Capítulo 5

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Aileen

   Passei boa parte do restante da minha noite imaginando as várias maneiras de como ela poderia ter acabado deforma diferente, em muitas delas Matt estava embaixo de mim, ou em cima, ou atrás, e aquilo estava fora de cogitação, o que eu diria ao meu pai depois?

   Não seria nada agradável para mim falar "Ah sim pai, fiz sexo casual com o filho do seu amigo que tinha acabado de conhecer" não essa não era eu, eu não ficava perdidamente apaixonada em algumas horas.

Além disso, eu havia aceitado enquanto me revirava que eu tenho um lado incrivelmente safado, e que mesmo que controlasse minhas ações, não controlava de jeito nenhum meus pensamentos.

Não que eu nunca tivesse saído com um cara sem compromisso, tenho minhas necessidades, mas nunca, em hipótese alguma com alguém que tinha acabado de conhecer, não exatamente acabado de conhecer, mas qual é, fazia anos que não nos víamos e quando o conheci era só uma adolescente rebelde e imatura.

Era inegável minha atração, o homem era lindo, aposto que muitas mulheres passariam por cima de mim e me chamariam de louca por não ter aceitado sua proposta, mas em minha defesa, eu trabalharia com ele por vários dias, e se eu fosse só a conquista da noite eu provavelmente me sentiria mau ao vê-lo com outra depois de uma noite incrível.

Não posso mudar quem sou, talvez eu seja um pouco possessiva o que não é saudável, mas pela atração que senti sei bem que em apenas uma noite isso não passaria, ou passaria, quem sabe? Mas eu realmente não queria pagar pra ver.

E além disso, Matthew era bem humorado, sério a maior parte do tempo, mas aquilo fazia dele um homem mais atraente, era cavalheiro e inteligente. O que seria de toda sua beleza sem as demais qualidades afinal.

Foi por isso que perdi uma boa noite de sono ansiosa e pensando em muitas, e muitas coisas, tantas coisas que uma hora achei que minha cabeça fosse explodir, e depois de todos esses pensamentos decidi não cair na tentação.

Eu não queria arriscar que nosso trabalho fosse prejudicado por sexo, nunca passei por isso, mas deve ser horrível quando esse tipo de coisa acontece, então esperar era melhor opção sempre, é claro que eu iria provoca-lo, um ou outro flerte não ária mau, mas nada que pudesse sair do meu controle.

Foi pensando nisso que levantei no dia seguinte, tomei uma ducha, fiz uma maquiagem leve dando destaque aos meus lábios com um batom vermelho.
Vermelho sempre me deixa de bom humor, um vestido midi de manguinha com um corte nas laterais e um pouco justo mas nada vulgar, e por fim um salto delicado, vesti um sobretudo e um cachecol e sai do quarto.

- Bom dia beija-flor. - Magda estava na cozinha com um sorriso, era impossível não sorrir de volta.

- Bom dia Mag. - Magda era uns 10 centímetros mais baixa que eu, o que me fazia abaixar para dar-lhe um beijo no rosto - Como foi sua noite?

- Foi muito boa menina, como estão seus pais?

- Bem Mag, papai disse que te espera no fim de semana, a Scar vem passar uns dias em casa. - Vou falando enquanto como algumas frutas. - Ela amaria se você estivesse lá.

- Claro, claro, eu estarei. Como foi o jantar?

- Bem, muito bem. - Um sorriso sai de meus lábios sem minha permissão.

- Vejo que algo muito bom aconteceu. - Ela me olhou com atenção enquanto eu rapidamente voltei a mastigar. - Você dormiu com algum homem?

- Magda! Você é uma senhora de idade, não devia ser mais recatada?

- Ora, não sou uma anciã, e já tive meus momentos, esse seu sorriso idiota não engana nem um cego.

- Você está louca mulher e deveria agir como uma senhora da sua idade, que pouca vergonha, vou trabalhar. , coloco a tigela na pia. - Eu não dormi com nenhum homem.

Saio rapidamente antes que ela queira arrancar informações de mim, que logo chegariam a minha mãe, sei bem como aquelas duas costumam passar o tempo de conversinha, e ter as duas de complô contra mim não é algo que eu queira encarar.

Faço meu caminho normalmente, mas naquele dia parecia que todo mundo da cidade resolveu ir trabalhar de carro, então tive que parar um pouco mais longe e andar um pouco mais de dez minutos.

Me olho no espelho do elevador enquanto subo para o andar da presidência cerca de vinte minutos depois, passo por Megan que me atualiza de toda a minha agenda do dia, após alguns minutos saio da sala e vou caminhando direto para sala do meu pai e respondendo algumas mensagens no processo.

Quando viro o corredor meu coração da um salto no peito, Matt está sentado na sala de espera do meu pai, ao longe vejo a secretaria dele lhe servindo um café e quase babando no cretino que tem um sorriso no rosto, não tem nada demais ali, mas aquele sorriso com certeza conquista uma mulher solteira e bonita como a que está servindo o café para ele.

- Bom dia Susie, meu pai está aí? - Pergunto um pouco mais mau humorada do que gostaria.

- Bom dia senhorita, ele ainda não chegou, mas creio que não demorará. - Ela deu um passo para o lado se afastando um pouco de Matthew.

- Claro, eu volto mais tarde, você pode dizer para ele que eu preciso falar com ele por favor?

- Claro senhorita, pode deixar. - Por um segundo amaldiçoei o sorriso bonito daquela ruiva.

Me viro para Matthew como se estivesse vendo-o ali pela primeira vez.

- Senhor Callow, como vai?

 Susie permanece no mesmo lugar quase subindo no colo de Matt e tenho certeza de que se ele pedisse ela sentaria com muito gosto, estava quase babando no homem.

Ele manteve o sorriso no rosto, talvez não fosse sua intenção seduzir, mas seu sorriso era tão sexy e sedutor que não me admiraria de encontrar outras sonhando acordadas por aí.

Ou passando noites sem dormir enquanto pensa nele, e aquilo era mais um motivo para meu ponto, talvez não houvesse nada de diferente e ele agisse daquela forma com todas.
  

Aileen - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora