Capítulo 16

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— Que lugar é esse? — pergunta reparando nos detalhe.

— Qual é Téo, essa é uma surpresa.

— Eu não sou fã de ser surpreendido — desdenha fazendo careta.

— Oi, sejam bem vindos — o segurança que estava na porta nos comprimenta sorrindo.

— Obrigada! — entro no local puxando o braço dele e a música alta invade o imenso salão. 

Olho para Téo e o mesmo admira ao redor com uma expressão indecifrável. Acho que ele queria sorrir.

— Aposto que você nunca ouviu música ao vivo — debochei dando uma leve trombada nele.

— Pode apostar — diz com as sobrancelhas erguidas.

— Téo, eu não estava falando sério.

— Mais isso é de mais, e eu nunca fui a um lugar assim antes. Isso é bem legal — ele sorri e a gente começa a pular no ritmo da música.

As luzes piscando sem parar deixava tudo mais animado, os corpos das pessoas ao redor se movia em cada batida expressando seus sentimentos. Téo sorria e balançava os cabelos sem parar, ele parecia ter dez anos outras vezes e estar pulando em uma cama elástica. Suas feições transmitiam calma, diversão, quê nada importava quando ele estava ali vivendo o momento.

Vê-lo se divertir me trouxe uma alegria no meu coração de forma que nunca havia sentindo antes. Eu senti que poderia ser e fazer por alguém muito mais que poderia imaginar. Pelo menos eu poderia fazer por ele, e saber disso me faz pular e balançar os cabelos com mais intensidade. Eu sei que perto dele eu posso ser eu mesma, e isso nos torna incríveis.

Ele me desperta segurando minha mão, abro os olhos e aproximo nossos corpos. Ele me fita, sinto me mergulhado da profundidade do seu olhar, meu coração almenta a palpitação e minha respiração corresponde bravamente.

O que está acontecendo? Perco o controle dos meus olhos, e agora eu encaro seus lábios carnudos entreabertos. Eu queria beija-lo, queria abraça-lo bem forte e implorar para ele não ir embora. Com ele eu quero tanta coisa, e isso é loucura, não é? Talvez, mas o quê eu poderia fazer se cada batida do meu coração corresponde à ele?

Me aproximo mais, cautelosa como uma raposa, e por fim, sem delongas junto os nossos lábios em um beijo. Naquele momento – especificamente – me senti caminhando sobre as estrelas. Como ele consegue me deixar assim? Essa pergunta não para de martelar na minha mente. A ideia nunca apaixonar por ele, e então essa séria a parte fácil. Mas agora eu estou aqui completamente apaixonada por ele e eu não posso esconder isso. Não posso e não quero, porém tem o Steve e embora ele tenha me traído eu estou ferrada se ele descobre isso.

— Tudo bem? — pergunta próximo ao meu ouvido enquanto eu tento me esquivar.

— Vamos embora — ordeno sem olhar nos seus olhos, eu estava tão constrangida. Não podia mais fazer isso, mesmo tendo meu coração gritando desesperadamente pra mim beija-lo outras infinitas vezes, eu não podia fazer de novo. Porque eu sentia que algo ruim poderia acontecer. Talvez amanhã eu não pense assim, mas hoje esse é o meu pensamento.

— Aquele show foi irado — quebra o silêncio enquanto dirigia em direção a minha casa. Pela primeira vez ele quebrou o silêncio entre nós.

— É o Tom Odell, né? Ele é incrível. 

— A gente devia fazer isso mais vezes.

— A gente devia, eu percebi que você fica muito feliz com música ao vivo. 

Você Me Deu OlhosOnde histórias criam vida. Descubra agora