As semanas passaram rápidas, não fiz nada além de sofrer o que estava destinado para eu sofrer, olhar o tempo mudar e pintar telas que foram levadas a galeria e vendidas, tive noites horríveis de dor e febre, duas delas passei no hospital na companhia de Carl, Elina e Daniel me visitaram no tempo que estive na casa dele e pude realmente dizer ao meu pai que estava tudo bem, que não iria perder a minha relação com ele por coisas do passado, então está tudo bem entre eu e ele, estou feliz confesso, hoje é o dia da minha viagem para Itália com Carl, o mesmo disse que tinha alguns amigos que conheceu em reuniões da empresa, então teríamos bons guias de turismo.
Olhando pela janela do avião pude perceber que por um momento não pensava em como realizei todos os meus sonhos em meses em Londres e agora estou apenas a viver o que sempre quis. Estou indo para divulgar meu trabalho, passar um tempo com a pessoa que o destino me preparou desde que era apenas um feijão na barriga de minha mãe, quando eu voltar continuarei a minha faculdade, o meu trabalho e o meu relacionamento, apenas vivendo, quem sabe mais para frente surge outros planos a qual irei me dedicar ainda mais? Só o destino sabe e isso ele só irá me dizer com o tempo.
O destino é algo que esperamos sem saber se é bom ou ruim, ele nos reserva coisas sem nem nos dar um manual de instruções, vivemos e descobrimos o que nos esperava, eu nunca iria pensar que perder minha mãe era por um motivo bom para meu futuro, consequentemente para meu destino, pois se não estivesse a perdido não encontraria Carl e nem Daniel encontraria Elina, sofri na vida sem saber o porquê e agora eu sei, estou a espalhar para o mundo a minha vitória através de um blog, agora de um vídeo no YouTube da minha palestra. Eu espalhei ao mundo em tão pouco tempo, como as coisas são questão do próprio tempo e da nossa vontade, nós escrevemos nosso futuro, mas nunca iremos saber o destino, como poderia saber que eu era destinada ao homem a quem seguro a mão agora? E se daqui a algum tempo não estivemos juntos novamente? Só o destino saberá, não é mesmo?
Assim que pousamos eu abri um largo sorriso junto ao homem ao meu lado, fico triste por Fred não estar aqui e por Carter está doente, mas como disse teríamos outras viagens juntos. Alegre eu e Carl olhamos todo lado da cidade enquanto o carro nos leva para a casa que ficaríamos, está tudo pronto apenas para curtimos um longo um mês, conhecendo a cidade, namorando, guardando memórias e comemorando os nossos quadros sendo expostos, fico feliz que não só eu estou a crescer, Carl também foi reconhecido pelos jornais como um pintor, reconhecido não somente por suas construções e prédios, mas como um dom guardado que era pintar. É um dom diferente de mim que sou apenas um talento, Carl nasceu a saber pintar eu aprendi com o tempo. Não sou como minha mãe, mas todo dia tento chegar aos seus pés, só tenho a agradecer e mesmo ela não estando aqui para rir comigo e me abraçar, eu sinto conforto nisso tudo e sei que é ela a olhar por mim lá de cima.
Eu e Carl não tivemos nem mesmo a vontade de chegar e descansar, tomamos um banho e nos arrumamos para saímos para uma volta pela cidade, tomamos um chocolate quente, comemos croissant e pizza, Carl parecia um poço sem fundo, não sei como aguentou comer tanto, mas no fim terminamos à beira de um mar, a olhar as ondas, a sentir a brisa da noite chegar e ver o sol se ir para dar lugar a lua e as estrelas, outros casais estavam por ali, havia uma banda tocando um pouco longe então nosso momento tinha uma trilha sonora, o abraço e deito em seu ombro.
— Depois de anos estamos finalmente a sós, a curtir nosso momento sem medo e sem ser as escondidas. Estamos a ser nós, um casal a se amar livremente — olho para ele que sorri — eu te amo tanto Angel — o beijo como prova do meu amor, eu queria ter mais para provar a Carl todos os dias como o amo, palavras e gestos parecem pouco. Mas eu vou tentar todo dia dar a ele essa segurança, mostrar-lhe que meu amor não tem nem palavras para ser demonstrado.
— O tamanho do meu amor é como estrelas, não se conta — sorri.
— Nem se mede? — balanço minha cabeça negativamente e o mesmo beija meus lábios calmo, quente e preciso.No começo da noite depois de sair da costa andamos pela praia até chegar a uma cafeteria, ali tomamos um café a conversar sobre a exposição e como Carl estava alegre, percebo que talvez algo havia mudado no homem ao longo dos três anos, mesmo ele dizendo que não queria expor sua arte, agora havia algo maior dentro dele, uma alegria por ser reconhecido, acho que mudei a sua ideia ou seu medo, dei um empurrão no que só precisa de uma ajuda, talvez Carl tinha medo do que os outros pensariam. Estou feliz não nego. Eu queria que ele fosse reconhecido por suas artes, tanto por música ou pelas obras, e se foi pelas obras tudo bem! As músicas um dia saí de forma "anônima". Quem sabe ele mesmo não publica?
De carro voltamos para a casa que alugamos para um descanso de hoje, eram oito da noite e iríamos preparar o jantar juntos, ainda estou a tomar os meus últimos remédios para as dores, as mesmas quase não se era sentidas mais, à noite está fria diferente do dia, mas não abalou nada de bonito no lugar, estou encantada com cada detalhe e antes de ir embora, espero ter decorado todo o lugar maravilhoso, pelo menos uma parte dele.
Suspirando tiro toda minha roupa, Carl está no banheiro de fora e preferiu assim, não retruquei a sua vontade, tomo um banho quente e relaxante e aproveito para me dar alguns cuidados íntimos. Assim que estou limpa, desfiz meus cabelos do coque alto e deixei que caísse por minhas costas, vesti apenas uma blusa dele e sai do quarto já vendo que está se aprontando, o abraço por trás sentindo o seu pequeno susto pelo toque repentino, me olha por cima dos ombros e logo volta a atenção para sua blusa nas suas mãos.
— O que vamos preparar para comer? — Carl passou no mercado antes de vimos, não sei o que comprou, pois não tive tempo para o ato bisbilhoteiro.
— Torta! — meu sentido de alerta e alegria desperta.
— Eu vou chegar primeiro — corro e já ouço sua desaprovação.
— Ei isso é jogo sujo — diz e minha risada estronda todo o corredor e logo um grito assustado por ser pega pela cintura e suspendida pelo ar. Carl me vira para si e minhas pernas rodam seus quadris enquanto anda comigo pelo corredor, nossos sorrisos se vão conforme nos aproximamos para um beijo e assim iniciamos um calmo cheio de luxúria, me solto de seus quadris para ficar na ponta do pé curtindo seu carinho.
— Eu chegarei primeiro — diz a passar por mim e gargalho.
— Jogo sujo é?Vote ❤️
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Destinados - Um Novo Recomeço- Livro 02
RomansaAngel deseja para sua vida muito mais do que imaginou durante três anos, o que o hospital de tratamento lhe ofereceu foi nada além do que pensamentos, apaixonada pela arte, livros e a vida. Agora curada e mais determinada do que nunca resolve ir a L...