Capítulo 4

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Corvo
As meninas chegaram menos de uma hora depois. Cada uma sentou em uma perna minha.

— Ouvi dizer que meu corvinho anda muito estressado — sussurrou Juliana e mordeu o lóbulo da minha orelha.

— Acho que ele precisa da nossa ajuda — respondeu Isadora, a língua deslizando por meu pescoço. — Como podemos ajudar você!?

Puxei o cabelo de cada loira com uma mão.

— Abram as pernas e fiquem quietinhas. Pra cama, as duas — ordenei.

As duas soltaram gritinhos, animadas, e correram pro colchão. Me servi de conhaque e depois as encarei de novo.

— Arranquem o Baby Doll. Isso, bem devagar. — Dei um gole na bebida. Cada uma tirou sua própria camisolinha e os pares de seios fartos nas peles bronzeadas me eriçaram. Eu ia colocar a boca em todos eles. Deixar em seus seios rosados, a marca dos meus dentes. Só não antes de vê-las fazendo isso uma na outra. — Se toquem.

Juliana, de pele mais pálida que Isadora e cabelo também mais loiro, se virou para a outra com um olhar descarado e mordiscou o mamilo rosado da amiga. Isadora agarrou o cabelo da outra e gemeu, jogando a cabeça para trás.

— Vocês estão muito comportadas hoje, garotas. Talvez precisem de um incentivo.

— Venha brincar com a gente — chamou Juliana, sem parar de chupar o seio da outra.

Me aproximei mais e derramei conhaque nas costas de Juliana. Ela se contorceu, conforme o líquido deslizava da sua espinha para a bunda, num traço mal feito, uma linha sinuosa e suave, molhando sua calcinha.

— Isadora, a seque.

Ela não me contrariou. Assim que Juliana largou seu seio e se virou, de quatro, ela foi com a língua nas costas molhada da outra, me deixando completamente louco com o cheiro de prazer. A lambeu de cima pra baixo, em carícias ardentes, seguindo a trilha sedosa deixada pelo conhaque amargo. Baixou a calcinha da amiga e...

— Deixe que eu continuo — falei. Entreguei o copo para Isadora e senti seus lábios quentes em minha nuca, antes de eu me inclinar para lamber o traseiro da outra. Minha mão encontrou a bunda de Juliana mais rápido que minha língua.

Sua pele foi de branca para vermelha com a marca dos meus dedos.

— Ah, que corvo maldoso — Juliana gemeu, tirando meu ar. — Bata de novo.

Obedeci. O estalo ardido ressoou.

Ela gemeu.

Atraente.

Firme.

Os dedos ágeis de Isadora desabotoaram minha camisa e a desgraçada mordeu meu lábio inferior, cheia de fome.

— Maldita, gulosa, você também quer atenção. — Segurei seu rosto bronzeado e lindo, com uma crueldade requintada. Aquelas duas eram a minha perdição, pedaços de carne saborosas que eu nunca me cansava de provar. Peguei o copo que Isa deixara no criado-mudo ao lado e derramei o resto de conhaque em seu rosto. Passei a língua por seu maxilar, bochecha, cílios. — De quatro você também!

— Assim? — ela perguntou com malícia, assim que suas mãos e joelhos encontraram o colchão.

— Empine mais essa bunda. As duas — ordenei, sem controlar a voracidade, a volúpia voraz. Eu adorava quando meu quarto se tornava naquele inferno. Quando meu lençol se sujava de prazer feminino, aprisionadas no cárcere das minhas fantasias.

— Nos castigue, corvinho. Nós fomos más — provocou Juliana. Seu timbre era uma droga viciante, tal qual me deixava desnorteado. Nem minha própria lucidez podia evitar.

— Bata com força — acrescentou Isa, felina.

Dei palmada em uma, depois, na outra. Elas gritaram alto, pedindo por mais.

Fiz de novo, mãos frias encontrando peles quentes. Eu podia ver o inferno das duas naquela posição.

Então, eu as chupei em lugares ainda mais quentes, pulsantes, macios. Lambi o que escorria, com gemidos trêmulos em meus ouvidos. Primeiro uma, depois, a outra. Com afinco, atrevido. Engolindo tudo entre meus lábios.

Bocetas doces. Amargas. Suadas. Devorei demoradamente cada detalhe, de trás pra frente. Eu ardia como labaredas.

— A bebida gelada nesse rabo quente é uma delícia. Prove, Isadora. — Puxei a cabeça de uma e empurrei na bunda da outra.

— Minha vez. — Isa estava prestes a lamber a outra, quando bateram à minha porta. Me levantei, com resmungos femininos em meus ouvidos.

— Vá com calma, Isa. Essa bunda também é minha e eu pretendo jantá-la! — disse, antes de girar a chave e abrir a porta.

Farah segurava uma bandeja com um prato de comida que eu desconhecia. Os cabelos, bem pretos, estavam presos em uma trança dessa vez, já o corpo, continuava carregado de acessórios. Ela me encarou de modo doce, mas minha lareira estava acesa demais para corresponder àquele olhar.

— Senhor Damon, não queria incomodá-lo. — A expressão fechou quando notou meu peito nu. — Preparei seu jantar.

O cheiro de alho e limão foi muito bem recebido por meu estômago. Se eu não estava com fome antes, aquilo mudara drasticamente após o odor.

— Estou lisonjeado, indiana. Mas por que o trouxe aqui?

— E-eu pensei que...É minha forma de agradecê-lo por ter me deixado na cozinha, senhor.

— Os jantares são servidos na mesa de jantar, se eu quisesse ter minha refeição em meu quarto, eu mesmo pediria por isso!

— Sinto muito. — A bandeja tremeu sob suas mãos. Os olhos fortes e bem marcados e a pele naturalmente uniforme fazia dela uma mulher mágica, com uma aparência que intrigava pela beleza. Eu ainda não tinha compreendido Farah, ela tinha tudo para ser uma garota durona, mas agia como um passarinho ferido e assustado.

Ela girou com os calcanhares e eu fechei a porta com um empurrão.

Ela girou com os calcanhares e eu fechei a porta com um empurrão

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O Corvo das Ilhas Gregas (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora