Capítulo_50

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Killas

Me sentei à mesa junto de meu esquadrão e o do Capitão Levi.

Niko- Onde estava, Killas? - perguntou, sorrindo maliciosamente.

Killas- Não é da sua conta - respondi, curto e grosso, como sempre.

Kalain- Fala sério. - ela suspirou, jogando mechas do cabelo escuro para trás. - Todo mundo sabe que você está saindo com aquele médico gato que cuida da capitã. - Apenas franzi a testa.

Auruo- Espera... você é gay?

Killas- A companhia de homens me agrada mais que a de mulheres.

Hele- Já que estamos falando nisso... Killas, ele te contou alguma coisa sobre a capitã? - assenti, brevemente.

Killas- A filha deles nasceu logo depois deles terem entrado em licença.

Erd- Eu sempre tive a duvida de saber quem era o pai. A capitã não parece ser do tipo que se envolve com qualquer um.

Niko- Não é. Ela é casada com o capitão Levi. - Praticamente todos do esquadrão do capitão engasgaram com a água que bebiam.

Petra- Espera, então quer dizer que eles... - Eu interrompi.

Killas- Como acha que os bebês são feitos, Petra? - O rosto dela ficou todo vermelho.

Auruo- Não me diga que ainda está apaixonada pelo capitão? - A mulher virou para ele com os olhos arregalados. - Ele já foi fisgado.

Petra- Eu não estou apaixonada pelo capitão!

Kalain- Se eu fosse você tomaria cuidado com ele. A capitã é uma mulher muito temperamental e poderosa.

Petra- Eu já disse que não gosto dele!

Kalain- Antes de ser a mulher que conhecemos, a capitã era temida em toda a capital - continuou, ignorando Petra, que apenas se levantou e se afastou de nós. - Coitada dela quando a capitã souber disso.

Me virei para Auruo.

Killas- E nem pense em se aproximar da capitã - avisei. - Todos sabemos que você olha para ela de forma predatória. E, lembramos muito bem o que aconteceu da ultima vez que um recruta olhou assim para ela.

Hele- Fico surpresa que aquele desgraçado não foi morto pelo capitão. Mas, com apenas um olhar, ele saiu da tropa.

Kalain- Foi muito bem, alias. Ele assediava a todas nós. E era nojento demais. - Ela se virou para mim novamente. - Mas, fala aí, o médico gato é bom de cama?

Que merda de pergunta é essa?

Killas- Não vejo como isso pode ser da sua conta, Kalain.

Kalain- Ah, para! Não fala que vocês ainda não foram para a cama! Já faz uma semana!

Killas- Como se for para a cama fosse a coisa mais importante do mundo. - Ela sorriu maliciosamente para mim.

Kalain- Então não foram.

Killas- Mas que desgraça! Minha vida não é da sua conta!

Kalain- Só estou interessada.

Killas- Então se desinteresse, pois da minha vida cuido eu.

***

Dener

O encontro foi esquisito, mas agradável. Extremamente agradável. Principalmente s beijos de despedida.

Sei que era maldade usar aquela menina tão linda como uma desculpa para não voltar para a capital, mas eu tinha a chance, não?

Ainda precisava resolver a questão do tempo de vida de Emma. Jamais permitiria que Ayla vivesse sem a mãe. E sem falar que, nesses últimos anos, Emma se tornara a minha melhor amiga.

Respirando fundo, entrei na casa. Tinha demorado mais do que pretendia.

Me deparei com Emma observando sacudindo Ayla em se colo. A balançando de um lado para o outro. Sorri para ela e entrei, mas não sem antes de tirar o sapato e limpar minhas botas até não restar uma única sujeira. Levi me socaria até não restar nada de mim para contar a história caso eu sujasse a casa deles.

Emma- Estou sabendo que a sua tarde foi bem interessante. - Essa mulher não é humana.

Dener- Bem informada, como sempre.

Emma- Killas é um cara legal.

Dener- Ainda duvido que você é humana. Como consegue saber das coisas tão rápido?

Emma- Sou treinada para isso. Levi me chamava de fofoqueira do subterraneo quando eramos crianças.

Dener- Vai dar uma de casamenteiro, não? - Emma sorriu maliciosamente, no mesmo momento em que Levi apareceu ao portal da sala de estar, abordando a camisa.

Levi- Você a conhece. Ela não vai parar até os dois estarem casados.

Dener- Tenho pena de Killas. Ele que terá que aguentar Emma todos os dias.

Foi naquele exato instante em que Ayla acordou. O choro não era tão alto como os que eu costumava escutar, mas era saudável e feliz. Me aproximei delas, analisando a menina.

Emma sorriu para a filha e a ajeitou em seus braços, colocando a frágil cabeça deitada em seu ombro. Sabia muito bem que ela ainda não acreditava que tinha uma parte sua em seus braços. Ayla parou de chorar. Ela agarrou a camisa da mãe e segurou firme entre os pequenos dedos.

Baba escorreu pela boca da bebê. Peguei um pano disposto sobre a mesa e limpei a boca. Ayla entreabriu os olhos e pude jurar que ela sorriu para mim.

Dener- Vocês realmente fizeram um bom trabalho nessa bebezinha.

Emma- Estávamos nos empenhando muito. - Um sorriso malicioso para Levi.

Dener- Nossa! Vocês só sabem pensar em Sexo?

Levi- E nos fruto dele. - Ele apontou para a filha.

Dener- Deus! - Ayla resmungou. Tenho certeza que nos mandava calar a boca.

Emma- Quando você crescer, querida, a mamãe deixa você socar a cara desses dois.

 Eu gargalhei.

Emma- Dener, eu irei bancar a casamenteira até você e Killas se casarem

Dener- Faça como quiser, amiga.


Continua...

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