Parte 15 🍷

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Fiquei em um quarto no corredor do quarto do Piter , que era onde tinha mas outro quarto de hóspedes , fora o da mona e no fim do corredor um quarto de porta azul que era exatamente o dele , sorri notando o balanço na árvore lá fora e respirei fundo saindo da varanda , encarei minha mala ao lado e prendi meu cabelo no topo da cabeça em um coque firme e vi Ramona entrar no quarto.

ㅡ Troca de roupa , sua mãe decidiu fazer uma salada grega e tenho que ir no mercado no quarteirão de cima , e você vai comigo ㅡ ela diz se jogando na cama e eu acabo que sorrindo e apenas concordo.

ㅡ Vi que colocaram um balanço na árvore ㅡ digo abrindo a minha mala.

ㅡ Meu pai , quis que o Piter tivesse um também ㅡ ela diz enquanto me olha ㅡ apesar que o dele é lindo , o nosso era de tábua.

ㅡ Lembro que as fardas espetaram bastante nossa bunda ㅡ digo e ela ri concordando.

Troco minha blusinha solta por uma camisetinha justa e coloco minha jaqueta por cima enquanto pego minha carteira enfiando no bolso e Ramona ainda me olhava.

ㅡ Oque foi ? ㅡ pergunto.

ㅡ Você mudou tanto ㅡ ela diz e eu nego rindo , e logo descemos a escada notando que Raul havia acabado de chegar no seu jogo de golfe , e quando me olhou eu sorri notando ele soltar o saco de tacos no chão e não demorou pra ele me tirar do chão com aquele abraço apertado.

ㅡ Como você cresceu ㅡ ele diz me colocando no chão ㅡ não para mas ?

ㅡ Impressão sua ㅡ digo rindo ㅡ continuo a mesma magrela de sempre.

ㅡ Com silicone ㅡ Ramona diz e eu a encaro e ela ri fazendo sinal de zipar sua boca e Raul me abraça novamente.

ㅡ É bom te ver filha ㅡ ele beija minha testaㅡ é sempre bom te ver.

Sinto ele e a minha mãe se olharem sorrindo e fico feliz por isso , era bom estar com eles , com todos eles.

Vejo Ramona e Piter brigarem por ele trombar dela quase a fazendo cair e saímos de casa rindo disso.

ㅡ Confessa , ser irmã mas velha tem seus lados bons ㅡ digo indo até meu carro.

ㅡ Me fala quais , pois não vejo nenhum ㅡ ela ri entrando e eu apenas nego batendo a porta e dirijo a caminho do mercado.

Ramona me fala mas sobre sua faculdade e sobre seu estágio e também sobre os garotos , sobre suas amizades e também sobre minha mãe e o Raul terem quase se divorciado no início do ano , coisa que eu não sabia.

ㅡ Não sente falta de Buffords ? ㅡ ela pergunta enquanto andavamos pelo corredor de verduras.

ㅡ As vezes eu sinto ㅡ digo a verdade e ela sorri fraco mexendo em seu cabelo longo.

ㅡ Eu também , mas a vida aqui não é ruim sabe ? ㅡ ela explica e eu concordo ㅡ É bem melhor do que antes , mas... Buffords é onde nasci e...

ㅡ É meio que um lar ㅡ completo e ela concorda sorrindo.

ㅡ Me diz , como assim não tem um namorado ? ㅡ ela muda de assunto me fazendo negar.

ㅡ Não falaremos disso ㅡ digo pegando os tomates.

ㅡ Você tem que ter , nem que seja um paquera. É impossível isso Emma.

ㅡ Não tenho ㅡ dou de ombros.

ㅡ Qual foi a última vez que teve alguém ? ㅡ ela pergunta e eu franzo o cenho.

ㅡ Como assim ?

ㅡ Que ficou com alguém Emma ㅡ ela ri mas logo para ㅡ faz tanto tempo assim ?

ㅡ Não muito ㅡ digo tentando me lembrar e ela para de pegar os limões me encarando.

ㅡ A quanto tempo você não transa ? ㅡ ela pergunta alto demais e vejo a senhora ao lado nos encarar e eu começo a rir.

ㅡ Você é maluca ㅡ resmungo rindo ㅡ e isso não é da sua conta.

ㅡ Um mês ? ㅡ ela insisti - Dois ? Meu Deus , quatro ?

ㅡ Cinco ㅡ murmurro sem paciência ㅡ e não é o fim do mundo.

ㅡ Já tem teias de aranha , parece uma senhora ㅡ ela diz e eu caminho pelo corredor tentando fugir dela e ela continua dizendo sobre caras e sobre a importância de manter a vida sexual ativa e eu tento fingir que ela não é a minha irmã caçula me dizendo isso.

[...]

Pegamos tudo que minha mãe havia colocado na lista e até algumas outras coisas , como por exemplo os pacotes de doritos que eu e Ramona íamos comendo no carro.

ㅡ É sério , temos que ir numa boate que conheço , você vai amar.

ㅡ Ficarei uma semana , temos tempo ㅡ digo sorrindo e ela concorda empolgada e franzo o cenho ao notar uma mercedes preta estacionada enfrente a casa dos nossos pais e estaciono logo atrás.

ㅡ A minha mãe convidou alguém ? ㅡ pergunto e ela nega , mas parecia estranha , acho que ela sabia quem era , talvez um dos seus carinhas. Mas sorrio tirando o cinto , pelo visto era um cara e tanto já que tem um carro desses.

 • Condenados pelo amor || PARTE 02Onde histórias criam vida. Descubra agora