Capítulo 12

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O Quarteto Confusão estava reunido no refeitório da escola. E, dessa vez, não estava sozinho. Outros colegas estavam presentes. Eram eles Julia, Igor, Isabela, Eduardo e Natalia. Eles sentavam em uma mesa maior, aproveitando os vinte minutos de intervalo. E apreciavam um lanche dado na escola. Bolo de laranja com suco da mesma fruta, tudo o mais natural possível.

A mesa em que estavam era a mais barulhenta do refeitório. E a agitação acontecia devido à última aula, que eles aprontaram. Eles relembravam e riam muito. Durante a aula de Geografia, do professor Antonio Sampaio, todos abaixaram a cabeça e fingiram dormir. Só que nem todos fingiram. Alguns dormiram de verdade.

As gargalhadas aumentaram mais quando Rafael e Geovana chegaram. Rafael revirou os olhos para seus colegas, enquanto a menina tentava esconder um sorriso. O garoto estava com a cara toda amassada e marcada pelo caderno.

— Acordou, Rafael? — Anderson provocou.

— Muita maldade de vocês. Me deixarem dormindo na sala, sozinho. Sorte que a Geo me acordou. — Rafael passou a mão pelo rosto.

— Não mandei ninguém rir do meu novo visual. — Anderson passou os dedos pelos cabelos.

Os dois sentaram junto com os colegas no pouco espaço do banco que restou. Geovana ao lado de Isabela, e Rafael ao lado de Barbara. O que desagradou um pouco Carlos.

— Eu pensei em uma brincadeira super larol para hoje. E pensei que vocês poderiam me ajudar. — Barbara falou.

A garota olhou para Julia, Igor, Carlos, Rafael, Isabela, Natalia e Eduardo. Para Geovana nem fez questão de dirigir o olhar. Ela não faria nada. Era outra boba como a irmã. Por isso eram amigas. Do trio de meninas certinhas e bobonas que a irmã, às vezes, fazia parte, a única que se salvava era Isabela. Porém, ela só agia com Igor. E Igor, assim como Eduardo, só participava com Anderson. Ou seja, talvez, não daria em nada. Pelo menos ainda tinha Julia, Natalia, Carlos e Rafael. Era com eles que Barbara contava.

— Pode contar com a gente. — Rafael falou animado. Nem parecia que estava sonambulando pouco antes.

Barbara sorriu animada. Na noite anterior, enquanto se preparava para dormir, ela pensou em algo muito bom. E que só daria certo se fosse com Viviane. Entretanto, ela não conseguiria fazer sozinha. Precisaria da ajuda de alguém. E eles eram os escolhidos.

— Eu pensei em colocar uma lixeira por cima da porta. — Barbara contou animada — Ela precisa está cheia, é claro. E, quando a professora de Matemática passar, a lixeira cai em cima dela.

Barbara bateu palmas contente em seu lugar. Porém, não houve nenhum sinal de animação por parte dos seus colegas. Todos estavam calados. E olhavam um para o outro. Procuravam pelo porta-voz da negação. Isabela foi a escolhida.

— Acho melhor não fazermos nada contra Viviane. Vocês viram o que ela fez na última aula? Além disso, a sala inteira está com zero no primeiro trabalho.

— Será como Anderson falou. Ninguém assume a culpa. Tomaremos cuidado. E vocês não precisam fazer muita coisa. Só…

— É arriscado. — Igor interrompeu.

Ela olhou para Rafael, que balançou baixou a cabeça e balançou ela em seguida. Barbara sentiu a raiva tomar conta de si. Pelo visto, a professora estava manipulando mais pessoas a sua volta do que ela imaginava. Nem mesmo Rafael. Ou Natalia, que se dizia ser sua melhor amiga.

— Então, vai ser assim? Vocês ficarão com medo de uma professora, com aparência de adolescente de 18 anos, e que nem tem experiência em sala de aula?

— Não é medo. — Eduardo explicou — É precaução. Exatamente por ela ser nova, não sabemos quais são seus métodos em sala de aula. Conhecemos os outros professores. Sabemos o que eles são e não são capazes. Com Viviane não.

Gêmeas - Nada Será Como Antes  [Concluído]Onde histórias criam vida. Descubra agora