo que também sujou, o sêmen já estava seco ali e grudento.  Minha vontade é de rir sozinha, a primeira vez que toco na porra de alguém é de um moleque que soltou o jato em mim sem querer. 

 Enfim termino de resolver a bagunça em mim e coloco uma camiseta preta e uma calça jeans, já que era mas peças mais escuras que eu tinha além do vestido. Alguém bate na porta e eu estava crente que seria o garoto de novo, mas quando abro o advogado do Rick estava lá.

-Sim o que deseja? - pergunto.

-Eles estão levando o corpo para o crematório e eu gostaria de saber se você vai querer ir com eles...

-Não eu vou ficar aqui e amanhã ir embora da cidade

-Nesse caso preciso que você desça para a leitura do testamento do senhor Russo

-Como assim? Achei que seria depois com as minhas irmãs apenas - digo confusa e o homem fica sem graça pela situação que mesmo depois de morto Rick ainda é capaz de perturbar os outros.

-Bem ele exigiu que fosse feita a leitura do testamento no dia do velório dele, contando que pelo menos uma das filhas estivesse presente, então como a senhorita está aqui...

-Entendi ele quer que todos saibam que ainda existe pelo menos um Russo agora que ele se foi e perturbar a vida dessas pessoas um pouco mais correto?

-Acredito que a intenção dele fosse de que as pessoas entendessem que ele não deixou tudo sem um herdeiro e...

-Chega não precisa defender ele, Rick nunca foi meu pai e agora só quero acabar com tudo isso e ir embora! Vamos logo descer e o senhor faça as horas de chocar as pessoas da cidade.

E assim eu sigo para a forca, mas de cabeça erguida.

Desafiando a Maldição  - Trilogia IRMÃS RUSSO Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora