Capítulo 7

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Corvo

Conduzi a reunião de modo tranquilo, ainda que os problemas parecessem intermináveis. Eu não falara com meus irmãos desde o dia em que entrara em Érebos, era mais seguro mantê-los longe de mim. Aqueles malditos gregos eram tudo que me restara, precisava de alguém em quem me apoiar. Se eu não pudesse confiar em ninguém dentro daquela sala, iria enlouquecer cedo ou tarde.

— Corvo? — Chamou um dos gregos. O procurei com os olhos, era Hades. — O que o primeiro ministro disse sobre André e Théo? Vai tirá-los da cadeia?

— Ainda não conseguimos discutir sobre eles — fui sincero. Depois do que ele me dissera sobre a indiana, eu não consegui projetar uma só palavra sobre qualquer coisa.

Não ficou satisfeito com a minha resposta.

— Não podemos deixá-los lá.

— Não iremos — garanti. Deu pra sentir o alívio de todos. Eu tinha sim planejado deixá-los apodrecer na sua própria incompetência, mas Farah tinha razão quando me disse que eu era o líder deles e responsável pelo que acontecia a cada um. — Marcarei uma reunião com Konstantinos. Ainda estão com a primeira-dama?

— Sim — respondeu-me Pietro. — Vai chantageá-lo usando a esposa?

— Farei o que for preciso para nos proteger. — Tentei soar confiante e ignorar minha mente confusa e aborrecida. A verdade era que eu estava sem pressa alguma para me encontrar com Konstantinos depois de ter levado Farah de mim.

Não me importava se ela era só uma empregada. Podia ser meu cachorro, meu pássaro, nada justificava os dois terem agido por minhas costas. Fora uma facada no meu orgulho masculino.

— Mudando de assunto, corvo, tem um novo serviço para nós? Já estamos ficando entediados — brincou Hades.

Espalhei os papéis sobre a mesa.

— Podem escolher. Só não sejam imbecis a ponto de terminar atrás das grades.

Eles riram com nervosismo, já que eu soara impiedoso.

— Olha, esse daqui parece interessante. Vamos transportar algumas garotas comigo, Pietro? — Perguntou Hades, ao pegar uma das folhas.

Meus olhos endureceram.

— Não. Isso não. — Tomei o papel das suas mãos. — Nada que envolva ferir mulheres e crianças.

— Você nos permitiu sequestrar a primeira-dama! — rebateu um deles.

— Isso foi diferente. Não nos pagaram para machucá-la.

— Damon, não estamos a um passo do inferno. Nós já estamos nele. O que vier agora é lucro. — Fora Estevão quem dissera.

— Se quiserem traficar uma mercadoria, garanta que não seja mulheres e crianças. Se um de vocês desobedecer a essa ordem eu prometo que eu mesmo o farei pagar e será doloroso. — Não estava mais inclinado a tratá-los com solicitude. Fora um tremendo engano pensar que aqueles homens seriam bons amigos meus. Faziam tudo por dinheiro, podiam, inclusive, matar a mim se lhe fosse conveniente.

— Tudo bem. Nada de mulheres e crianças. — Hades folheou novamente. — Algo contra tráfico de órgãos?

Fiquei com embrulho no estômago, mas não o refutei.

— Olha, que danada, essa daqui quer nos contratar para se livrar do pai. Com certeza quer a herança — comentou Estevão. — Tudo bem por você, corvo?

Um impulso avassalador me fez pegar a folha dele.

— Deixe que eu cuido desse.

Me encararam, surpreendidos. Fazia um bom tempo que não me viam agir em campo por vontade própria.

— Você é o chefe. Não precisa cumprir missões — atentou Pietro.

— Sei que não. Só estou com saudade de derramar um pouco de sangue.

Eles bateram os punhos na mesa e gritaram, eufóricos. Eram um bando de urubus, carniceiros.

— Esse é o nosso líder. Era disso que precisávamos, caralho!

Bebemos o resto da noite. Eu mais que qualquer outro.

***

Acordei com Isadora em um braço e Juliana em outro. As duas com a nudez protegida apenas pelo lençol cinza.

— Bom dia, minhas deusas. — Beijei a cabeça de uma, depois, da outra. — Não sei como não enlouqueci quando resolveram tirar férias de mim.

— Não tiramos férias de você, corvinho. Foi você quem não telefonou pra gente — retrucou Isadora.

— Tive uns meses turbulentos. Agora sou todo de vocês.

Um brilho travesso nos olhos de Juh me dizia que eu devia me preparar para um boquete matinal. Eu não seria louco de contrariá-la.

Ela me olhou provocante e intensamente respirou, antes de se perder por baixo do lençol e entre minhas pernas. Mordeu o interior das minhas coxas antes de cair de boca no meu pau. Contorci meu corpo arrepiado e dobrei as pernas para facilitar seu serviço.

Virei a cabeça e tomei o lábio inferior de Isa entre meus dentes, enquanto a outra deslizava sua boca molhada pra cima e pra baixo em mim. Duas mãos eram poucas para o tanto que eu desejava tocar naquelas garotas com meus dedos espalmados.

— Hmmm, eu adoro quando você fica duro desse jeito — gemeu Juliana. Fui com meus dez dedos em sua cabeça e a fiz me sentir na sua garganta.

— Ahhh, isso. E você — encarei Isa ao meu lado —, senta na minha boca.

Cada coxa grossa encontrou uma orelha minha. E sua lava quente, o líquido viscoso vagarosamente escorrendo por entre sua virilha, encontrou minha boca.

Abri seus lábios maiores com a minha língua e engoli cada gota amarga de Isa.

Ela delirou.

Gritou.

Gemeu.

Relaxou na minha boca e olhou pra baixo com cara de quem queria mais. Eu gostava do seu jeito safado, por isso mordi delicadamente seu clitóris, o suguei.

— Ahhhh, corvo.

Eu não sabia se devia clamar o nome de Isa ou de Juliana.

Juliana com meu monumento na sua boca, duro, forte, era maldosa. Sua língua tratava a cabecinha do meu pau como seu picolé de sabor preferido.

Fui alcançando um nível mais alto de tesão.

Indo de rígido, para extremamente rígido.

E ela acabava me deixando um pouco mais impiedoso com Isa também, concentrado e conciso em fazê-la gozar. Não me preocupei se o maxilar ficaria dolorido pelo tanto que eu a chupava. Não me preocupei se ficaria com o queixo lambuzado e pingando.

Juh me chupou frenética e sem parar. Eu segui seus passos e os imitei em Isa. A fiz gemer, gritar.

Depois...explosões de prazer. Cheiro, gosto...

Enquanto eu engolia o prazer de Isa goela abaixo, despejava o meu na garganta de Juliana.

O Corvo das Ilhas Gregas (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora