Capítulo 25

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Vamos logo com isso melhor do que ficar enrolando! Abro a janela e vejo o carro do Rafael parado do outro lado da rua. Passo uma perna logo em seguida a outra, tudo bem eu consigo fazer isso, e só pular da janela, como se eu nunca tivesse feito isso pra ir em alguma festa com a Sofie!

-Já fiz isso algumas vezes, posso fazer isso agora! -Olho pro chão e fecho meus olhos por alguns segundos.

Vamos logo acabar com tudo isso, conto até três e pulo viro de costas e começo a descer segurando firme no cano com medo da minha mão escorregar e levar um tombo dos grandes. Assim que coloquei meu pé no chão sinto um alivio passar pelo meu corpo, desci sem nenhuma arranhão, sem me machucar isso é um grande recorde!

Olho pela janela e vejo os dois na cozinha conversando André me vê pela janela, rapidamente me abaixo e fecho os olhos.

-Se ele me ver, eu vou estar tão ferrada. -Digo baixo pra mim mesma, vou engatinhando até a frente de casa assim que passei por todas as janelas atravesso correndo na direção do carro.

Rafael-Achei que fosse demorar mais. -Diz saindo do carro e vindo na minha direção, tiro minha mochila das costas.

Ele pega a mochila das minhas costas e pega na minha mão, olho pra ele e sinto meu celular no bolso vibrar.

Rafael-Você não se machucou descendo pela janela né, eu vi você engatinhando será que um deles te viu?

-Eu não sei, minha mãe estava virada de costas com certeza ela não me viu. -Pego o celular do meu bolso e vejo pelo visor o nome de Sofie. -Sofie ta me ligando.

Rafael-Tudo bem, te espero dentro do carro só não demora porque sua mãe pode aparecer aqui fora. -Assinto pra ele que beija minha testa e entra de novo dentro do carro.

Ligação ON

-Emma! Ta tudo bem? Eu liguei pra sua casa e você não me antedeu.

-Eu sei desculpa Sofie, aconteceu tanta coisa agora que nem sei como te contar tudo, mas não se preocupa eu estou bem agora.

-Tem certeza?

-Tenho certeza sim Sofie, não se preocupa comigo agora, pode ficar em paz.

-Tudo bem, eu vou sair com o Danilo, qualquer coisa você pode me ligar tá bom?

-Tá bom, qualquer coisa eu te ligo sim.

Ligação OFF

Coloco o celular de volta no meu bolso e vejo Rafael me olhando de dentro do carro, abro a porta do carro e vejo o cachorrinho chorando a trás.

-Ai meu deus, que coisa mais fofa, por que ta chorando essa coisinha mais linda.

Rafael-Ele começou a chorar do nada, eu não sei o motivo. -Sento no banco e olho pra trás, tiro ele de dentro da gaiola e deixo no meu colo na hora para de chorar. -Vejo que já conseguiu fazer ele parar de chorar.

Diz dando um sorriso e ligando o carro, coloco a mochila entre minhas penas e continuo com o cachorrinho no meu colo.

Rafael-Quer passar em algum lugar antes de ir pra casa? -Olho pra ele que dá um sorriso.

-Eu só quero ficar olhando pra essa coisinha mais fofa. -Olho pela janela, o carro se afastando de casa, penso no grande problema que tudo isso vai dar quando minha mãe souber que fugi do quarto e estou indo pra casa do Rafael.

Rafael-Eu não queria falar nada agora, mas você falou com sua mãe?

-Sobre eu me emancipar? Ela pirou e me trancou no meu quarto, não deixando eu sair.

Rafael-Eu sabia que ela não iria aceitar isso tão bem. -Olho pra ele e reviro os olhos, ela é minha mãe claro que ela não iria aceitar isso.

-Eu só quero fazer isso pra ter paz comigo mesma sabe, eu não ficar sofrendo igual sofro agora.

Rafael-Eu não vou deixar você sozinha nunca mais Emma, eu te prometo. -Diz parando no sinal vermelho e olhando pra mim com um sorriso no rosto.

Depois disso o caminho todo foi em silêncio, assim que chegamos em frente sua casa não vejo nenhum carro estacionado na frente.

-Seus pais não estão em casa? -Digo colocando o cachorrinho dentro da gaiola e pego minha bolsa que está entre minhas pernas.

Rafael-Eles saíram cedo hoje, disseram que não vão voltar tão cedo. -Ele sai do carro e abre a porta pra mim. -Que tal a gente assistir um filme?

-Por mim tudo bem, depois de tudo que aconteceu eu só quero ficar deitada com esse cachorrinho.

Rafael-Que você ainda não escolheu o nome. -Assinto pra ele que pega a gaiola no banco de trás do carro.

Coloco minha mochila nas costa e meu celular no bolso, fecho a porta do carro enquanto Rafael pega a chave no bolso pra abrir a porta.

Assim que entramos dentro de casa Rafael coloca a gaiola no chão e abre a portinha deixando o cachorrinho livre para poder sair.

Rafael-Você comeu alguma coisa? 

-Não comi nada, com isso tudo eu acho que não consegui pensar em comida.- Deixo minha bolsa em cima do sofá e vou na direção da cozinha.

Rafael-Vou fazer um lanche aqui rápido pra você. -Sento na cadeira e apoio meu braço na mesa.

-Não precisa, nem estou com tanta fome assim. -Ele para e começa me olhar por alguns segundos com um grande sorriso no rosto.

Rafael-Você ta morrendo de sono e com fome, da pra ver pela sua cara Emma. -Coço meus olhos e dou um sorriso forçado.

-Tudo bem mas é serio eu só quero dormir abraçada com o lindo cachorrinho que você me deu.- Levanto e caminho até a sala vendo ele brincar com a almofada que está tacada no chão. -Vem meu amor, você ta brincando meu filho.

   Faço uma voz fofa e pego ele no colo, volta pra cozinha e continuo fazendo carinho nelo no meu colo sinto sua respiração leve tocar no meu braço, ele da um leve suspiro.

Rafael-E ele voltou a dormir, vemos que ele gostou mesmo de você. -Diz dando um sorriso, ele colocou em cima da bancada. -Vai comer, deixa que eu fico com ele no colo.

-Tem certeza? Não quer deixar ele no chão? -Rafael faz não com a cabeça e pega o cachorrinho do meu lado, reviro os olhos e lavo minha mão logo em seguida seco com o pano de prato.

Rafael-Até agora não escolheu um nome pra esse serzinho certo? -Assinto pra ele dando um grande mordida no lanche que ele fez, assim que termino de mastigar tomo um gole do suco de laranja e olho pra ele.

-Olha pode ser qualquer nome. -Ele me olha com uma cara de tacho.

Rafael-Sério isso? Escolhe um nome direito Emma. -Deixo ele falando um pouco sozinho é começo prestar atenção na TV que está desligada.

-Olha...antes do meu pai morrer ele disse que no meu aniversário de 11 anos iria comprar um cachorro novo pra mim, eu estava tão ansiosa pra isso que já tinha escolhido até nome mas foi em vão porque...você sabe né. -Digo olhando pra ele e dando outra mordida no lanche.


A suicida e o PopularOnde histórias criam vida. Descubra agora