Estranhei a sua demora, a ultima vez que subiu ao andar de cima foi a uns quarenta minutos quando subo vejo que ele dorme na minha cama, reparo que há vestígios dele em todo o lado, principalmente closet que está repleto de roupas do meu viking, sento na cama e admiro-o, apenas o lençol tapava o seu corpo da cintura para baixo, o seu peito nu era uma autentica obra de arte, seria uma tentação dormir assim tão perto dele mais uma noite...
— Pensei que ficarias lá em baixo o resto da noite. - Ele puxa-me para os seus braços de olhos ainda fechados.
— Estava distraída.
— Como é possível te distraíres sabendo que estou aqui? - Boa pergunta, estava a amar ver artigos para bebes.
— Talvez não sejas assim tão interessante.
— Estou disposto a provar o contrário.
Ele roda o corpo para ficar em cima de mim tendo cuidado para não fazer pressão na minha barriga, passo as mãos nos seus cabelos e depois arranho de leve as suas costas amava aquele homem. Sinto os seus beijos no meu corpo...
— Senti falta de ti!
— E eu também, preciso esclarecer tudo. - Ele para e olha para mim sério.
— Está esclarecido, sei de tudo a algum tempo. - Passo a mão na sua barba e sorrio.
— Como?
— Não interessa, o que importa é que estás aqui comigo.
— Com vocês baixinha, amo vocês os dois.
Falta uma hora para todos chegarem, Kevin ajuda-me a colocar os aperitivos nas travessas e a dispo-las na grande mesa. Tínhamos colocado musica e velas, as bebidas estavam no fresco e não tardaria a ficar tudo pronto
— Eu já disse que te amo?
— Hoje ainda não gigante.
— Estou louco para ver esse bebe nos meus braços baixinha.
— Terás muito que esperar querido ainda estou no principio da gravidez.
A campainha toca, nossos amigos chegaram e logo a seguir Raphael com a Júlia, acho que o relacionamento dos dois é sério! Por fim os pais de Kevin juntar-se a nós para celebrar a família, estávamos todos a mesa quando a campainha toca de novo, vou até a porta e avisto um estafeta com um grande envelope nas mãos, ele entrega-me aquilo e desaparece, a minha curiosidade é tão grande que não resisto a abrir para ver o seu conteúdo. Haviam fotos minhas com os homens que dormi a mando do meu pai, algumas muito chocantes, nem eu sabia da existência delas mas ao que parece meu pai pensou em tudo, havia também uma pendrive e pelo que li na etiqueta eram videos, meu deus ele tinha filmagens de mim com todos eles, o bilhete era claro, Bruno Albuquerque queria tudo de volta ou iria expor estas informações na comunicação social, iria destruir não só a mim mas como a todos os que amo. Eu tinha uma hora para me encontrar com ele, volto para casa e corro até ao escritório
— O que foi Luna, quem era na porta?
— Vai fazer companhia aos outros, depois falamos.
Com as mãos trémulas pego num papel e em alguns documentos e copias que penso ser necessárias, redijo uma carta o mais rápido possível, guardo tudo num envelope fechado e por fora escrevo o nome de Júlia, ela é a única a poder ajudar-me. Volto a mesa e chamo Kevin de forma decreta, ele acompanha-me a porta da rua
— Tenho de sair vou tentar voltar o mais rápido possível. - pego na minha bolsa e no envelope.
— O que se passa baixinha?
— Tenho de resolver um assunto importante, não te preocupes comigo.
— Se é algo com a empresa eu mesmo posso ir lá. - Ele puxa a minha mão e eu tento não cruzar o meu olhar com o seu.
— Não Kevin, só eu posso resolver isto.
— Não gosto da tua cara, que envelope é esse? - Puxo a minha mão da sua e pego no comando do carro.
— Se o almoço acabar e eu não estiver chegado entrega o envelope que está no escritório a Julia, é muito importante.
— Estás a esconder-me alguma coisa baixinha? - Beijo os seus lábios com todo o amor possível, eu não sabia o que me esperava e não o queria no meio disto de novo.
— Eu volto, amo-te mais que tudo Kevin!
— Luna...
Corro até ao carro e saio sem olhar para a porta e sem dar importância aos seus gritos, sei que é inteligente e sente que algo está errado, posso até imagina-lo entrar no escritório para tentar perceber o que fiz enquanto estive lá fechada, vou até a empresa de Ezio que está fechada por ser fim de semana e vejo apenas um carro parado no maldito estacionamento, antes mesmo de pensar no que iria fazer vejo a figura de Bruno Albuquerque, o arrogante e nojento homem que se intitula de mau pai. Tiro o som do telemóvel pois Kevin começou a sua saga de tentativas nulas de querer falar comigo. Eu só espero que tudo dê certo.
— Luísa, pensei que fosses mais difícil de convencer.
— O que queres agora? - Eu deveria ter trazido uma arma.
— Bom eu quero recuperar o que é meu por direito!
— Com a minha ajuda, fui eu que dormi com aqueles homens para ganhares rios de dinheiro. - Eu sinto tanto ódio que tudo o que queria era estrangula-lo mas tinha de ter cuidado com o meu filho.
— Já eras maior de idade não podes acusar o teu pobre pai de te obrigar a fazer sexo.
— Que monstro a minha mãe escolheu! - Como era capaz de dizer aquilo sem demonstrar remorsos?
Eu afasto-me um pouco e vomito tudo o que tinha no estomago, ele devia estar a adorar ver o meu estado, a minha fraqueza e humilhação. Vou até ao carro e pego na água e em lenços, ele mantinha o seu sorriso de merda...
— Como vai o maridinho e a família de idiotas? Ele chorou no teu colo quando ameacei acabar contigo caso ele não se afastasse de ti? - Porra Kevin nunca me contou isso, então ele fez aquilo por mim?
— O que achaste dele pagar a dívida com o teu próprio dinheiro?
— Muito inteligente menina, agora é só escolher, devolves tudo o que é meu ou eu entrego todas as informações a comunicação social o que acabará não só contigo mas com os Smith, quero saber como vão arranjar emprego depois disso. - Eu não tenho muita escolha, ele vai arrastar não só a mim mas também os Smith para a lama.
— Tudo aquilo é meu por direito! - Grito com raiva o que o deixa ainda mais divertido.
— Talvez vos possa arranjar um emprego nas limpezas ou nos arquivos, ainda o sei bem. - Sentia-me completamente de rastos, ele tinha-me na palma da mão.
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Apaixonada Por Um Smith
RomanceAlbuquerque, é esse o meu sobrenome! Vivi numa vida tranquila durante três anos, comecei de novo e deixei o passado em outro país. Fui sempre ciente dos meus objetivos e limites mas um dos Smith conseguiu marcar-me e destruir-me. Se voltar para trás...