Marcelo e Luísa entraram no elevador. Luísa ainda não entendia pra onde Marcelo a estava levando, óbvio que sabia que ali era um apartamento, mas ainda não entendia o motivo. O elevador parou no décimo quinto andar, e os dois sairam do elevador em direção ao apartamento. Marcelo tirou um chaveiro com algumas chaves do bolso e abriu a porta, estendendo a mão para que Luísa entrasse primeiro.
— Seja bem vinda a minha nova casa. – Marcelo disse e em um ato raro, um sorriso brotou nos lábios de Luísa.
— Você comprou? – Disse Luísa olhando para a grande sala que aquela cobertura possuía.
— Sim, era isso que gostaria de te mostrar. Foi por esse motivo que sumi durante esses dias. Estava resolvendo as papeladas e já resolvendo o projeto de decoração com a arquiteta. – Marcelo explicou, segurou a mão de Luísa e a guiou até a sala de jantar, que fazia parte do mesmo cômodo da sala de estar.
— É bem bonito, e aconchegante. – Luísa elogiou, mesmo o apartamento estando sem móvel algum já dava para perceber o quão agradável era, Marcelo sempre teve bom gosto. Virou-se pra olhar dois quadros que tinha ali, quando virou de volta até a sala Marcelo não estava mais lá.
— Marcelo? – Luísa o chamou procurando-o na cozinha. Avistou a sacada na sala e viu que a porta estava aberta. Seguiu até lá e tomou um susto ao ver a cena que viu.
Marcelo estava na grande sacada. Havia uma pequena mesa de vidro arrumada para o jantar. Haviam velas que iluminava o ambiente que estava escuro, exceto pela luz da Lua que naquela noite estava cheia, e por si só já iluminava o ambiente naturalmente. Havia um lindo arranjo de flores colocado em um lindo vaso delicado no centro da mesa. Luísa ficou sem reação ao ver aquilo, mas não pôde deixar que um sorriso escapasse de seus lábios.
— Você me disse que não queria ir até um restaurante, então pensei que aqui nós poderíamos conversar melhor e mais a vontade. – Marcelo explicou segurando sua mão e puxando a cadeira para que ela se sentasse, e em seguida sentou-se também.
— Você preparou tudo isso sozinho? – Luísa perguntou.
— Digamos que tive uma pequena ajuda. – Marcelo respondeu dando uma piscada de olho.
Os dois começaram a comer logo em seguida, o jantar havia sido preparado por Marcelo com a ajuda de Glória. Depois de um tempo, terminaram de comer, e Marcelo quebrou o silêncio que se instalara ali após algumas conversas paralelas.
— Lú, eu queria conversar com você.
— Sobre Olívia né? Eu sei. Olha Marcelo, por favor, eu peço pra que você não entre na justiça. Não a tire de mim, eu morreria se isso acontecesse, eu...
— Shiiu. – Marcelo disse colocando seu dedo indicador nos lábios de Luísa para que ela parasse de falar. – Calma Lú, eu só queria me desculpar. Me desculpe, eu estava muito nervoso, naquele dia foram muitas emoções de uma vez só. Falei aquilo sem pensar. Eu jamais magoaria você ou Olívia. – Marcelo se desculpou segurando as duas mãos da amada que por sinal estavam gélidas.
— Mas você já me magoou, me traindo com a Débora. – Luísa disse ressentida, logo após baixar a cabeça deixando a tristeza invadir seu coração, tomando o lugar da felicidade que até então estava ali.
— Eu já disse Luísa, não te traí. Um dia a verdade vai aparecer e você vai ver que está errada. – Marcelo disse e Luísa apenas deu de ombros, preferindo ficar calada. – Agora me diga. Quero saber se você me desculpa por ter falado aquilo pra você? – Marcelo se levantou e rapidamente puxou Luísa para que a mesma ficasse em pé.
Luísa continuava calada, estava totalmente confusa diante daquela situação, um turbilhão de sentimentos passando por sua mente.
— Lú. Olha pra mim. – Marcelo disse levando uma de suas mãos até o queixo de Luísa para levantar seu olhar até o dele. Assim que os olhos verdes se encontram com os seus, Marcelo a abraçou. Abraçou forte como se seu mundo estivesse ali em seus braços. E na verdade, estava.
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O Amor Faz - Lucelo
FanfictionLuísa D'Ávila é uma grande, renomada e infeliz empresária. Vive pelo seu trabalho e quase nem se lembra que tem uma filha, Olívia. A mesma fora fruto do seu amor com Marcelo, do qual ela não gosta nem um pouco de lembrar. Nem se quer fez questão de...