Angel
Mais tarde cerca de sete da noite não havia clientela alguma, eu e Fred estávamos debruçados sobre o balcão a mascar chicletes esperando uma alma se que para um café.
— Vi a notícia no jornal, estou ansioso para ir ver obras. — Fred parece animado ou quer por animação no nosso momento tedioso — amiga você sabe que pode ficar rica né? Cada quadro daquele dependendo vale muito — sorri para ele e, ao mesmo tempo, o olhando me remeti qual eram os meus planos para a galeria. — O que foi? Ficou triste de repente.
— Os planos que tinha sobre abrir a galeria era que eu e Fernanda iriamos trabalhar apenas nela, iria pôr os quadros que pintei ao longo do tempo enquanto ia fazendo a faculdade. Agora eu abri a galeria e Fernanda não está aqui comigo — Fred me abraça, mesmo nem tendo a começar a chorar, apenas o fez e não ligou que estamos em local de trabalho, me abraçou sabendo que preciso desse abraço. Então vi uma oportunidade. — Fred! — o mesmo se distância de mim e me encara com os olhos super abertos. — Você toparia fazer uma loucura comigo?
— Que tipo de loucura? — o olho nos olhos abrindo um pequeno sorriso — não! Você quer que eu trabalhe com você?
— Mesmo as chances de dar errado ou certo ser grande? — o mesmo abre um grande sorriso — se der certo prometo ser uma ótima chefe.
— Mais é claro que eu vou! Angel, peguei uma grande amizade com você em apenas dois meses ou três e estou aqui para apoiá-la em tudo o que você for fazer, te devo uma pelo que fez comigo e bom ser seu funcionário em um negócio que sei que vai dar certo, é uma honra — nos abraçamos novamente e ouvimos a voz de Laurine a dizer que iríamos fechar cedo, mas antes que pudesse pular de alegria por três horas a menos de trabalho o sino da porta foi tocado, um cliente justo quando vamos fechar. Me viro para atendê-lo e engulo em seco em ver quem é. Daniel.
— Angel — só pelo seu tom Daniel sabia que já havia ido à galeria, meu olhar cai ao chão, conversar pelo celular é uma coisa, pessoalmente é outra.
— Angel? — encaro Fred — o que foi? — encaro Daniel e olho para Fred.
— Espere aqui — Daniel acena e me viro de costas indo para o quartinho dos funcionários. Fred vem atrás me pedindo uma explicação. — Ele é meu pai, temos alguns assuntos pendentes, mas eu não estava pronta, sabe? — Fred tira seu uniforme enquanto veste a blusa e o casaco grosso.
— Boa sorte então, pode ir eu fecho o café com Laurine — o abraço e respiro fundo.
— Obrigada.Quando passo pelo curto e estreito corredor pude ver o homem de costas perto da porta, Daniel está preparado para contar, e esperou até hoje para me dizer o que quer que seja. Talvez não estou preparada para saber o que ele tem para me confessar. Talvez Daniel se importava sim comigo e não queria que tivesse mais problemas do que eu já tinha. Me sinto tão ruim em achar que meu pai nunca se importou, ele só trabalha demais, trabalhava para me dar tudo que tive até hoje.
Eu e o homem caminha um ao lado do outro a nos agarrar no grosso casaco, esperávamos uma iniciativa de cada um, mas acho que não sou eu que devo começar, mas andamos até o meu apartamento em uma longa distância, subimos o elevador e entramos em casa calados. Eu não senti necessidade de subir e trocar de roupa, fui direto a cozinha fazer chá enquanto se sentou ao sofá observando a casa, coloco comida para Doncaster que corre entre a escada e só para quando estar a comer, retiro o grosso casaco o pondo no cabideiro e ali mesmo perto da porta cruzo meus braços. Daniel me olha e me pergunto se ficaremos assim a noite toda.
— Daniel? Tem algo a me dizer? — ouço seu suspiro e tenta acabar com sua ansiedade a mexer no seu próprio rosto.
— Sim tenho, esperei muito um dia para contar a você, mas mesmo esse dia chegando, continuei adiando e adiando, pois, não tenho coragem ou sempre soube que não estaria pronta e quando seu quadro piorou eu fiquei com mais medo. Mas Elina me convenceu em te dar as chaves da galeria e não estou aqui pelo quadro, eu não queria te contar sobre ele agora, por Fernanda. — Suspira e não falo, prefiro que conte tudo para que eu dê minha opinião. — Mas sei que Luce expressava toda sua dor em tinta e pincel, e saberia que queria uma explicação.
— Vai me contar sobre a traição contra minha mãe?
— Sim, mas não é uma traição contra Luce — meu cenho franze em confusão, como assim? Se é uma traição contra minha mãe é contra Luce, não é?Vote e comente ❤️
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Destinados - Um Novo Recomeço- Livro 02
RomanceAngel deseja para sua vida muito mais do que imaginou durante três anos, o que o hospital de tratamento lhe ofereceu foi nada além do que pensamentos, apaixonada pela arte, livros e a vida. Agora curada e mais determinada do que nunca resolve ir a L...