47 - Invasão

69 9 13
                                    

Quando chego a porta de casa vejo que o carro de Kevin ocupa o meu lugar em frente á garagem, entro em casa e ouço musica, as velas estão acesas e há um copo de sumo. Vou até ao exterior e vejo-o com um copo de vinho na mão, ele está de olhos fechados e o sol desaparece na paisagem atras de si, seria uma foto perfeita, o homem invade a minha casa como se fosse a dele...

- Como é que conseguiste entrar na minha casa?

- Tenho os meus segredos.

- Invasão de propriedade, que feio Sr Smith. - Só pode te sido Alice mas como?

- Cliente novo? - Sorrio com maldade o homem veio por ciúmes.

- Deveras um cliente muito interessante. - E ele era, antes de conhecer Kevin olharia para Ross sem duvidas.

Ele ri alto, se não ficou irritado é porque esconde algo...

- Um viking?

- Gostaria de ver as tatuagens que esconde por baixo da roupa. - Nisso eu não mentia, o homem era atraente. - Muito sexy por sinal.

- E meu amigo por sinal.

- Como? - Levo a mão ao peito, ele só pode estar a mentir.

- Frequentamos o mesmo ginásio a anos baixinha - Ele pousa o copo e fica de pé - Era suposto fazer-me ciúmes?

- Porquê, resultou?

- Não depois de ele sair do meu gabinete. - Eles conversaram nas minhas costas?

- Filho da mãe traidor.

- É meu amigo como referi, agora a senhora está em muito maus lençóis.

- Nem mais um passo gigante. - Ele aproxima-se com um olhar de predador que bem conheço. - O Homem parece saber como agradar as mulheres, fiquei curiosa por ver onde escondia mais tatuagens.

- Depois do que fizeste hoje teríamos de ter uma conversa séria mas depois desse comentário tu estás em sérios apuros!

- Eu odeio-te não te esqueças disso Smith.

Porra desta vez meti os pés pelas mãos, entro em casa a passos rápidos e subo ao quarto para me sentar a tirar os saltos que estavam a acabar comigo. Vejo os seus pés pararem ao lado dos meus e subo o olhar pelo seu corpo até seus lábios pecaminosos, o meu homem abriu um sorriso, os olhos brilhavam e eu morria de vontade de o morder...

- Não penses nem por um segundo nas tatuagens de Ross. - Fico de pé e tiro a minha camisa.

- Resultou, estás com ciúmes? Penso que seria divertido voltar a vê-lo.

- Estou com raiva, se fosse outro no lugar dele estaria no hospital por esta altura. - Tiro agora a minha saia e ato o cabelo, preciso de um banho.

- Desde quanto tens o direito de te meter na minha vida? - Entro na casa de banho seguida por ele.

- Desde que passaste a ser minha baixinha.

- Não sou de ninguém Sr Smith. - Empurro o seu peito para que ande para trás e fique fora da casa de banho, nesse momento tranco a porta. ­- Fui no passado mas já não sou mais, perdeste a tua oportunidade e se estás aqui neste momento é porque és o pai do meu bebe.

- És minha desde o primeiro olhar e tu sabes isso! - Ele grita do outro ado da porta.

Ele tinha razão, eu era dele desde sempre. Entro no chuveiro e rio com a situação, o homem é seu amigo, quanta pontaria tem a Alice a não ser que, porra ela tramou isto com Alonzo tenho certeza, vou te de arranjar uma forma de tramar aqueles dois. Depois de secar o corpo e o cabelo, passo no quarto para me vestir e desço as escadas para encontrar a casa vazia, confirmo que o seu carro já não está na frente da garagem, ligo para a minha morena...

­- Como correu?

- Obrigado por enviares um amigo dele. - Ela iria ouvir-me.

- Como assim um amigo? - Bom pela forma como ficou surpreendida sei que não foi planeado.

­- Ross e eles são amigos á anos Alice.

­- Mas foi... que merda vou matar o Alonzo. - Eu sabia que um dos dis tinha feito de propósito.

- Foi ele que fez isto?

- Ele apanhou-me no site a procurar homens, tive de dizer a verdade e então ele deu-me o contacto desse tal Ross.

- E? - Ela pergunta curiosa como sempre.

- Fui quem fez figura de burra, ele riu na minha cara.

- Vou ter uma conversa com Alonzo, como está o bebé?

- Muito bem, poderíamos combinar um jantar aqui em casa amanhã. - Gostava de os ter por perto.

- Excelente ideia tenho presentes o meu sobrinho lindo.

- Vou convidar também Raphael e os Smith, vou tentar queimar mais alguns neurónios a Kevin.

Envio mensagens a todos para que venham até cá amanhã e peço a Raphael que fale com os pais já que não tenho o contacto deles. Enquanto como vejo alguns sites de mobiliários para quartos de bebe, teria de começar a pensar nisso, a porta abre e vejo Kevin com uma enorme caixa nos braços

­- Tenho de mudar a fechadura, qualquer um entra aqui sem autorização. - Resmungo chateada por ele sair e entrar sem dar satisfações.

- Não sou qualquer um baixinha. - Ele pousa a caixa e começa a abri-la.

- O que é isso que tens na caixa?

- Algumas coisas de que preciso e outras para que vejam que também vivo aqui. - Continuo sentada a comer enquanto ele tira alguns dos objetos do seu apartamento e começa a espalhar nos moveis, queria rir da cena mas não o fiz.

- Mas não vives.

- Claro que sim, para além disso fiquei a saber que teremos convidados amanhã. - Nisso ele tinha razão, assim os seus pais iriam acreditar que eramos um verdadeiro casal. - O que estás a fazer?

- A jantar, se quiseres serve-te, aproveitei para tentar ver algumas ideias para o quarto do bebe.

- Já comi obrigado, vou levar o resto das coisas para o quarto.

Eu continuo a minha refeição enquanto ele sobe e desce com caixotes e malas. O homem está decidido em entrar na minha vida de forma permanente, o que ele não sabe é que eu também estou decidida a fazer a sua vida num inferno, ele merece isso.

Apaixonada Por Um SmithOnde histórias criam vida. Descubra agora