Parte 79 🍷

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> Emma Montemor





Eu sempre me imaginei em uma história de amor , daquelas que dá bolhas de felicidades no estômago , sorrisos frouxos e muitos momentos onde eu choraria de felicidade , mas eu só tive catástrofes , no único namoro que tive eu só passei por más bocados e quando tentei aproveitar os momentos que davam para serem aproveitados , eu só estava guardando lembranças , momentos. Pois eu sabia que aquilo acabaria , nunca deu certo , por que agora daria não é ? Não sou mas uma adolescente iludida , me cansei de acreditar no amor a muito tempo , e quando ele reapareceu em minha vida , apenas tentei acreditar que dessa vez , o amor falaria por nós , mas não existe uma história de amor apenas de um lado , e no momento em que vi que eu estava me destruindo , eu soube. Eu não podia mas acreditar , não podia mas tentar , pois quando o amo , eu acabo que me desamando. E não há outra pessoa que merece o meu amor , do que a mim mesma.
Eu poderia estar sendo uma egoísta , mas eu não me permitiria errar novamente , não mas , eu não podia viver pra sempre tentando entender oque se passa na cabeça do Evan. E agora eu tenho a certeza que esse amor , estava sendo vivido apenas por mim , ele não me ama , ele nunca amou. Ele me deixou , seguiu sua vida sem se importar em como eu iria sofrer , ele me traiu , mas uma vez. Sem se importar se eu me machucaria , se eu aguentaria mas uma vez ser ferida por ele. E a dor da traição de quem amamos é sempre mas forte do que a punhalada de um inimigo. Nesse momento eu me sentia perdida e totalmente sem saber oque seria de mim , tudo que eu tentei ser sem ele , agora não valia mas , eu não queria ser , eu me recusava a ser a Emma idiota que não encherga nunca a realidade. O médico me olhava como se eu fosse uma maluca , e talvez eu fosse , como ele mesmo disse a pancada foi forte , ele lia os exames nervoso enquanto a enfermeira ao seu lado me encarava como se eu fosse o Frankenstein naquela maca.

ㅡ Está sentindo alguma dor ? ㅡ o médico pergunta a mesma pergunta que fez a alguns minutos atrás.

ㅡ Sim , mas... Uma dor fraca , quase nada ㅡ digo sentindo minha voz rouca ㅡ deu certo ?

ㅡ Estamos avaliando ㅡ ele diz entregando os papéis para a enfermeira ㅡ descanse.

ㅡ Eu quero saber , sobre... O bebê , ele resistiu ? ㅡ pergunto sentindo um amargo em minha boca ao me lembrar das coisas que disse ao médico algumas horas atrás quando acordei ainda ensanguentada.


Horas antes...

ㅡ Senhorita , não posso fazer uma coisa dessas , é impossível , inaceitável ㅡ o médico se recusa assustado.

ㅡ Não disse que o meu sangue é compatível com o dela ? ㅡ digo sentindo minha perna doer. Eu havia quebrado ela.

ㅡ Sim , mas... Não posso fazer isso , nenhum médico pode , você está grávida ㅡ ele continua ㅡ sem falar que perdeu muito sangue e... Eu só disse que é compatível com o dela , por dizer... Eu não sabia que tinha parentesco com a paciente.

ㅡ Me diga seu preço ㅡ digo séria molhando os meus lábios.

ㅡ Senhorita...

ㅡ 10 mil ㅡ murmurro rouca , eu ainda estava deitada naquela maca com fios em minha veia e um curativo em minha cabeça.

Ele fica pensativo e nega fraco , e eu respiro fundo.

ㅡ Ela está morrendo ㅡ digo e ele me olha ㅡ me deixa ajudá-la.

ㅡ Se eu aceitasse isso , você correria risco de não aguentar ㅡ ele diz sério ㅡ por estar fraca e por estar grávida.

ㅡ Sei que pode tentar ㅡ digo e ele passa a mão sobre o rosto.

 • Condenados pelo amor || PARTE 02Onde histórias criam vida. Descubra agora