Capítulo 41

757 55 2
                                    

A situação era completamente estranha, após a saída de Sara, ficamos em silêncio, ela olhava tudo ao redor com os olhos enormes, parecia que iam saltar de seu rosto, estávamos parados ainda na entrada do quarto, imóveis.

- Você não me disse seu nome.

- Maya.

- Bonito nome.

- Obrigada.

- Sou Death, Prez do Killers MC.

- Não faço ideia do que isso significa, e esse nome me dá medo.

- Não quero te assustar, e não precisa ficar com medo, como eu falei aqui você está segura.

- Se eu vou ficar aqui, onde você vai ficar?

- Estarei resolvendo uns negócios.

- Ah.

Eu estava sem saber o que fazer, e ela estava totalmente sem graça.

- Bom vou deixar você se acomodar, pode usar o banheiro, se quiser deixar a mochila no closet ou enfim, use o que precisar, eu estarei fora a noite toda provavelmente, então pode ficar tranquila, e por favor tranque essa porta, abra apenas para mim, e em hipótese nenhuma saia daqui, não tente fugir, não se coloque em risco, aqui nesse quarto você está segura, fique aqui, tudo bem?

Ela apenas balançou a cabeça dizendo que sim.

- Vou pedir com urgência um frigobar, para que tenha mantimentos aqui, frutas, lanches, bebida.

- Não precisa, posso ir comer com os demais.

- Não mesmo, você ficará aqui, está proibida de sair desse quarto, proibida.

- Estou sendo sequestrada e mantida em cativeiro?

- O QUE?

- Minha irmã foi sequestrada, não sabemos o paradeiro dela, os policiais não tem nem suspeitos, foram vocês? Eu sou uma prisioneira também?

- Não, céus, não, você está aqui temporariamente, não está presa, está apenas sendo mantida apenas em segurança, não é uma prisioneira, não está aqui para ser enfim essas coisas, não pense isso, por favor.

Eu estava frustrado, a irmã dela possivelmente é uma das garotas que vamos tentar resgatar, mas eu não podia falar isso a ela, ela está com medo e eu não a culpo por isso, mas ela achar que vou fazer algo ruim com ela, não tenho nem palavras.

- Escuta, nós não somos ruins, não somos os vilões, não somos bons também, fazemos coisas não tão certas, mas não somos terríveis assim, por favor, a gente não faz mal a inocentes, é como se fossemos justiceiros, apenas fazemos justiça com nossas próprias mãos, e nunca fazemos algo sem ter provas claras, então não tem o que temer, estamos aqui para proteger, eu estou aqui para te proteger, eu pedi para que trouxessem você para cá, porque sem querer eu te coloquei nessa situação, eu juro que não sabia que ia acontecer isso tudo, por favor, acredita em mim.

Ela abaixou o olhar, eu sei que ela estava com medo e em dúvida.

- Por favor, confia em mim.

Levei minha mão até que meus dedos tocassem seu queixo e a fizesse olhar para mim, podia sentir o tremer de seu corpo, seus olhos cheios de lágrimas não derramadas, não a culpo por estar assim, se eu estivesse na situação dela também estaria.

Seu lábio começa a tremer, eu sabia que ela iria começar a chorar logo, a puxo para meus braços e a abraço afago suas costas e beijo o topo de sua cabeça, pego meu celular e mando uma mensagem para que tragam um frigobar e mantimentos para que ela fique bem acomodada no quarto.

LunaOnde histórias criam vida. Descubra agora