Quando Leonora sugeriu às suas quatro melhores amigas que passassem quatro dias em um cruzeiro organizado por sua banda favorita, ela não pensou que algo aconteceria além de uma viagem de quatro dias com destino às Bahamas, onde ela poderia passar a...
"there's me, looking down at my shoes the one smiling like the sun, there's you"
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3º DIA NO BSB CRUISE BACKSTREET BACHELORETTE PARTY
SE HAVIA uma coisa da qual Isis sempre se orgulhara em si, essa coisa era seu autocontrole; sua capacidade de evitar ocorrências vergonhosas era uma benção em sua vida, e ela sempre a havia usado de forma sábia e ponderada. Até aquele dia.
Um dia havia se passado, e Isis ainda não conseguia entender o que havia dado nela; ela sabia que estava preocupada com a sua filha — e muito, por sinal —, mas ainda não conseguia encontrar uma justificativa boa o suficiente para ter simplesmente explodido com Kevin quando tudo o que ele queria era ajudar. O fato de que nada havia acontecido com Emerald apenas deixava as coisas piores; ela ficava aliviada, claro, de saber que sua filha estava bem — mas isso não impedia o peso em sua consciência de crescer cada vez mais.
Então, ela bebia.
Apesar de não ter nada contra bebidas alcoólicas, Isis não era tão dada a bebidas quanto Sam e Kath, que ficavam incontroláveis após o segundo copo; ela gostava de beber apenas socialmente, normalmente nunca passando da segunda taça de champanhe — ela tinha uma filha pra cuidar, afinal — e evitava qualquer tipo de variação mais forte do que o necessário. E esse certamente era o plano quando ela sentou no bar do navio, após terminar de arrumar suas malas, querendo apagar de sua memória as besteiras que havia feito no dia anterior.
Ela só não esperava que as duas taças iam se transformar em quatro... e então em oito... e então... então ela havia perdido as contas de quantas ela havia tomado. Nem tinha mais certeza de que havia, de fato, terminado de arrumar suas malas. Ela achava que sim... mas a resposta poderia ser não... não importava, de toda forma.
— Isis?
A mulher virou seu rosto na direção da voz, dando um sorrisinho pequeno ao reconhecer o semblante confuso e muito conhecido de Kevin Richardson ao seu lado. Ignorando completamente a roupa que ele estava usando, a mulher falou:
— Oi, bonitão! — cumprimentou, amaldiçoando-se mentalmente a notar o que havia falado. Ela nunca chamaria alguém de bonitão! — Me desculpa por isso. E aí, Kevin. Veio me ouvir explodir mais uma vez com você, porque não vai acontecer dessa vez!
— Você tá bêbada? — Kevin questionou, sentando-se ao lado da mulher negra.
— Muito! — ela assentiu rapidamente, sentindo todo o mundo ao seu redor girar — E agora eu estou bêbada e tonta!
