Capítulo 25

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O dia estava passando bem rápido, e eu não conseguia parar de pensar no acidente e no Téo. Minha mente era uma estrema confusão com toda aquela situação, e sem contar as minhas infinitas perguntas. Eu queria desesperadamente saber o que estava acontecendo.

Eu passei dias imaginando que ele confiava em mim, e que estávamos indo muito bem. Mas olha só para nós agora. Tava na cara que eu não estava nada certa. Precisava saber o que havia acontecido naquele dia, mesmo que a gente tenha que discutir novamente, eu só quero saber a verdade. 

Levanto-me da cama e troco de roupas. Olho no espelho pra da uma consertada no meu cabelo e ver como ia os arranhões quase cicatrizados – graças ao remédio que a April arranjou.

— Thamy a onde você vai? — minha mãe pergunta ao passar pela porta do meu quarto e me ver arrumando.

— Eu preciso encontrar uma pessoa importante — respondo passando um gloss nos lábios. Desde o acidente parecia que o sangue havia sumido da minha face, meus lábios ficam constantemente sem cor.

— Espero que não seja o garoto idiota que quase matou você — ela expressa todo o seu desgosto. 

— Ele não é idiota mãe. Foi um acidente, e não se esqueça que poderia ser eu atrás do volante — me levanto da cadeira que ficava na penteadeira e pego as minhas chaves passo por ela e vou em direção ao meu carro.

Fazia dois dias que eu não saia de casa, e a mamãe ficava me espionando o dia todo. Suspiro aliviada quando me dou conta de que finalmente consegui escapar de casa.

Dirijo pela cidade até chegar em frente a casa do Téo. Abaixo os vidros da frente e observo a fachada da casa, é tão bonita e aconchegante como da primeira vez que cheguei aqui. Depois de muito pensar, salto do carro, caminho até à porta e dou duas batidas leves.

— Thamy? — Amanda atende a porta, no primeiro momento ela pareceu surpresa e depois finalmente sorriu. — Oh! Que surpresa boa, querida. Você está bem?

Fiquei analisando o comportamento dela. A mulher realmente não esperava me ver na sua porta, já que ela permaneceu me encarando com os belos olhos arregalados.

— Eu estou bem, obrigada — sorri de lado. — Como ele está?

— Ele está bem! — responde respirando fundo.

— Eu posso vê ele? — a incerteza na minha voz era tão clara que até mesmo me deixou desconfortada. Ela então finalmente deu espaço na porta e me deixou entrar.

— Claro, ele está no quarto.

Com isso ela sumiu em direção a cozinha. Tinha alguma coisa errada rolando, porque aquele comportamento não era da Amanda que eu conheci outro dia. Ela nem se quer me puxou para o abraço, assim como sempre fazia. Isso me preocupou, mas não me impediu de subir para o quarto do Téo.

Do corredor consigo ouvir o som de uma música. A porta está aberta e da greta consigo vê-lo em frente ao seu cavalete. Tento espionar mais de perto sua obra, mas ele me avistou primeiro e me impediu de ver a tela.

— Fui pega em flagrante — digo dando um sorriso sem mostrar os lábios. — Oi Téo!

— Oi Tham — sua voz saí rouca e completamente baixa, ele estava bem sério o que me deixou preocupada.

— Posso entrar? — ele olhou meus pés bem na linha da porta, e concorda com a cabeça. Caminho vagarosamente e me sento a cama. — Então, como você está? — ele não responde nada, apenas da de ombros. — Eu estou bem, a April me arranjou uns remédios que tem ajudado bastante — ele continua calado, eu já estava ficando sem graça. — Você quer sair daqui? Tipo, ir pra um restaurante ou um Pub? — nega com a cabeça sem me olhar. — Téo, fala comigo, pelo amor de Deus.

Você Me Deu OlhosOnde histórias criam vida. Descubra agora