LEIAM: Esse livro contará a história de DANIEL, filho adotivo da Julie e o Guto. A SophiE não tem ligação alguma com Julieta e Gustavo Maia. Então, Julie não fugiu e Gustavo não virou traficante. Eu apenas comecei a história com uma prévia narrada pela garota que terá sua vida ligada ao Daniel, para não dar spoiler antes do primeiro livro acabar. Por favor, leiam com atenção para não ficar mais dúvida. :)
Capítulo 1 - Deslocada.
"Sophie"
Cabelos desgranhados.
Foi a primeira coisa que notei.
Tá, mentira.
A primeira coisa que notei foi que América me trouxe a um bar que cheirava urina, tabaco e álcool. E sabemos que essa definitivamente é uma péssima combinação.
Ela era conhecida por ser inconsequente, desajuizada e bastante namoradeira, como diz Lala.
América tem tentando me convencer fugir de casa há mais de um mês, ok, talvez desde que nos conhecemos. Mas, eu sou conhecida por seguir a risca todas as regras, jamais desacatar uma ordem ou bater de frente com meu pai. Não dessa vez, meu subconsciente gritou, completamente envergonhado pelo o que eu estava fazendo. Dessa vez ela finalmente conseguiu me fazer perder o juízo e ir em busca da tal liberdade que ela insistentemente prega à favor. América costuma dizer que se eu seguir todas as regras como ando fazendo toda minha vida, jamais terei boas histórias para contar quando envelhecer, pois tudo que faço é me trancar no quarto e ler romances. "Você precisa viver um romance Sophie, não ler sobre eles". Até consigo ouvi-la tagarelar isso com sua voz fanha. Qual o problema em ler romances e de bônus se apaixonar pelo protagonista? Eu sinceramente não vejo problema algum nisso, mas América acha o cúmulo eu gastar horas, dias, semanas com livros ao invés de enfrentar meu pai e exigir liberdade. Já eu, acho o cúmulo a mãe dela ter dado à ela nome de continente e aos irmãos nomes de países.
A essa altura você provavelmente deve estar se perguntando por que eu devo exigir liberdade e eu te darei a resposta, mas apenas depois de contar sobre os tais cabelos desgranhados.
Quando chegamos ao bar ele estava no palco improvisado, arrumando os fios do microfone e testando-o. Eu não tenho um pingo de experiência com garotos, não faço ideia de como América consegue se comunicar com o sexo oposto sem suar frio ou pagar um mico, porque eu sou dessas. Mas, naquele momento eu estava tentando manter contato visual com ele. Depois do cheiro nojento do bar, a segunda coisa que me chamou atenção foi seus cabelos. Eles não eram nem compridos e nem curtos, eram de um tom loiro escuro e não viam um pente há muito tempo. Não que fosse ruim, pelo contrário, era exatamente a forma bagunçada que ele estava "ajeitado" que me chamou atenção... e de mais várias garotas no bar, mas talvez elas estejam interessadas por ele ser o vocalista e não necessariamente em como seu cabelo bagunçado é ligeiramente sexy.
Ele não correspondeu aos meus olhares.
Não que eu esperasse o contrário, já estou acostumada com isso.
Enquanto América enchia a cara com doses de tequila, flertava com cada estranho que passava por nós e interagia amigavelmente com o barman, eu acabava com o esmalte azul claro que antes cobria minhas unhas medianas. Aquilo era um porre. Eu claramente não pertencia aquele lugar, foi uma péssima ideia ter cedido as propostas de América. E agora eu estava ferrada quando voltasse para casa e nem ao menos tinha me divertido em minha primeira fuga.
- Sophie por tudo que há de mais sagrado... faça uma cara mais amigável. Estamos em um bar lotado de caras gatos e disponíveis. Não faça com que eu me arrependa de ter te trazido.
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Eu nunca te disse (revisão/reescrevendo)
RomansaNem de longe eles pareciam combinar. Ela era o tipo de garota que buscava por flores e promessas, o tipo que ele não estava procurando. Ele definitivamente não se encaixava no modo como ela vivia sua vida, mas por acaso ou destino eles se tornaram p...