🎡
— Que lugar é esse? — pergunta reparando nos detalhe.
— Qual é Téo, essa é uma surpresa.
— Eu não sou fã de ser surpreendido — desdenha fazendo careta.
— Oi, sejam bem vindos — o segurança que estava na porta nos comprimenta sorrindo.
— Obrigada! — entro no local puxando o braço dele e a música alta invade o imenso salão.
Olho para Téo e o mesmo admira ao redor com uma expressão indecifrável. Acho que ele queria sorrir.
— Aposto que você nunca ouviu música ao vivo — debochei dando uma leve trombada nele.
— Pode apostar — diz com as sobrancelhas erguidas.
— Téo, eu não estava falando sério.
— Mais isso é de mais, e eu nunca fui a um lugar assim antes. Isso é bem legal — ele sorri e a gente começa a pular no ritmo da música.
As luzes piscando sem parar deixava tudo mais animado, os corpos das pessoas ao redor se movia em cada batida expressando seus sentimentos. Téo sorria e balançava os cabelos sem parar, ele parecia ter dez anos outras vezes e estar pulando em uma cama elástica. Suas feições transmitiam calma, diversão, quê nada importava quando ele estava ali vivendo o momento.
Vê-lo se divertir me trouxe uma alegria no meu coração de forma que nunca havia sentindo antes. Eu senti que poderia ser e fazer por alguém muito mais que poderia imaginar. Pelo menos eu poderia fazer por ele, e saber disso me faz pular e balançar os cabelos com mais intensidade. Eu sei que perto dele eu posso ser eu mesma, e isso nos torna incríveis.
Ele me desperta segurando minha mão, abro os olhos e aproximo nossos corpos. Ele me fita, sinto me mergulhado da profundidade do seu olhar, meu coração almenta a palpitação e minha respiração corresponde bravamente.
O que está acontecendo? Perco o controle dos meus olhos, e agora eu encaro seus lábios carnudos entreabertos. Eu queria beija-lo, queria abraça-lo bem forte e implorar para ele não ir embora. Com ele eu quero tanta coisa, e isso é loucura, não é? Talvez, mas o quê eu poderia fazer se cada batida do meu coração corresponde à ele?
Me aproximo mais, cautelosa como uma raposa, e por fim, sem delongas junto os nossos lábios em um beijo. Naquele momento – especificamente – me senti caminhando sobre as estrelas. Como ele consegue me deixar assim? Essa pergunta não para de martelar na minha mente. A ideia nunca apaixonar por ele, e então essa séria a parte fácil. Mas agora eu estou aqui completamente apaixonada por ele e eu não posso esconder isso. Não posso e não quero, porém tem o Steve e embora ele tenha me traído eu estou ferrada se ele descobre isso.
— Tudo bem? — pergunta próximo ao meu ouvido enquanto eu tento me esquivar.
— Vamos embora — ordeno sem olhar nos seus olhos, eu estava tão constrangida. Não podia mais fazer isso, mesmo tendo meu coração gritando desesperadamente pra mim beija-lo outras infinitas vezes, eu não podia fazer de novo. Porque eu sentia que algo ruim poderia acontecer. Talvez amanhã eu não pense assim, mas hoje esse é o meu pensamento.
— Aquele show foi irado — quebra o silêncio enquanto dirigia em direção a minha casa. Pela primeira vez ele quebrou o silêncio entre nós.
— É o Tom Odell, né? Ele é incrível.
— A gente devia fazer isso mais vezes.
— A gente devia, eu percebi que você fica muito feliz com música ao vivo.
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Você Me Deu Olhos
Romance"A gente precisa aprender abrir mão das coisas que amamos" Para Teodoro Waller um jovem inglês de dezessete anos, isso era uma bobeira. Até ele ser diagnosticado com melanoma ocular quando tinha apenas doze anos de idade. Porém aprender a conviver...