A suicida e o Popular

Capítulo 23

   Meu celular começa a tocar coço meus olhos e pego meu celular em cima da minha mesinha, eu não quero ir pra escola hoje, nem amanhã e nem depois de amanhã, quero ficar jogada na minha cama dormindo sem querer acordar nunca mais na minha vida!

   Desisto de tentar dormir com meu celular ainda tocando, atendo a ligação e começo ouvir Sofie reclamar horrores comigo.

Ligação ON

-Sofie...eu entendi tudo, mas acabei passando mal ontem à noite.

-Porque você não falou isso antes? Você deveria ter me ligado e avisado que eu passava ai, nem precisa vir mais pra escola.

-Que horas são? Eu ainda não sei, acabei de acordar.

-Não se preocupa, não precisa vir pra escola hoje, assim que acabar as aulas eu te encontro e vou ai pra sua casa pra gente passar uma tarde juntas.

-Tudo bem.

-Beijos Emma

Ligação OFF

   Coloco meu celular em cima da mesinha, sento na cama e coço meus olhos vejo a janela aberta mostrando o sol raiando lá fora, levanto da cama e vou na direção do banheiro tomo um banho rápido e enrolo meu corpo numa toalha meu cabelo também.

   Procuro por alguma roupa que eu possa usar assim que acho tiro a toalha do meu cabelo e a do meu corpo também, jogo em cima da cama e visto uma calcinha e sutiã visto a roupa que eu achei e sento na escrivaninha começo a pentear meu cabelo quando termino deixo a escova de lado e procuro pelo meu estojo dentro da minha bolsa, quando eu acho começo a desenhar numas folhas que estão jogadas em cima da minha mesa.

   Meu celular começa a tocar, pego ele em cima da mesinha assim que vejo no visor de quem é a ligação me jogo na cama e começo olha pro teto.

Ligação ON

-Antes de tudo eu queria falar que não estou na porta da sua casa com o lindo cachorrinho na mão.

-Rafael? Como assim com um cachorrinho na mão?

-Eu não ia comprar esse cachorrinho mas minha mãe me mostrou ele e eu acabei não aguentando, então...eu posso entrar?

-Minha mãe ta em casa Rafa, eu queria muito que você entrasse mas ela vai causar igual causou ontem.

-Tudo bem, pode me encontrar aqui em baixo?

-Posso sim.

Ligação OFF

   Desligo e olho pela janela, vejo Rafael dentro do carro dele parado do outro lado da rua isso não pode ser verdade! Ele não teria trago mesmo um cachorro pra mim! Pego o que eu preciso e desço as escadas indo na direção da porta.

André- A onde você pensa que vai? –Reviro os olhos e me viro pra ele que essa hora da manhã ta com uma bebida alcoólica na mão.

-Tomando bebida uma hora dessa? Não acha que pode morrer mais rápido? –Ele deixa a bebida em cima da mesa e começa a caminhar na minha direção, dou um, dois, três passos para trás sentindo entrar em contato com a parede gelada.

André-Não tire minha paciência, eu sei que você não quer me ver bravo. –Diz alisando meu rosto.

-Eu preciso sair...- Minha voz sai baixa demais como se nem fosse sair, André sai de perto de mim e pega sua bebida.

   Não espero por mais nada e pego minha chave e saio de casa como um jato, fecho a porta de casa e consigo ver o carro do Rafael parado do outro lado da rua, atravesso a rua correndo e paro do lado do carro assim que Rafael me vê ele sai do carro e vem na minha direção me abraçando.

Rafael-Sofie me disse que você não estava bem e acabou perdendo horário da escola. –Me solto dele que continua com os braços em volta da minha cintura.

-Minha mãe viu sua camiseta e surtou comigo ontem, não aguentei e fui dormir meio mal. –Começo prestar atenção nas coisas na nossa em volta e lembro de cada palavra que ela disse ontem à noite.

Rafael-Tudo bem? –Volto olhar pra ele e assinto. –Então, tenho uma surpresa pra você dentro do carro.

-E serio mesmo que você trouxe um cachorro?

Rafael-Como um presente de aniversário adiantado eu quero que você fique com esse cachorrinho lindo que minha mãe me mostrou.

-Sério que você ta fazendo isso? Sabe que não posso ficar com um cachorro dentro de casa, minha mãe vai endoidar se descobrir isso ainda mais se ela saber que foi você que deu ela me mata!

Rafael-Olha, ele pode ficar na minha casa você já tem 17 anos daqui alguns meses completa 18 é já pode sair de casa. –Segurei no seu braço com força.

-Olha eu não tenho tanta certeza, não tenho um emprego nem nada do tipo eu não vou conseguir achar um emprego tão rápido.

Rafael- Já teve a ideia de se emancipar? Isso não seria um má ideia, você iria poder viver em paz sem sua mãe e nem o André te enchendo o saco.

-Mas isso iria demorar demais, não demoraria?

Rafael- A gente espera o tempo que for pra você ficar livre desse todo mal que ta te fazendo hoje. –Diz isso me puxando para um beijo, apoio minha mão no seu pescoço.

   Quando o beijo se encerra olho pra ele dando um sorriso, achei que minha vida nunca fosse melhorar mas com o Rafael eu sinto meus problemas indo embora.

-Eu preciso ver o cachorrinho que a gente tanto ta falando, não acha? –Ele assente e me solta rapidamente, abre a porta do carro e tira uma malinha onde costuma colocar os cachorros quando vão viajar pra algum lugar, de dentro ele tira um Golden lindo demais. –Eu não acredito nisso Rafael! É um Golden, que coisa mais fofa!

   Ele me entrega o cachorrinho no meus braços que se aconchegou na hora, tão pequeno, tão fofo, tão lindo, estou apaixonada nele!

-Ele é lindo demais Rafa, que coisinha mais fofa! –Na hora ouço um barulho alto, olho para casa e vejo a pior cena da minha vida.