Apaixonada Por Um Smith

38 - Irmãos

Ele tinha razão, depois de comer fiquei bem melhor...

- Disseste que foste buscar o carro para chegares a Luiz Omar, porquê? - Terminamos de arrumar a loiça e voltamos para o sofá.

- Que eu saiba quem faz as perguntas aqui sou eu!

- Isso é uma excelente forma de fugir a minha questão. - Era, mas ele prometeu responder-me.

- Eu sei que não há nenhum contrato entre ti e Omar mas os dois almoçaram naquele dia e depois disso recebeste uma enorme quantia de dinheiro.

- Tudo bem eu respondo, tudo isso é verdade. - Sento no seu colo, com Kevin preciso jogar se não ele dá voltas e não responde.

- Só isso?

- É o máximo que posso contar por enquanto. - Ele abre um sorriso, sei que vai ser difícil arrancar alguma coisa do homem, é irritante.

- Kevin por favor, espera ele está a chantagear-te é isso? - Beijo o seu pescoço para o fazer abrir a boca.

- Não te quero perto dele! - Meu deus descobri, que merda o Omar quer com ele?

- Meu deus porque é que ele te está a chantagear?

- Promete que ficas longe dele até eu resolver este assunto Luna.

- Mas eu vou trabalhar para ele! - Lembro-me da proposta de trabalho que acabo de me arrepender ter aceite.

- Como se eu permitisse, tu vais ficar aqui quieta, vais trazer as tuas coisas para o meu apartamento e ficas aqui sossegada, percebe uma coisa, tudo o que fizeres pode piorar a minha situação amor.

Passo as mãos na cara, dou-me por vencida, ele tem razão o Omar pode estar a jogar comigo e não quero colocar o homem que amo numa posição complicada sei que sou idiota mas quando me chamou de amor, o meu coração parou.

- Ganhaste! - Beijo os seus lábios que agora exibem um sorriso fantástico.

- Repete!

- Vou ligar para Omar e dizer que não posso aceitar a proposta de trabalho.

- Obrigado baixinha e isso quer dizer que ficas aqui comigo? - Solto uma gargalhada, el quer a todo o custo que venha viver com ele.

­- Eu despedi-me, comprei um carro de luxo e tenho a conta a meio, tenho de pensar no que vou fazer agora.

- Fica aqui em casa, quanto ao trabalho tenho uma proposta!

- Sou toda ouvidos Gigante. - Tenho até medo do que possa vir por aí.

- Quando esta história acabar podias ficar com o cargo do Wilson, ainda está vago sei que tu és a melhor para ocupar o lugar.

- Eu gostei de trabalhar lá, todos os meus amigos estão na "Smith MK". - Eu morria de saudades daquele lugar.

- E eu também estou lá, pensa nisso por favor.

- Vou pensar! - Passo as mãos no seu peito e mordo o lábio, eu desejava voltar para o quarto com ele. - Uma parte do vencimento será com sexo quente?

A campainha toca e eu estranho, quem seria eu não fazia ideia mas certamente não iria continuar vivo porque eu tinha planos para as próximas horas. Ele vai até a porta e eu corro para o quarto, seja quem for não me vai ver somente com uma das suas camisolas no corpo. Escovo os dentes e dou um jeito no cabelo antes de vestir a minha roupa. Volto a sala e dou de caras com Raphael...

- Agora percebo porque não apareceste para treinar esta manhã, bom dia Luna.

- Bom dia Raphael. - Abraço-o o meu amigo com carinho.

- E então vamos almoças juntos?

- Vão vocês eu tenho planos. - Eu não iria almoçar com os dois.

- Que planos baixinha?

- Oh céus, vocês os homens são tão... eu tenho uma vida. - De alguma forma aquela pergunta irritou-me, ou melhor fato dos dois olharem para mim curiosos como se lhes devesse explicações.

- Acho que vamos ficar por aqui, a Luna está indisposta.

- Vamos irmãos Smith, eu terei muito prazer em vos acompanhar para almoçarmos. - Ele não me ia largar. - Vou só vestir alguma coisa.

Kevin desaparece e eu fico na conversa com o meu amigo Raphael...

- Como está o arranjo do carro? - Ele ainda não tinha o processo do acidente em andamento com a seguradora.

- Vou buscá-lo a meio da semana. Por falar nisso podias emprestar-me o teu.

- Estou rodeada de homens interesseiros! - Ele gargalha da minha reflexão - Para seduzir uma mulher?

­- Uma médica na verdade.

- Aquela com quem falavas na porta do hospital? - Raphael não perde tempo.

- Discutíamos na verdade, a mulher não baixou a guarda nem quando lhe convidei para um jantar.

- Talvez estejas a fazer uma abordagem evasiva e incorreta, uma médica não se interessa por um homem rico com carros de luxo, precisa de jantares românticos, flores, vai com calma e doçura. - Acho que é desta vez ele escolheu alguém completamente diferente do que estava habituado.

- Vou tentar isso, espero que dê certo ela diz que se me vir outra vez na porta do hospital vai internar-me na psiquiatria.

­- Qual é a sua especialidade? - Vejo-o apertar as mãos e depois passa-las no cabelo e pior ele fica sério quando fala dela.

- Médica generalista eu acho.

- Bom vou ajudar-te nisso, marca uma consulta para mim.

- Farias isso por mim? - Ele beija a minha testa, sei como pode ser insistente mas parece que essa mulher é mais importante que qualquer outra.

- Vocês deviam ser mais discretos. - Kevin bate no braço do irmão por nos ver tão próximos, ele sabe que nunca o iria tirar mas gosta de mostrar o seu lado ciumento.

- Kevin trata bem da minha cunhada ela vai ajudar-me numa missão quase impossível. - cunhada já é um pouco demais.

- Mesmo que seja péssimo para a minha reputação, ela não vai sair do meu lado nunca mais.

- Fica registado Sr Smith e terei prazer em relembrar o que disse sempre que for oportuno. - Ele sabe que estou a testa-lo, gosto de o fazer desde sempre.

- Bom acho melhor irmos antes que fique tarde e eu morra de fome.

Saímos os três e desta vez o meu carro fica fora do alcance das crianças, o restaurante era afastado e pouco frequentado, Raphael não estava entusiasmado com a ideia mas sei que Kevin não quer correr o risco que nos vejam juntos e se é para o bem de todos então não vou contestar. No regresso passamos no apartamento de Alonzo para recuperar as minhas coisas pois tal como irmão ele era persuasivo e persistente, espero estar a tomar a decisão certa.