S#37

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A noite, quando Damon vai pôr Austin na cama, ligo para meu pai:

— Como está Damon?- É sua primeira pergunta assim que atende.

Não perde tempo em saber do filho postiço!

— Está melhor, eu cuidei dele e do  Austin.  

Meu pai fica em silêncio por um tempo.

— Então ele contou- Sua voz finalmente soa.

— Contou- Respondo— Obrigada por ser o confidente dele, pai, Damon carrega muita coisa sozinho.

  E é verdade. Nunca vi alguém que não gosta de pedir ajuda feito esse, acha que pode sanar tudo.

— Eu nunca faria diferente, Damon é um bom rapaz e perdeu muita coisa ao longo da vida.  

Concordo com a cabeça, mesmo sem que meu pai possa ver.

— A gente tá junto.  

Meu pai faz um som de blefe com a  boca.

— Eu sou velho, mas não sou burro,  Meg, tenho observado vocês dois há  dois anos.

Dou risada. É claro!

— O senhor aprova?- Embora sua aprovação não importe, pois sou maior de idade.

— Você está feliz?

Nem pestanejo em dizer:

— Muito, sou feliz com Damon.

— Então não precisa da minha aprovação, tudo que quero é a sua  felicidade, Meg.

Lágrimas se acumulam em meus olhos.

— Obrigada, pai- Sorrio sozinha no  quarto do Damon— E onde está Murilo?- Mudo de assunto.

— Saiu com Clint.

Minhas sobrancelhas sobem.

— Ele ainda não foi embora?

Meu pai ri.

— Não, esses dois não se desgrudam mais, duvido que ele vá embora enquanto não for solicitado pela banda.

— Fico feliz, os dois são perfeitos um  para outro.

— Sim, eu sei, vejo amor quando olho para os dois- Me diz.

Sábias palavras papai!

Ficamos em silêncio por um momento, até que eu pergunto:

— Você já viu Austin, pai?

— Não pessoalmente, mas Damon já  me mostrou por foto, é igualzinho a ele.

— É- Sorrio.

— E a Mirna? Não está melhor?- Sua voz está com entonação de preocupação.

  Damon falou com Mirna mais cedo, e a gripe pegou ela de jeito, mas achei que meu pai já soubesse.

— Não, ela ainda está um pouco  debilitada pela gripe.

Meu pai suspira.

— Pobre, Mirna.

  Verdade. Mas Damon me assegurou que ela está se cuidando em casa, deixou ele com Austin achando que não ficaria doente, sobrou para ele também no fim.

— Quero muito que o senhor conheça Austin.

— Espero que eu possa conhecer o pequeno logo.

Assim esperamos!

— Obrigada de novo, pai.

— Nem precisa agradecer, filha, eu faço isso por amor a ele, e estou feliz por saber que estão juntos, oficialmente, Damon não poderia ter encontrado mulher melhor.

  Contenho as lágrimas de felicidade.  Meu pai é maravilhoso. Que outro pai  seria melhor que ele? Tenho certeza que nenhum!  

  Minha mãe foi uma mulher de sorte,  e agora Mirna está ganhando essa mesma sorte também.

— Eu te amo, pai, boa noite.

— Boa noite, querida, eu também te  amo.  

  Desligo e fico esperando Damon  deitada em sua cama, sentindo seu  cheiro nos lençóis.

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Eu amo essa relação pai e filha deles

Damon e sua propensão a querer resolver tudo... e sozinho

Reta final do último livro da série, amanhã tem novidades
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