Bianca pegou a mão de Anderson, e, juntos, se afastaram dos demais colegas, que conversavam sobre Viviane e Diogo. Os dois seguiram para a casa, indo em direção a porta com a cozinha. Com certeza estaria vazia, já que Deise praticamente proibiu de entrar naquele espaço. Ela era uma cozinheira com muito ciúme do seu ambiente de trabalho.
Quando a anfitriã abriu a porta, encontrou Paula, Deise e Fabiana. Ela pensou em ir para outro cômodo da casa, mas qualquer lugar no térreo eles poderiam ser interrompidos por algum dos convidados ou pelos garçons contratados. Subir para o andar superior estava fora de cogitação. A cozinha era ideal para que eles pudessem conversar sossegados. Só precisava expulsar as funcionárias de dentro dela.
— Deise, Paula e Fabiana. O que vocês estão fazendo aqui? Nada de trabalho por hoje. Para o jardim. — Bianca pediu.
Paula e Fabiana saíram sorrindo. Deise continuou no mesmo lugar, cruzando os braços. Ela analisava a expressão do casal, como tentasse descobrir todos seus segredos. E, possivelmente, ela conseguia saber o que quer que passe na cabeça de Bianca.
— Sei o que você quer, mocinha. E, como é o seu aniversário, vou deixar. Mas, oh, juízo vocês dois.
Bianca não pensou duas vezes antes de abraçar a cozinheira. Mas, que na verdade, era muito mais do que uma simples funcionária. Também era parte de sua família.
— Obrigada, Deise. Por tudo. Você sempre foi uma mãezona para mim. Mesmo implicando com Anderson junto com tio Diogo.
— Você é a filha que eu nunca tive.
Deise depositou um beijo na testa de Bianca e saíram do abraço. A emoção era tão grande, que uma lágrima escorreu dos olhos da menina. A mulher se aproximou de Anderson, que também tinha um pequeno sorriso nos lábios.
— Cuide bem da minha menina.
— Pode deixar. — ele falou, batendo continência.
Deise saiu, fechando a porta atrás dela. Bianca olhou para Anderson, que tinha um sorriso no rosto. Ela também sorriu, aproximando do garoto. Ele envolveu a cintura da menina em um abraço. Ela tirou os óculos do menino, pondo no balcão da cozinha. Em seguida colocou as mãos no ombro do menino. E, ficaram se admirando em silêncio. A intensidade do olhar de Anderson era tanta, que Bianca sentiu seu rosto esquentar.
— Vai continuar me olhando assim? Ou vamos conversar?
— Preferia fazer outra coisa. — ele respondeu.
O rosto de Bianca ficou ainda mais vermelho. Mas, ela também preferia fazer outra coisa. Só de imaginar, a vontade de beijar o namorado aparecia com mais força. E ela ficava mais corada.
— Mas, antes, eu tenho algo mais importante para te dar.
Anderson soltou Bianca, e afastou um pouco, mantendo uma distância segura. O menino colocou uma mão no bolso, tirando uma pequena caixa azul de dentro dele. E entregou à namorada. Ela pegou o objeto e abriu. Quando viu o conteúdo, seus olhos arregalaram. Era um cordão. Lindo e cheio de significado. A corrente era dourada, com um pingente de coração da mesma cor. Dentro do coração havia as iniciais B e A, unidas pelo símbolo do infinito.
A felicidade de ter recebido aquele presente tão encantador e especial foi substituído pela preocupação. Como ele conseguiu pagar? Afinal, dava para notar que o presente não foi barato.
— É lindo. Mas, eu não posso aceitar. — ela fechou a caixa e estendeu a Anderson.
— Pode, deve e vai aceitar. Eu comprei para você. — o menino falou, com uma pontada de tristeza na voz.
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Gêmeas - Nada Será Como Antes [Concluído]
Teen FictionBianca e Barbara Silva são gêmeas, de aparência idêntica, mas personalidades distintas. Enquanto uma é mais introvertida e tida por muitos como uma garota ingênua, a outra possui uma personalidade sociável e lidera, na maioria das vezes, as brincade...