43 - Nas minhas mãos

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Abro a porta de casa ainda a pensar no que se tina acabado de fazer, eu convidei-o para trabalhar para mim, a intenção era esquece-lo e desta maneira será exatamente o contrário, vamo-nos cruzar todos os dias, que merda tenho dentro da cabeça, por outro lado grávida dele nunca estaremos muto afastados...

— Onde é que foste? - Alice vem comigo até ao exterior onde há bastantes coisas para petiscar.

— Ter com Kevin!

— E? - Alonzo questiona, acho que estão todos curiosos.

— E eu fiz uma proposta agora cabe a ele decidir se quer desiludir quem ama ou tentar remediar a merda que fez.

— E o bebe? - Raphael questiona, reparo que ele e Julia estão muito próximos porque ele roça a sua perna na dela.

— Falarei disso amanhã, uma coisa de cada vez.

— Então podemos festejar agora? - Alonzo enche um copo de sumo e entrega-mo.

— Por favor!

­— Vem cá! - Raphael abraça-me com força - Obrigado por fazeres isto pela minha família.

— Vocês merecem, agora para de ser lamechas.

Será que Kevin vai aceitar a proposta?

Acordo muito bem disposta mais que isso estou empolgada e confiante que o dia vai-me sorrir e o tem hipóteses que o contrário aconteça. Tomo um bom pequeno almoço, coloco um belo vestido e saltos decidi ir té a empresa e quero que vejam que não tenho intenções de brincar. Peço aos advogados que me acompanhem a sede das empresas aqui no Brasil, não vou mudar-me para outro lugar, tenho direito a visita guiada e conheço o meu gabinete que pelos vistos não tem vestígios do meu pai em lado algum, excelente vou começar a trabalhar agora mesmo. Mudo os planos iniciais e peço a todos que me encontrem aqui para a reunião prevista com os três, a assistente da direção passa uma boa parte do tempo a trocar informações comigo, organização de agenda, reuniões, tudo. Peço que prepare a sala ao lado da minha, quero Kevin por perto para vigiar os seus passos, havia apenas um problema a parede que separa as duas salas é de vidro, tenho certeza que o meu pai fez isso para controlar o seu braço direito, o homem tinha medo de ser traído. Teria de arranjar forma de solucionar isto...

— Sra Albuquerque já chegaram os senhores para reunião, acabei de os instalar na grande sala.

— Obrigado, estarei lá em cinco minutos.

Bebo um pouco de água e passo as mãos no vestido, estava nervosa mas feliz, entro na sala de reuniões e vejo que os três estão lá, Kevin veio...

— Bom dia Sra Albuquerque, é bom vê-la tão sorridente. - Eu estava e queria mostrar a todos.

— Obrigado doutor, trouxe os documentos que pedi?

— Estão todos aqui. - Ele entrega-me e eu passo para as mãos de Kevin.

— Pode entrega-los ao Sr Smith para que leia enquanto eu assino os papéis do tribunal.

— Claro!

Eu assino tudo e vejo que Kevin lê com atenção a minha proposta. Eu e os advogados continuavam os a falar enquanto ele se mantinha calado...

— Tem alguma dúvida Sr Smith?

— Tu vais comprar a minha parte e doa-la ao meu pai? - Eu ia porque ele merceia isso.

— A empresa é dele, ficará com quem é de direito.

— Obrigado Luna, eu agradeço...

— Está satisfeito com o ordenado?

— Quem não estaria? - Ele está calmo demais, resignado diria e eu não gosto de facilidades, prefiro quando os nossos feitos embatem um no outro.

— E quanto ao contrato de confidencialidade?

— Não a posso negar já que estás a fazer isto tudo por mim mas não percebo, achas que te posso trair e afundar a tua empresa?

— Não é por isso! - Olho para os advogados e entrego os documentos assinados - Se não se importam continuamos outro dia.

— Claro, tenham uma boa tarde.

Acompanho-os até a porta e faço questão de me sentar na mesa bem perto dele...

— Preciso que olhes nos meus olhos e respondas se realmente confias em mim? - Pergunto séria para que compreenda que s brincadeira acabou.

— Óbvio que sim!

— Se querias o meu amor, tiveste-o, eu dediquei todo o meu ser a ti e ao que erradamente pensei ter em troca. Para ser sincera vou amar-te toda a minha vida mas com a mesma intensidade odeio-te pelo que me fizeste passar. - Puxo o ar e abro o meu sorriso, cruzo o meu olhar com o seu - Estou grávida Kevin!

— Grávida? - Vejo-o ficar de pé e aproximar-se, tanto que posso sentir o seu hálito quente, o seu perfume, mesmo sem me tocar ele envolve-me com a sua presença.

— E sabes que mais, estou feliz por finalmente ter algo que me vai trazer felicidade amor, carinho, eu nunca tive uma família mas este bebe será isso e muito mais, vou apostar nele todos os sorrisos, as lágrimas, o meu coração será dessa criança e de mais ninguém, desta vez não haverá mais nada nem ninguém capaz de me derrubar, principalmente tu!

­— Podes não acreditar mas eu amo-te Luna e esse bebe, ele trará a paz e a união, eu sei que um dia vou adormecer essa criança nos meus braços contigo a meu lado, seremos uma família. Parabéns meu amor! - Coloco a minha mão no seu peito para que não se aproxime mais, ele vai andar nas palmas das minhas mãos.

­— Parabéns papa, agora tenho de voltar para o trabalho se quiseres algo pede a secretária, ela vai apresentar-te o teu novo escritório. - Salto da mesa, um gesto que faz com que os nossos corpos esbarrem um no outro.

Saio daquela sala a rebolar, travamos uma batalha, fizemos promessas, veremos quando o terei a rastejar a meus pés. Volto ao meu escritório ciente que terei muito trabalho pela frente, sento na minha cadeira e olho o ecrã, logo vejo a secretária entrar na sala ao lado seguida de Kevin, o idiota parece divertido por ver que poderá controlar cada movimento meu devido a parede de vidro que nos divide mas ele não sabe o quanto se vai arrepender. Pesquiso na internet decoradores de interior, preciso mais que nunca transformar a minha casa num verdadeiro lar, pego no telemóvel e ligo a Alice para assegurar que tudo correu bem na reunião.

Apaixonada Por Um SmithOnde histórias criam vida. Descubra agora