Capítulo 34 - Portas e Janelas

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Oi genteee!! Voltei, vou regar o angust. Vao conhecer um Collin fofo, mas nao se iludam... beijos.

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Kate

Sentia que estava flutuando de uma maneira estranha. Tentava me mover, mas não conseguia. Tentei abrir os olhos, mas não obtive sucesso. Sentia um cansaço extremo que me puxava de volta para a escuridão.

Não, eu tinha que acordar. Me esforcei mais um pouco. O cansaço era enorme. A claridade agrediu meus olhos que pareciam não estar preparados para estarem abertos. A sensação era de que um trator CBT havia passado infinitas vezes em cima de mim.

Olhei ao redor, mas não havia ninguém por ali. Afinal de contas, o que havia acontecido? A porta se abriu e o médico com uma expressão cansada se fez presente.

- Ah que ótimo, já está acordada. Como se sente?

- Cansada.

- Se lembra do que aconteceu? - me encarou e então puxei na memória. Eu e Josh, a briga, as ofensas. Eu fui atropelada. O nó na garganta se formou. Ele ao menos estava ali comigo. Reuni o resto de forças que tinha e encarei de volta o medico que esperava minha resposta.

- Sim. - respondi apenas, balançou a cabeça e se concentrou em ler o prontuário. Suspirou antes de me encarar novamente.

- Preciso te dizer algumas coisas, como esta o seu estado em geral. - balancei a cabeça. - Você está em tese bem. Mas devido ao impacto violento que sofreu, não conseguimos salvar o bebe, eu sinto muito.

- Como é que é? - sussurrei. Que bebe? Eu não estava gravida! Por Deus, eu fiz o teste.

- Você não sabia? - me olhou espantado.

- Não, eu... Eu desconfiei, há algumas semanas e então fiz o teste. Mas deu negativo. Eu... eu não imaginava. - as lagrimas já estavam rolando em meu rosto. Eu realmente estava gravida. - Eu estava sentindo enjoos, mas pensei que fosse gastrite. Havia dado negativo. O meu bebe... - disse a última parte entre prantos.

- Hey, se acalme Kate. - o médico se aproximou e pegou minhas mãos com as suas. - Acontece de dar negativo. Sua gestação era recente. Você estava apenas de algumas semanas. Sinto muito, mas o bebe não sobreviveu. Fizemos todos os procedimentos corretamente, e logo você estará apta para receber outra gestação. - se afastou. - Bom, prescrevi alguns antibióticos, e repouso, logo estará cem por cento. Se não se importa, irei liberar as visitas. Seus familiares estão loucos por notícias.

Apenas balancei a cabeça. Meu olhar se focou em algum ponto especifico na parede branca. Não conseguiria superar aquilo nunca. Perdi o meu bebe, por causa de uma discussão estupida! A culpa era toda minha. Não devia ter saído como uma louca correndo. Nem isso Josh merecia!

Permaneci imóvel. Um sentimento até então desconhecido por mim corroía meu peito. Deixei que o choro saísse de meu peito incontrolavelmente. Ouvi o ranger da porta. Eu não estava preparada para aquela conversa.

(...)

A porta bateu depois que Josh conseguiu de uma vez por todas acabar com o nosso relacionamento. Como ele pode pensar todas essas coisas de mim? Eu nunca havia tido nada com Collin, não sabia de nada sobre um golpe que ele estaria aplicando, se isso realmente fosse verdade.

Josh estava completamente cego. E eu não fazia ideia do que havia acontecido.

Ele nem sequer ligou, não quis nem saber como eu estava. Estava se lixando para o bebe, aliás, nem acreditava que seria dele!

A dor crescente em meu peito era descomunal. Em vinte e quatro horas minha vida mudou completamente. Estava perdida, sozinha e com o coração despedaçado, e eu nem sabia o motivo.

- Kate? - Collin abriu a porta lentamente e entrou. Veio até mim com um sorriso sem graça. - Como está se sentindo?

- Estou péssima. - sussurrei.

- É. Deu pra ouvir a conversa de vocês.

- Quem ouviu? - perguntei ressabiada. Meus pais não poderiam ouvir tudo aquilo por nada.

- Fique tranquila, só eu estava aqui na porta ouvindo. - respondeu. - Entao... Hm... Bebe?

- É. Eu o perdi. - sussurrei encarando seus olhos azuis.

- Josh acha que é meu? De onde ele tirou isso? - perguntou com o cenho franzido.

- Sim, parece loucura. Collin, eu e você estamos sendo acusados de roubar a Carter Industries.

- O que? - levantou abruptamente.

- Sim. Você não tem nada a ver com isso... - sussurrei.

- É obvio que não! - disse mais alto que o normal. Passou a mão pelos cabelos e se aproximou de mim. - Quem disse isso para ele?

- Segundo ele, foi Lisa. Tem os papeis e tudo. Não sei como. - disse. - Eu e você somos amantes, acredita!

- Não seria uma má ideia. - disse desconfortável. - Mas isso chega ser cômico. Todos sabem que você jamais teria nada comigo e muito menos que me ajudaria a roubar a empresa. Meu Deus! - disse. Respirou fundo mais uma vez e pegou minhas mãos com as suas. Ele suava frio, prendi meus olhos nos seus que demonstravam compaixão. - Quanto ao bebe, eu sinto muito. Josh é um babaca por não enxergar a mulher maravilhosa que você é. - abaixou a cabeça. - Queria ter a sorte dele. - sussurrou e me encarou. Me remexi desconfortável na cama quando ele voltou a sustentar nossos olhares. - Me deixe cuidar de você, por mais que não queira nada comigo, me deixe cuidar como seu amigo pelo menos.

Pensei por alguns instantes. Talvez Collin não fosse tão ruim assim.

- Tudo bem. - sussurrei. Ele sorriu. - Eu deixo. - balançou a cabeça ainda sorrindo. Eu deixaria alguém que realmente se importava comigo, cuidar de mim.

(...)

Até a próxima babies...

Meias Verdades, Inteiras Mentiras - CONCLUÍDOOnde histórias criam vida. Descubra agora