Meias Verdades, Inteiras Mentiras - CONCLUÍDO

Capítulo 24 - Deveria?

Oi gente!!! Sei que dei uma sumidinha mas foram por motivos nobres. A escassez acabou e aqui temos um novo capítulo. Bjinhos..

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Kate

Algumas horas antes...

Mas era só o que me faltava mesmo! Isso não pode estar acontecendo de verdade! Bato a porta da sala e massageio minhas têmporas, o dia mal começou e já quero que ele termine. Will vir atrás de mim até que, tudo bem, mas vir dizer que ainda me ama? Confesso que mexeu comigo sim, no momento, mas quando ele encostou seus lábios nos meus, não senti absolutamente nada.

Não senti o choque elétrico e a excitação que sinto toda vez que beijo Josh, não teve química, não teve nada. Quis limpar minha boca com soda depois que ele me beijou. Espero de verdade que ele escute o que eu disse e que vá embora daqui, de uma vez por todas.

- Kate! - a porta se abre com uma Rachel um tanto quanto desesperada.

- Oi? - franzo o cenho.

- Está tudo bem? - pergunta.

- Se piorar melhora. - reviro os olhos. - Por que está assim? Viu um fantasma?

- O Josh, ele ia ir atrás de você na cozinha... - puta que pariu.

- Como é que é? - ah meu Deus.

- Ele me perguntou onde você estava, mas eu... Me desculpe Kate, não tive como impedir. - engole em seco e me encara temerosa.

- Não, tudo bem. Você não teve culpa. - sento e massageio mais uma vez minhas têmporas, sinto que minha cabeça vai explodir a qualquer momento. Encaro o nada e suspiro. - Eu devia ter acabado com isso já. - Volto a olha-la. - Aconteceram tantas coisas. - engulo o nó na garganta mas não consigo segurar a lagrima solitária que insistiu em descer.

- Kate, pode conversar comigo. Hum? - Rachel se aproxima e pega minhas mãos com as suas. - O que houve amiga?

- Eu achei que estivesse gravida. - ela arregala os olhos e tenta disfarçar a surpresa, sorrio fraco. - Mas fiz o teste e deu negativo. - engulo em seco. - Josh apareceu lá em casa ontem à noite, e eu me escondi, ouvi-lo gritando e dizendo que me ama... ele estava bêbado Rachel, e eu... - desabo e logo os braços dela me confortam.

- Shii.. não Kate, não fica assim. Hey, olhe para mim. - levanta meu rosto e limpa as lagrimas que escorriam. - Ele te ama. Vocês se amam. Vão se acertar, tenho certeza disso.

- E se ele viu algo hoje na cozinha? E se ele pensar que...

- Não Kate! Pare de pensar essas baboseiras. - diz. - Você não sabe se ele chegou a ver alguma coisa, então pare com isso! - balanço a cabeça. - Agora vá até o banheiro e lave esse rosto. Vou voltar para a recepção porque deixei tudo lá. Qualquer coisa é só interfonar. - Rach se vira e quando abre a porta sussurro um obrigada quase inaudível, mas ela escuta e simplesmente sorri batendo a porta me deixando sozinha mais uma vez.

E junto com a solidão me permito chorar mais uma vez. Até o momento estava anestesiada e não havia parado para pensar em tudo.

Eu poderia estar gravida.

Mas não estava. Um negativo frustrante acabou com as minhas energias e as minhas esperanças. Poderia estar sendo diferente agora, mas tudo contribui para que não seja, talvez o universo esteja conspirando, não que eu acredite nisso, mas está parecendo.

E talvez o que Josh viu tenha contribuído para concluir o seu julgamento maldoso e estupido sobre essa história. E minha raiva só aumenta em saber que ele não veio me procurar até agora! Covarde se escondendo atrás de tudo que pode para não confrontar a verdade, um homem que tem que estar bêbado para criar coragem!

Rosno frustrada.

Acho melhor não vê-lo hoje. Não estou com condições nem paciência para mais uma discussão, e se ele não fez questão de me ouvir antes, sou eu quem não faz questão agora.

Me levanto rapidamente, mas sem não antes observar um pequeno caderno azul em cima da mesa de centro. Como não havia visto antes? Dei de ombros e peguei o objeto em mãos. A letra cursiva e despojada que eu conhecia muito bem. Esse caderno era dele. Mordi o lábio inferior tentando não ceder a minha curiosidade, afinal de contas eu estava puta da cara com ele.

Dane-se! Pensei. Abri o caderno e então comecei a ler cada estrofe. Ao decorrer de algumas folhas percebi que a personagem de uma maneira era inspirada em mim, e o rapaz apaixonado era obviamente, ele. Me vi sorrindo varias vezes ao decorrer da leitura, até chegar em um ponto onde a história não tinha uma continuação. Rosnei e fechei o caderno.

Olhei no relógio e constatei que já estava meio tarde, e nada de Josh me procurar. Nem para dar uma satisfação, um pedido de desculpas! Eu merecia ao menos isso depois de ouvir todas aquelas coisas horríveis dele, depois de descobrir que... eu podia estar esperando um filho nosso, tudo que eu queria naquele momento era ele perto de mim. Mas o filho da mãe não estava!

Peguei minhas coisas, inclusive o caderno azul e coloquei ele em minha bolsa. A porta se abriu e retesei meu corpo ao ver John me encarando feito uma incógnita.

- Posso conversar com você um pouco Katherine?

- Claro. - soltei minhas coisas e passei as mãos umas nas outras.

- Fiquei sabendo da sua briga com meu filho. - ah. - Quero te pedir para que ouça o que ele tem a dizer.

- Por que eu deveria?

- Entendo toda a sua raiva. Joshua foi estupido, mas ele se sentiu ameaçado de alguma forma. - alivio minha expressão. - Não justifica as coisas absurdas que ele te disse, de maneira alguma.

- Não mesmo. - sussurro.

- Não estou dizendo para perdoa-lo e se atirar em seus braços. Estou dizendo para apenas ouvir o que ele tem a te dizer. E diga também tudo que acha que tenha que falar, você está no seu direito. - suspira. - Só não quero ver duas pessoas que se amam sofrendo por algo que pode ser resolvido com uma simples conversa. - dá dois passos em minha direção me fazendo engolir em seco. - Eu e Ruth estávamos brigados quando ela faleceu, e não tive a oportunidade de pedir desculpas, e nem de dizer que a amava uma última vez. - sussurra emocionado. - Não espere algo do tipo acontecer para que percebam que é perca de tempo ficarem brigados. - me encara mais uma vez. Minha boca não é capaz de se abrir e nem de emitir um único som. John se vira em direção a saída me deixando petrificada. - Boa noite, Katherine.

O baque da porta me fez dar um pequeno pulo me acordando do transe. Passo a mão pelos cabelos tentado absorver as palavras ditas por John. Feito um tapa na cara senti meus pés estremecerem.

Peguei minhas coisas e bati a porta também, que a luz da lua iluminasse minhas decisões.

(...)

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Votem e até a próxima. :*