Eu nunca te disse (revisão/reescrevendo)

Capítulo 56. (último capítulo)

Olá, primeiro de tudo eu gostaria de dizer o quão maravilhoso foi compartilhar com vocês essa história. Eu vou sentir muita saudade do Daniel e da Sophie (acho que vcs também, né?). E vou sentir saudades de vocês também ):

Esse é o ÚLTIMO CAPÍTULO, mas ainda teremos um bônus e o epílogo. 

Capítulo 56 – Tempo.

"Hunter"

(Música: I Said Yes - Must Be Good)

Ter meu caminho ligado ao dela, foi como naqueles momentos raros da vida que você está morrendo de medo de dar um passo adiante, mas então algo dentro de você transborda coragem e diz: "vai". Foi assim com Sophie. Eu a vi, e, mesmo lotado de medo e transpirando incertezas, eu sabia que era ela. Hoje eu já não tenho dúvidas de que ela é a mulher da minha vida. A escolhida pelo destino, estrelas cadentes e seres superiores para ter sua vida ligada a minha e acrescentar um pouco dela em cada pedaço de mim. Mesmo que eu tenha negado e tentado afastar o sentimento do meu peito, eu sabia que era ela quando não encontrei palavras para descrevê-la, descrever o que nós vivemos juntos. Nós não tivemos um rótulo, um título. Nem namorados, nem ficantes, nem duas pessoas que se gostavam o suficiente para gastar um tempo juntos. No meio das incertezas, das despedidas e da confusão, eu entendi que, nós somos apenas nós. E nunca precisamos de mais do que isso. A certeza de ter encontrado minha alma compatível, torna a despedida mais dolorosa e inaceitável. É como se eu estivesse abrindo mão de uma parte de mim, deixando para trás uma parte vital do meu corpo.

Eu falei sério quando disse que eu não estava pronto para desistir de nós, eu nunca estaria. Eu sabia que não iria encontrar uma conexão como aquela com nenhuma outra mulher. Algo dentro de mim ainda mantinha a esperança de que não era agora, mas seria em algum momento. E foi me apegando nisso que eu segui com os meus dias sem ela. Foram dois anos entre idas e vindas, supostamente seguindo a linha de pensamento das pessoas a minha volta, eu já deveria estar livre dos sentimentos que tinha por ela, já deveria estar acostumado com sua ausência. "Uma hora você vai acordar e não vai mais sentir nada" – diziam, mas nunca foi assim, não com Sophie. Eu me apaixonei por suas manias, me apaixonei por seus olhares inocentes na sua presença e, na ausência eu me peguei amando-a ainda mais. Todas as regras que eu ouvia sobre estar apaixonado não valiam para nós. O que supostamente deveria me desencorajar e seguir em frente, me fazia dar um pedacinho mais de mim naquela conexão. Eu havia apostado todas as minhas fichas em nós, e algo dentro de mim sempre se aquecia, sempre me mantendo esperançoso de que o nosso finalmente juntos, chegaria em algum momento.

Ultimo dia da turnê.

Foram seis semanas me esforçando para não me isolar durante as horas dentro de um ônibus que chacoalhava tanto a ponto de me dar vertigens e dores de cabeça. Foram seis semanas fugindo das investidas, às vezes, nada sutis de Zoe. Agora todos estavam cientes de que as coisas com Sophie não estavam caminhando para um lugar que me deixava feliz, não havia como negar quando tudo que eu fazia era enfiar os fones no ouvido ignorando a todos e adicionando novas músicas, que me faziam lembrar ela, na minha conta no spotify. Ao contrário de mim, ela não atualizou com nenhuma música desde que nos despedimos naquela manhã. E apesar disso ter me incomodado, eu não queria mais soar piegas desde que ela se foi. Me esforcei para manter todos os sentimentos dentro de mim e não deixar transparecer o quanto eu estava ferrado por tê-la deixado. Mas a verdade era que eu acordava pensando nela, almoçava pensando nela e ia dormir pensando se ela estava pensando em mim também. E esse sou eu, soando piegas mesmo quando tinha prometido que não faria.