Capítulo 11 - O feitiço de Ágata saiu pela culatra!

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-Tainá, o que é aquilo que você queria mexer? – perguntei.

- Eu estava brincando, aquilo não é algo bom de chegar perto. – respondeu ela aparentando estar nervosa. – Aquele abaco foi dado por Anúbis, deus egípcio da morte como um presente para a mãe de John, Catxuréu, deusa da morte. Ele serve para medir a alma da pessoa.

- Como assim? Medir a alma? – questionei mais confuso ainda.

-Funciona assim, quando alguém morre aqui, essa pessoa é julgada pela deusa da morte. Mas não é ela, nem Tupã ou qualquer outro deus que determina onde essa pessoa vai depois que morre. O abaco serve para medir a alma da pessoa em quantidade de todas as coisas boas e ruins que ela fez em vida. Se a maioria das peças ficarem brancas, a alma irá para o nosso paraíso por assim dizer é descansará em paz, se a maior parte ficar negra, a alma irá para o submundo, onde sofrerá por todo o mal que causou em vida. – respondeu ela dando de ombros. – Pelo menos é o que dizem.

Senti meu sangue ferver, todas as peças ficaram negras quando eu cheguei perto... Isso quer dizer que...

-Kauê, você está bem? Está pálido. – Tainá tocou em meu braço. – E gelado! Houve levar na enfermaria.

-Não, não! Eu estou bem é só mal estar. – menti.

- Tem certeza? Não quer ir descansar? Sua manhã foi cheia, seu corpo não deve estar acostumado. – respondeu ela.

-Estou ótimo. – tornei a responder. – Vamos em frente.

-Tudo bem, então continuando a falar. Eu não sei se o abaco funciona sem a presença de Catxuréu, uma vez eu tentei e todas as pontas ficaram negras, John disse que esta a desregulado naquele dia, em fim, prefiro não pensar nisso, apenas viver. – respondeu ela.

Respirei fundo, ok, isso é uma boa notícia, talvez ainda esteja com defeito e errou no cálculo como aconteceu com ela... talvez.

-Pra que todos esses livros? – perguntou ela.

-Só começo as aulas amanhã, então me deram esses livros para mim estudar hoje. – respondi um pouco entediado. Odeio estudar.

-Recomendo que passe a tarde estudando, já que pelo jeito hoje, você não terá atividades pra fazer como todos nós. – respondeu ela. – Quanto mais estudar, mais conhecimento vai ter e notas melhores também.

-Notas?! Tem avaliações por aqui?! – questionei.

-Claro, Kauê. É dessa forma que os professores avaliam se você está pronto pra integrar uma legião e ser mandado para proteger o Brasil a fora como todos nós. – respondeu ela. – Todos temos que passar por isso e vamos ser sincero, aprender sobre isso é muito melhor do que as matérias da escola. Se imagine em Hogwarst ou melhor no Castelo Bruxo como vivemos no Brasil de acordo com a J.K.

Castelo Bruxo?! Eu não faço menor ideia do que ela está falando. Hogwarst eu conheço, vi o castelo no pôster do filme de Harry Potter, mas só isso. O resto que sei é que o que me contaram e por causa das fanfics que consegui ler rapidamente, pois nunca vi os filmes completamente, só um pequeno pedaço daquele que aparece aquela "mulher feia que ama se vestir com a cor rosa". Nunca li qualquer livro também por causa da proibição de minha avó. Seja como for, espero que o que vou aprender aqui seja tão fácil quanto as matérias escolares normais.

Estávamos chegando em uma enorme oca com um símbolo de rodamoinho acima da porta, não prestei muita atenção nos detalhes, minha atenção foi tomada por um grupo de crianças e adolescentes praticando arquearia. E lá estava Yancy, ensinando eles. Ele atirou três flechas de uma vez e todas elas acertaram o centro do alvo, deixando todos e inclusive eu de boca aberta.

Livro 1: Kauê e os filhos da Amazônia - O Herdeiro Do SubmundoOnde histórias criam vida. Descubra agora