Capítulo 38 - Come back

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OII GENTEEE!!! Josh está de volta. Vamos sentir um pouco da agonia dele.

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Josh

Abri meus olhos tentando me acostumar com a claridade. Minha cabeça latejou como o inferno e desejei nunca ter bebido tanto quanto na noite anterior. Alias, como nos meses anteriores. Meu pai havia tentado de diversas formas me tirar do fundo do poço, mas obviamente não conseguiu.

Kate havia me destruído de varias maneiras diferentes e não queria vê-la nunca mais na minha frente. Sei que nunca é uma palavra extremamente forte para ser dita, ainda mais relacionado a alguém que tanto amei. Ainda amava.

Era impossível não ficar sabendo de noticias suas. Mas tinha certeza de que havia algo que não estavam me contando sobre ela.

Mas...Por que eu me importava mesmo?

Babaca! Era isso que eu era. Ela havia me enganado, mentido para mim, escondido que estava gravida! Por Deus, como conseguiu? Como conseguia ser uma pessoa tão sombria e falsa?

Me levantei tentando parar de pensar nisso porque era tudo em que eu pensava nos últimos meses.

- Pare de pensar nisso. – disse com a cabeça entre as mãos e apertei os olhos. Esfreguei o rosto e suspirei. Eu jamais a esqueceria. Mesmo odiando tudo que havia feito comigo. O toque do celular ecoou no quarto, encarei a tela com o nome de Javi piscando na tela.

- Sim, Javi? – silibei sem vontade.

- Uau. Você ainda está destruído. – concluiu. – Não que isso seja novidade.

- Direto ao assunto, por favor. – bufei.

- Venha até a empresa. Precisamos resolver alguns problemas com fornecedores. Seu pai não quer nem ver outra pessoa que não seja você a frente disso.

- Claro. – sorri amargo. – Ele quer me tirar de casa e me fazer ver e pensar em outra coisa que não seja ela.

- É, tenho que desligar. Te espero aqui, seja rápido.

Encarei a tela do celular mais uma vez e suspirei. Não teria outra alternativa. Entrei em baixo da água fria, precisava acordar e banho quente não iria me ajudar de forma alguma.

Me sequei e fui até o closet pensando no que iria vestir. Estava um frio infernal lá fora pelo que parecia. Sorte que haviam vários aquecedores em casa. Escolhi um terno três peças azul turquesa, minha cor preferida, Kate sempre falava que ficava bem em mim...

- Mas que inferno, pare de pensar nela seu imbecil. – me repreendi. Suspirei e encostei a cabeça no espelho e fechei os olhos. Como estava com saudade dela. Como queria poder beija-la, fazer amor com ela... – Ela é uma mentirosa traidora.

Disse mais alto e soquei a parede. Meus olhos arderam com as lagrimas. E sim, eu havia chorado, e ainda chorava. Foda-se se parecia maricas, eu estava pouco me lixando. Suspirei mais uma vez, resignado. Me vesti, e peguei o sobretudo azul também, não sabia o quão frio estava.

Desci e depois de dias, vi meu pai. Seu rosto se iluminou quando me viu vestido apropriadamente com algo que não fossem minhas cuecas samba-canção.

- Bom dia, filho. – me saudou.

- Bom dia, pai. – sorri fraco.

- Fico feliz que finalmente tenha trocado aquelas coisas por um terno.

Meias Verdades, Inteiras Mentiras - CONCLUÍDOOnde histórias criam vida. Descubra agora