Capítulo 25 - Rosas são vermelhas

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Oi gente!! Voltei com um capítulo curtinho pra atiçar a curiosidade de vocês. Logo avisando que mais uma vez, o mar de rosas do nosso casal esta chegando ao fim. Mas enquanto isso, deliciem-se...

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Abri meus olhos vagarosamente sentindo uma respiração em meu pescoço me fazendo cócegas. Sorri e suspirei. Logo meu sorriso se desfez e não sabia se deveria comentar com ele o fato de ontem à noite. Afinal de contas, fora negativo o resultado, não faria diferença! Levantei com cuidado da cama para não o acordar, indo até a cozinha preparar algo para comer, devido a correria não tinha comido nada. Meu estomago roncou e sorri. Andei até a sala em busca do meu celular, que provavelmente estava dentro da bolsa ainda.

- Meu Deus, isso parece um buraco negro! – rosnei. Revirei mais um pouco até que finalmente o encontrei. Chequei meus recados e nada de importante chamou a minha atenção.

Voltei minha atenção as panelas. Iria fazer algo diferente. Depois de tudo em ordem e preparado me concentrei nos retoques finais.

Suas mãos grosas se enroscaram em mim e sua boca encostou em meu ouvido me deixando arrepiada e excitada novamente.

- Estou como fome, mas não é de comida. – gemi baixinho.

- Josh... pare amor. – com certa relutância consegui sair de perto dele.

– O que está fazendo de bom? – perguntou remexendo nas panelas e lhe lancei o meu pior olhar, reprovando-o por aquilo.

- Algo que irá gostar. Frango gratinado ao molho branco.

- Só de ver já deu água na boca. – sorriu de canto indo até o sofá. – Hey! Onde achou isso? – me encarou sem expressão enquanto segurava o caderno.

Droga!

- Estava na nossa sala hoje, em cima da mesa de centro. – desliguei o fogo e dei dois passos em sua direção engolindo em seco.

- Você leu? – trincou o maxilar.

- Sim. – sussurro. Josh apenas balança a cabeça. – Por quê? – me aproximei e o fiz me encarar. – A proposito isso foi uma das coisas mais lindas que já li. Só fiquei emputecida de não ter uma continuação. – revirei os olhos.

- São meus segredos Kate. Comecei escrever isso quando nos conhecemos. – descansou seu corpo no sofá e nossos olhares se encontraram. – Eu escrevo desde sempre, poemas, algumas coisas, mas meu pai nunca me apoiou em seguir meus sonhos. Eu nunca quis estar a frente da empresa Kate. Meu sonho é ser escritor, é publicar o meu trabalho para que as pessoas vejam. Mas tudo que estou fazendo é ficar preso naquela sala, resolvendo coisas que não gosto, fazendo algo que não quero. As coisas melhoraram depois que você chegou, é um motivo para que eu queira estar lá todos os dias.

- Amor. – peguei suas mãos com as minhas e o encarei. – Não é porquê sou sua namorada, nem nada do tipo. Mas isso aqui – apontei para o caderno em suas mãos. – é incrível! Eu já li muitos livros e olha, a sua escrita tem uma leveza, algo que prende o leitor, que faz o leitor estar dentro da história, participando dela. Foi simplesmente a coisa mais linda que já li. – seu sorriso por fim apareceu.

- Me inspirei em você.

- Dê uma continuação a essa história. A Elizabeth e o Harry merecem um final feliz. – peguei o caderno de sua mão e o joguei para o lado me sentando em seu colo. Grudei meus olhos nos seus e sussurrei. – Como nós dois.

(...)

Algumas semanas depois...

Acordamos cedo aquele dia, iriamos para o lugar misterioso que ele havia comentado comigo há algum tempo, e confesso que estava curiosa, apesar de ansiosa também, seria a nossa primeira viagem juntos, digo como um casal. Depois de tantas idas e vindas precisávamos de um pouco de calmaria. Afinal de contas uma hora a tempestade deveria passar. Era isso que eu pensava, pelo menos. Mal imaginava que aquele fim de semana seria um dos últimos que passaríamos juntos. Collin ainda não havia voltado, mas sabia que isso iria acontecer uma hora ou outra, planejei contar a Josh naquele fim de semana sobre ele estar apaixonado por mim , não passaria dali. Meus enjoos voltaram, e então fui diagnosticada pelo médico por uma possível gastrite nervosa. Também pudera, depois de tudo que havia passado aquelas semanas, era bem provável que isso acontecesse. Mas, mas uma vez, eu mal sabia que o motivo dos enjoos era outro.

Naquela manha arrumamos nossas roupas, e algumas coisas que faríamos uso por lá. Colocamos tudo na SUV preta e subimos no carro. Encarei o homem ao meu lado com os cabelos meio bagunçados e os óculos escuros sentindo meu coração palpitar por algum motivo, mas preferi ignorar.

- Pronta amor? – perguntou me tirando do transe. Encarei seu rosto e sorri.

- Sim. Você está?

- Com você me sinto pronto para qualquer coisa.

Sorriu e capturou meus lábios com ternura. Seu beijo era doce, e eu não fazia ideia de quanto era viciada naquele beijo. Nos separamos e sorrimos. Seguimos viajem por longas horas, entre risadas, beijos, carinhos, até que então fui surpreendida por uma paisagem absolutamente verde. Entramos em uma estradinha de areia e abaixei o vidro. O cheirinho de terra molhada que emanava de lá parecia lavar meus pulmões

- Eu amo esse lugar. – me virei para encarar seu rosto e sua expressão melancólica me dizia que aquele lugar deveria significar muito para ele. – Minha mãe e eu vínhamos aqui todo inverno. Depois que ela faleceu nunca mais tive coragem de vir, e prometi a mim mesmo que só traria aqui quem realmente fosse muito importante para mim. – finalmente me encarou.

Me calei naquele momento e só me dei conta que chegamos quando minha porta abriu e sua mão estava estendida a mim. Entrelacei nossos dedos e desci do carro. Ele imprensou meu corpo delicadamente com o seu contra o carro e pude sentir seu coração bater contra meu peito. Nossos olhares se conectaram e meu corpo se acendeu.

- Te trouxe aqui pra que entenda Kate, o que temos não é brincadeira para mim. – sussurrou. Sorri.

- Nem para mim. – interrompi. Teria medo do que poderia vir a seguir, não sabia se estaria preparada. Ele apenas sorriu também, e em meio o por do sol nos beijamos, memorizando ali, um dos melhores momentos da minha vida, porque mal sabia eu, que aquilo não voltaria a acontecer tão cedo.

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Votem, e até a próxima. *..*

Meias Verdades, Inteiras Mentiras - CONCLUÍDOOnde histórias criam vida. Descubra agora