S#15

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  Só para testar, eu já passeei com o meu lindo biquíni vermelho duas vezes na areia da praia, e posso dizer com certeza: a peça passou no teste, 100% dos homens e mulheres, em um raio de 5 metros, olharam para mim. 

Isso não é nada ruim para o ego!

  Metade eram surfistas gatos, a outra  metade eram carinhas e mulheres aleatórias correndo na praia. 

Tô bem! Tô bem!

Volto para onde o meu grupo está e Ka  levanta o óculos para me encarar.

— Eu vi o que fez, loira.

  Mania essa de me chamar de loira, uma vez que meus cabelos só tem algumas mechas loiras.

— Culpada- Dou risada.

— Todo mundo olhou, inclusive Tom, eu fiz o Gus fechar os olhos, porque não é por nada não, viu, amiga? Mas tu tem um corpão da porra.

Tom solta um suspiro alto.

— Você não sabe como estou neste  momento, Megzinha- Ele acaricia os cabelos escuros.

Olho feio para o dito cujo.

— Eu espero que esteja consciente de  que vou te dar um chute nas bolas se  tentar me agarrar- Falo, depois observo ao nosso redor, a procura do resto do pessoal— Cadê Murilo, Clint e Anita?  

  Anita é a empresária da banda, mas só de vez em quando confraterniza conosco, quando dá.

— Foram buscar bebidas pra nós- Gus  diz.

— Ou fazer uma suruba no banheiro,  você escolhe, Megzinha- Os olhos verdes claros de Tom brilham em luxúria.

Chuto a canela seca dele pela sua resposta.

— Ai, caralho!- Reclama, esfregando o lugar— Alguém sabe do Damon?- Tom  pergunta ainda esfregando a canela— Voltamos para a estrada amanhã.

  Tom pode ser um pulha, mas é bem  responsável quando quer (ou quando lhe convém).

— Damon não ligou, estamos dando  espaço para ele e tal, mas já está na  hora dele voltar- Katherine opina.

  Fico calada, apenas observando até  onde essa conversa vai dar, não quero  me meter e correr o risco de falar algo  sobre a nossa discussão.

— Ele vai aparecer, só relaxa, amor- Gus faz massagem nos ombros da  namorada.  

Então finalmente o trio feliz volta com o cooler de bebidas.

— Finalmente!- Ka diz.

— Como foi a suruba?- Tom pergunta.

  Anita mexe nas pontas do seu cabelo cacheado, com vergonha, mas Clint e o meu irmão riem cúmplices.

Ué?!

— Não sei do que está falando- Clint  vem para o meu lado e me abraça.

   Passo uma mão pelo seu abdômen só para apreciar e continuamos  abraçados.

— Só fomos pegar as bebidas- Anita diz, toda sem graça, seus olhos castanhos desviando para o chão.    

  Ela é tão doce e meiga, as vezes acho  que Anita é um anjo em forma de  mulher.

— Ele está só brincando, Anita- Chuto a canela do Tom de novo.

Seu grunhido sai esganiçado.

— Porra, hoje tu tirou o dia para me  chutar, mulher, que merda!- Reclama— Mas relaxa, gata...- O cafajeste dá uma piscadinha para Anita—...eu não falo essas coisas por mal.

Anita fica ainda mais sem graça.

— Você fica tão fofa assim-  Ka comenta.

  Soltamos uns risinhos engraçados, enfatizando o pensamento da Ka, mas nada demora muito, que é para não deixar a mulher ainda mais constrangida.

— O que trouxeram da casa?- Gus  pergunta.  

  Essa é a vantagem de ter dinheiro:  alugar de última hora uma casa na  praia, com direito a bar equipado e tudo.

— Cerveja, whisky e... pinga!- Clint anuncia.

— Pinga!- Eu e Ka cantarolamos ao  mesmo tempo.

  Adoramos pinga. Pode existir a bebida mais sofisticada da face da terra, sempre vamos preferir as pingas que descem queimando e que nos deixa bêbada em meia hora.

  Iniciamos as primeiras rodadas, e cerca de umas duas hora depois, eu e Ka já estamos dando pirueta no meio da praia, parecemos duas malucas, e claramente somos as menos resistentes do grupo.

  A gente está tão fora da casinha, que ninguém mais liga, estão todos aproveitando o pôr do sol e conversando animadamente, nos deixando sozinhas.

— Pula, Ka, pula!- Estamos pulando  fogueiras imaginárias como as pessoas fazem nas festas juninas.

— Jesus amado!- Ouço uma voz  conhecida quando é a minha vez de  "pular a fogueira".  

  O sol está se pondo, mas ainda está forte o suficiente para que eu demore a assimilar corpo e voz, meio que eu estou de quatro neste momento, porque era meu momento de saltar.

— Você, humano, não atrapalha, cai fora!

Ka, caída no chão, ri, achando tudo muito divertido.

Cretina!

— É Damon, Meg.  

Saio da posição ridícula e encaro  Damon em toda a sua glória.

— Vocês estão fazendo o quê?- Um sorriso cretino brota no seu rosto.

Tô bêbada, mas tô puta com esse babaca!

— Brincando de cabra cega, não vê?

  Não me aguento e dou uma alta risada com a resposta da Ka, eu iria destilar meu ódio, mas minha amiga não me deixa.

— Cabra cega...- Murmuro sentando ao lado de Ka— Mas não é cabra é...- O nome da brincadeira me escapa.  

Eu juro que está na ponta da língua.

  Minha amiga agora está se  contorcendo de tanto rir, se  estivéssemos sóbrias não seria tão  engraçado, mas como estamos  bêbadas, tanto faz qualquer coisa. Damon nos encara com o semblante risonho no rosto.

— Certo, quanto vocês beberam?- Sua pergunta não tem resposta—Bem, eu acho melhor me juntar aos que estão  sóbrios, então né? Não quero correr o  risco de ser contaminado pela loucura  de vocês.  

  Não paramos de rir como duas hienas, enquanto Damon sai de perto de nós, rimos tanto que nem notamos quando o cansaço nos vence e apagamos ali mesmo.

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Sério, vou afastar a Megan das pingas kkkk

Bemmmm, Damon apareceu, e agora? Quais serão os próximos passos?

A maratona volta na quarta
😉

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