17 - Baixinha!

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De regresso a empresa troco ideias com o meu chefe, ele estava tão entusiasmado quanto eu, assim que estacionamos e o seu telemóvel toca, ele lê algo...

— O Kevin espera por ti no seu gabinete. - Ele volta a guardar o aparelho no bolso e carrega no botão para chamar o elevado.

— Nem em sonhos Alonzo.

— Não piores o seu mau-humor, ele não morde.

— Mas tem o poder de me despedir. - Ainda estava com raiva por me ameaçar mais cedo.

— Ele não fará isso, só não entres numa guerra com ele, vocês adoram disputas.

— Vou tentar! - Suspiro inconformada.

— Dá um beijo meu a minha morena.

— Oh que fofinho Sra Matias! — Aperto a sua bochecha e ambos rimos.

Dou o recado a Alice e vou até ao escritório do todo-poderoso...

— Aqui estou!

— Como correu a tarde?

— Eu e Alonzo temos quase todas as informações necessárias, aguardamos apenas alguns relatórios de consumo que não tardaram a chegar, amanhã de manhã reúno a equipa para distribuir tarefas.

— Porque é que ele exigiu seres tu?

— Porque talvez tenha ouvido falar do meu talento! - Tento sorrir para desviar a atenção dele neste assunto.

— Por favor, podes fazer melhor que isso!

— É meu ex-namorado! - Ele não era, tinha vergonha de um dia o deixar tocar o meu corpo, mas eu não podia dizer a verdade a ninguém, eu era a bonequinha de todos eles.

— Era só o que me faltava! - Ele bate na mesa fazendo os papeis voarem.

— Quando se pede para alguém ser sincero, devemos esperar que a resposta não seja o que esperamos.

— Qual é Luna, como vou dizer isso ao Raphael? - Então é isso, ele pensa que dormi com o irmão.

— A sério eu não tenho de ficar a aqui a ouvir isto. - Foi demais reviver tudo e ainda ser acusada, não!

Saio da sua sala e bato com a porta, Alice olha-me, chocada. Sento-me frente ao computador e teclo com tanta força que dava para ouvir do outro lado do corredor, pedi até a rececionista do andar para não me passar chamadas. Ele está a passar das marcas e eu não consigo fazer nada para o deter, cinco da tarde quem dá graças da sua presença na minha sala? O Sr Smith, se o olhar matasse ele estava caído no chão, fecha a porta e senta-se na minha frente.

— Podes explicar-me que ideias tens para o tal Ezio? - Estava manso como um cordeiro e eu continuava com vontade de o mandar embora da minha vista.

— Posso!

Passo-lhe todos os documentos que tenho e explico as ideias que eu e Alonzo debatemos na viagem, também ele deu-me algumas dicas para ficar ainda mais revolucionário. Ficamos a conversar até tarde, descemos até a garagem juntos e sem perceber porque sou arrastada e obrigada a entrar no seu carro. Ele estava com problemas comportamentais, tenho de falar com Alonzo sobre isso. Entramos na garagem de um prédio e sou guiada até ao elevador, claro que o senhor todo-poderoso para no último andar e abre a porta para me dar passagem até a um apartamento lindo...

— Pousa as tuas coisas vamos comer!

— Eu vou mas em minha casa, que apartamento é este? - Acabo por pousar a minha bolsa e olho em volta.

— Meu!

— Pensei que vivesses com os teus pais. - Passo a mão nos livros de Marketing numa das prateleiras.

— Sim é verdade!

— Estou perdida gigante! - Ele olha para mim e eu faço uma careta.

— Eu moro lá mas tenho este apartamento a mais de dois anos.

— Porque não vives aqui? - Não seria mais apropriado viver aqui com a namorada?

— Porque não quero que ninguém saiba que o tenho, exepto Alonzo e o meu irmão!

— Uma caverna privada. - Deduzo e logo ele rosna algo baixinho.

— Anda sentar-te! - vejo-o pousar dois pratos na mesa e voltar a bancada da cozinha.

— Tu realmente meteste na cabeça que mandas em mim?

— Eu mando baixinha! - Ele enche os copos de vinho e pousa um perto de mim - Como foi o jantar com o meu irmão?

— Excelente restaurante, vinho frutado, sexo, enfim o normal! - Ele para de mastigar e fica a olhar para mim de uma forma estranha.

— Como?

— Estou a brincar, está tudo esclarecido, foi tudo o que disse sem sexo, satisfeito? - Estava a ficar farta dele passar todo o tempo a pedir-me satisfações quanto á minha vida.

— Não tenho que estar satisfeito, apenas quero que Raphael se volte a concentrar no trabalho.

Voltamos as nossas atenções ao prato de lasanha e ao vinho, os ânimos tinham acalmado e não passavam de uma disputa acionada pelo seu mau humor. Ajudo-o a arrumar a loiça na máquina, vejo que Alice já ligou uma vinte vezes, respondo antes que ela chame a policia, menti descaradamente e disse que estava com uma das filhas de Márcia, que deus me perdoe mas foi a única coisa que me ocorreu...

— Quando é que tenho ordem de soltura? - Estávamos sentados no sofá a beber o café mas vejo o relógio marcar quase dez da noite.

— Pensei que estavas bem na minha companhia!

— Amanhã é dia de trabalho Kevin.

— Uma pena! - o seu telemóvel toca mas ele rejeita a chamada.

— Estão a tua procura!

Levanto e pego na minha bolsa, sinto as suas mãos na minha cintura, virar o meu corpo e mais uma vez ali estamos nós de lábios colados, as suas mãos puxam-me cada vez mais para ele, sinto uma vontade incontrolável de abrir a sua camisa, porra que se lixe ele está agarrado a mim, não vou deixar passar desta vez, não vou atribuir a culpa a nada só para me desculpar...

— Isto está errado Kevin.

— Baixinha tu tiras-me do sério!

Ele abre os botões da minha camisa e atira-a para o sofá, eu faço o mesmo e passo as mãos no seu peito, a minha saia é demasiado justa para permitir que movimente então eu mesma abro o fecho e deixo ela deslizar até ao chão. As suas mãos agarram as minhas coxas em torno da sua cintura e sou levada até seu quarto, pousada na cama, retiro os meus saltos enquanto ele se livra das calças. É bom demais para ser verdade, o homem era um delírio mesmo. Vejo-o gatinhar sobre a cama em minha direção, senti-me como uma presa indefesa, era um jogo sensual que deixava fora de mim, ele era um viking em todos os sentidos, grande, forte, excitante e eu queria mais. Rebolamos na cama, devoramos cada pedaço de carne, damos prazer e adormecemos a altas horas da manhã.

Apaixonada Por Um SmithOnde histórias criam vida. Descubra agora