Gêmeas - Nada Será Como Antes [Concluído]

Capítulo 13

Fazia três semanas que o Quarteto Confusão não aprontava com Viviane. Ou melhor, que Anderson e Bianca não faziam nada. Ao contrário da gêmea mais nova.

Barbara sempre tinha alguma ideia de algo contra a mulher. Ela continuava a chamar a professora de Vanessa, ficava batucando e cantarolando durante as aulas, falava e ria alto, sempre implicava com Viviane, matava aula. A educadora chamava sua atenção, mas ela ignorava por completo.

Mas, a pior coisa que ela fez foi criar uma gosma pegajosa e colocar na cadeira e mesa dos professores. Com a ajuda de Carlos. Entretanto, Viviane viu antes que se sujasse. Quando perguntou quem era o culpado, ninguém disse nada. E olharam para o Quarteto Confusão. Anderson negou discretamente com a cabeça, mostrando que não era obra deles, apesar de desconfiar ser de Barbara. A menina saiu impune.

Outra coisa que ela passou a fazer foi deixar de fazer as atividades de matemática, já que percebeu que demonstrar que era melhor que a mulher não adiantava nada. Porém, chegando a casa, copiava tudo que tinha perdido dentro da sala. Em hipótese alguma, Diogo podia descobrir o que ela fazia.

Bianca, por outro lado, sempre fazia tudo. E, nessas últimas semanas, conseguiu compreender alguma coisa da matéria, apesar de ainda ter dificuldades. Anderson sempre estava ao seu lado, auxiliando em tudo que ela precisava.

☆ ☆ ☆ ☆ ☆

Era o terceiro fim de semana que Viviane não aparecia na casa de Diogo. Da primeira vez, Barbara e Bianca imaginaram que eles tivessem terminado. A mais nova até pensou em comemorar. Porém, percebeu que Diogo fazia algo que ele nunca fez. Começou a sair durante a noite. Encontrar com a mulher. E a constatação deixou Barbara furiosa.

A menina estava em seu quarto. Bolava um plano para aquela noite. Se tudo acontecesse como nos outros dias de sábado, Diogo jantaria com as meninas e sairia em seguida. Porém, naquela noite, ele não sairia. Não depois que Barbara colocasse em prática sua ideia. E, se o tio gostasse dela como ele tanto dizia, não se encontraria com a professora naquela noite.

Quando ouviu o chamado de Diogo para o jantar, Barbara se enrolou em um cobertor que estava em cima da cama. Soava por baixo do tecido grosso. Mas, se sacrificaria para o bem da sua família de três pessoas. E saiu do quarto, seguindo em direção ao andar de baixo.

Diogo esperava pelas meninas sala. Do alto da escada, Barbara viu que ele estava arrumado, como em todas as noites que ele saia. Ela colocou no rosto sua melhor expressão de doente e desceu os degraus. Diogo não escondeu a preocupação quando viu a sobrinha enrolada em um cobertor. Ainda era verão. O clima estava fresco.

— O que é isso, Barbara? — Diogo perguntou, aproximando da menina.

— Estou com frio. E dor de cabeça. Você vai sair hoje?

Diogo não respondeu. Se aproximou da sobrinha, colocando a mão em sua testa. Barbara estava um pouco quente, apesar do fingimento. E tudo graças a algumas pesquisas na internet de como simular uma febre. E, sendo a boa atriz que ela era, tudo ficou mais fácil. E Diogo não descobriria.

— Você parece um pouco quente. — Diogo falou, tirando a mão da testa da sobrinha.

— Eu estou com frio. E não estou me sentindo bem. Fica comigo hoje, tio. — Barbara fez a sua voz manhosa.

— Não vou sair com você doente. Vou pedir para Deise fazer alguma coisa para você.

Quando Diogo deu as costas, Barbara fez uma careta. Se esqueceu que fingir que estava doente significava ter que comer comida de doente. E, pior, os chás malucos que Deise preparava. Eca!