Capítulo 28 - Chance de trovoadas

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Oi meus amoresss... Hoje vim com um capítulo curtinho só pra matar a vontade mesmo, e adiantando um pouco do que vem por aí.
Fire in the playground💥💥
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A semana passou mais rápido do que deveria e eu estava com os nervos a flor da pele. Collin voltava hoje e não sei por qual motivo isso me trazia uma sensação muito ruim. Estava as voltas com toda essa euforia da inauguração da nova filial. Sim, mesmo daqui eu controlava tudo que acontecia lá. O cheiro do café me enjoou logo cedo, e meu nível de estresse estava no máximo.

O burburinho na empresa estava a todo vapor, sobre o meu noivado com Josh, isso estava me irritando mais que o normal também, não que nossa vida pessoal fosse da conta deles, mas as piranhas que viviam dando em cima dele não perdoam, nem agora ele estando noivo. E eu não ia assistir isso de camarote. Não ia mesmo.

Seu perfume invadiu a sala e pude sorrir por alguns segundos. Levantei a cabeça para encara-lo, mas consequentemente o cheiro de café invadiu a sala também. Meu estomago revirou de imediato e tive que correr para o banheiro.

Suas mãos seguraram meus cabelos enquanto colocava tudo para fora. Assim que terminei, me encostei na parede fria e respirei fundo. 

- Passou? – perguntou baixinho. Apenas acenei que sim.

Me levantei sob o seu olhar inquisitivo e sabia que teria que dar explicações. Saí do banheiro com ele na minha cola. Passei as mãos pelos cabelos e suspirei.

- Olha eu... não é nada disso que está pensando. – seu maxilar estava trancado e o olhar inquisitivo sobre mim, me causava arrepios.

- Desde quando vem sentindo isso?

- É uma gastrite apenas Josh. 

- Que o cheiro de café enjoa? – ergueu a sobrancelha. Mas que merda. Pus as mãos na cintura e encarei seu rosto.

- Sim. Não me pergunte o porquê. – balançou a cabeça.

- Tudo bem. – deu alguns passos em direção a porta e parou. Esperei até que dissesse algo. Seu corpo se virou de vagar e nossos olhares se encontraram. – Não tem mais nada a me dizer, certo?

E agora? Seria a hora de contar sobre o teste que deu negativo. Ele perguntou como se já soubesse de algo. Engoli em seco e neguei com um leve balançar de cabeça.

- Eu fui ao médico esses dias, fiz exames, isso acontece de vez em quando.

Josh deu alguns passos até mim e segurou minhas mãos.

- Tudo bem amor. – suspirou. – Eu pensei que talvez... – sorriu sem graça, e balançou a cabeça. – Nada. – sorriu. – Vou ficar fora hoje não sei por quanto tempo com alguns investidores, reuniões maçantes, essas coisas chatas.

- Eu não preciso ir, certo?

- Não, dessa vez preciso de você aqui, mantendo as coisas em ordem. – sorriu. – Mas você pode me ajudar, de outra maneira. – sorriu torto. Seus dedos se emaranharam em meus cabelos e sua boca tomou a minha. Seu hálito fresco com uma pitada de menta era extremamente excitante. Nos separamos hesitantes, meu desejo era continuar ali mesmo. – Não temos tempo para isso agora. – sussurrou baixo. – Por mais que eu queira muito, não da tempo. Mas prometo que passaremos a noite juntos hoje.

- Tudo bem. – sussurrei. – Vá, antes que eu não te deixe ir. Até mais amor. – seu rosto ficou há alguns centímetros de distancia do meu e seus olhos azuis me penetraram. – Eu te amo. – sorri.

- Eu também. – sussurrei. – Muito. – beijei seus lábios mais uma vez.

- Não quero imaginar do que seria capaz de fazer caso te perdesse. 

- Hey, por que esse papo agora? – me soltei de seus braços e encarei seu rosto.

- Collin volta hoje. – engoli em seco. – O que, achou que eu não soubesse?

- Não, eu...

- Eu acabo com ele, se ele ousar se aproximar de você.

- Não confia em mim? – franzi o cenho.

- Confio. Mas ele está apaixonado por você. – trincou o maxilar. – Eu não confio nele.

- Josh, não viaje. – revirei os olhos.

- Pra você tudo é brincadeira, não? – elevou a voz e arregalou seus olhos.

- Você vai querer brigar agora? – disse me aproximando. – Qual é o seu problema? Hum? Acho que já te provei que não teria absolutamente nada com outro homem que não seja você. – elevei minha voz também, iria mostrar que as coisas não funcionavam do jeito que ele estava pensando. – Mas que merda, será que não consegue controlar esse ciúme que tem como se eu fosse um objeto seu? Eu não sou, tá ok!?

- Eu conheço ele...

- Mas deveria me conhecer melhor. – cortei. – Quer saber, vá para a merda da sua reunião e me deixe em paz, não vou perder meu tempo discutindo esse tipo de coisa com você. Estamos noivos, e se não confia em mim o suficiente, estamos no caminho errado.

Encarei mais uma vez seu rosto antes de sair a passos firmes e bater porta atrás de mim.
Mas era só o que me faltava mesmo.

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Xii...
Hoje sem espoiler.
Até mais cats.

Meias Verdades, Inteiras Mentiras - CONCLUÍDOOnde histórias criam vida. Descubra agora