Capítulo 11

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Passamos o dia todo conversando, provocando um ao outro e depois assistimos filme. Acho que estávamos no terceiro filme quando Amanda chegou. Eu vi através da janela que lá fora já estava escuro porém eu não me importei.

- Téo? O que você está fazendo? Espero que esteja vestido - gritou subindo as escadas e vindo em direção ao quarto, solto uma risada ao entender o quê ela dizia. O Téo ignorou completamente e continuou comendo pipoca. - Oi, você ainda está aqui.

- Estamos maratonando - Téo respondeu por mim.

- Ah que sorte, eu queria fazer isso, mas o trabalho não dá tempo - revira os olhos. - Os seus pais não se importa de você passar o dia conosco?

- Não, eles não dão a mínima pra o que eu faço - sinto meu celular vibrar em meu bolso. Pego e havia uma mensagem.

"Oi amiga, eu soube que hoje vai ter uma festa na casa do Steve, você deveria ir e levar o seu novo namorado. É uma grande oportunidade de esfregar na cara dele que você já seguiu em frente hehehe.

Se for me avisa, que eu passo na sua casa pra te buscar as 20h.
Bjs Ângela!"

- São seus pais? - Téo pergunta assim que eu acabo de ler a mensagem.

- É a Ângela me chamando pra uma festinha. - Téo se cala por longos segundo, não entendi o motivo de seu silêncio, mas por fim responde.

- Entendi - ele pausa o filme.

- Você quer ir comigo?

- Eu acho uma ótima ideia - Amanda responde encarando o filho. Ela acabou se juntando a nós na larga cama do Téo.

- Não.

- Ah Téo, você nem saí de casa, vai se divertir um pouco - Amanda tenta convencê-lo.

- Não mãe, eu não vou pra uma festa onde todo me odeia e eu odeio todo mundo. Além disso eu nem fui convidado.

- Como assim, eu acabei de convidar você querido - digo naquele tom de "não me faça te obrigar".

- Não vai dá, sério mesmo - ele diz sem olhar pra nós, depois continua o filme.

- Eu acho que vou começar a mexer uns pauzinhos pra vê se meu filho começa a sair de casa - a Amanda sussurra no meu ouvido.

- É uma boa ideia! - nós duas começamos a encarar ele. - Vem comigo, por favor! - imploro e ele olha pra mim.

- É... acho... uma péssima idéia.

- Ah qual é Téo...

- Eu prometo que na próxima eu vou. É sério, hoje não, na próxima - ele é muito difícil.

- Tá bom, se na próxima festa você não cumprir a sua promessa, nem precisa olhar na minha cara - aviso e ele fica com um sorrisinho besta.

- Isso não vai ser problema.

- Chato! - me levanto pra ir pra casa.

- Quer que eu te levo em casa? - pergunta como quem não quer nada. Ele já esqueceu do trato?

- Você é obrigado a me levar, se esqueceu do nosso trato? - ele me fita.

- Que trato? - finge demência.

- Aquele que você teria que me buscar e me levar em casa todos os dias, aquele trato que você teria que...

- Tá, tá eu já entendi - diz mexendo as mãos impaciente.

Você Me Deu OlhosOnde histórias criam vida. Descubra agora