Capítulo_59

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Algumas semanas depois...

Emma*on*

Ok, a qualquer momento Levi voltaria da missão da tropa. Só esperava que o fato de nosso filho poder nascer a qualquer momento não o atrapalhe. Ayla pergunta quando o pai vai chegar o tempo inteiro, e isso parte o meu coração, ver a saudade que ela sente dele. Era muito mais fácil quando ela era um bebê, que não entendia nada.

Dener veio me ajudar a cuidar de Ayla, e caso o bebê decida que quer chegar um pouco antes, nós já estaremos prontos.

Saí do quarto de minha filha, fechando a porta com cuidado. Encontrei Dener sentado no sofá, tomando café.

Dener- E então? Como é que você está? - Eu me sentei ao lado dele.

Emma- Bem, ele só está chutando muito, como sempre.

Dener- E Ayla?

Emma- Ela está triste porque o pai ainda está longe, mas eu disse que ele já vai voltar. Levi que costuma coloca-la para dormir, e parece que ela gosta muito. Ayla e Levi são um grude só. - Meu amigo riu.

Dener- Eles já são parecidos... Só tenho pena de quem for tentar namorar a filha de vocês.

Emma- Meu marido já me garantiu que ele não responderá por seus atos quando isso acontecer. Afinal, é a menininha dele. - Dener riu mais uma vez. - Mas como estão as coisas com Killas?

Dener- Ah, muito boas. Nós... estamos evoluindo bastante. Estamos nos conhecendo melhor, e fazendo outras coisas extremamente interessantes.

Continuamos jogando papo fora por um tempo, até que aquela maldita dor me alcançou. Dener segurou meus ombros enquanto eu me curvava para frente, gemendo de dor.

Dener- É parece que esse menino não quer esperar o pai dele - brincou. Por um momento eu tive vontade de esgana-lo e rasgar cada centímetro de pele dele. - Vem, levante um pouco o quadril para mim poder examinar você.

Eu obedeci, gemendo. Meu corpo inteiro começou a doer de repente. Dener retirou sua calcinha, escorregando ela por debaixo do meu vestido. Ele abriu as minhas pernas e começou a me examinar.

A contração parou, mas veio mais uma vez.

Dener- Meu Deus, Emma! - exclamou, assustado. - Você não estava sentindo nada? - Neguei com a cabeça. - A cabeça dele vai sair nas próximas contrações, ele já está quase nascendo.

Emma- O que? - sussurrei. - Mas no parto de Ayla eu fiquei horas no trabalho de parto.

Dener- É raro, mas pode acontecer da mulher não sentir as contrações fortes. Acho que os chutes dele eram as contrações, mas, como você está acostumada, provavelmente confundiu. Eu já fiz vários partos de mulheres que não sentiram nada durante o dia, mas os bebês nasceram de repente.

Levei a mão à boca e gritei o mais baixo que consegui. Ayla não merecia ser acordada pela mãe em prantos enquanto o irmãozinho nascia. Ela provavelmente ficaria preocupada comigo, e tentaria me acalmar. Ela sempre fazia isso quando eu chorava. Minha filha era simplesmente maravilhosa. Já pude contar todas as vezes que eu estava triste e ela me animou completamente, principalmente quando o pai dela está longe.

Dener- Deus! Ele já está saindo, Emma. Comesse a fazer força - pediu. Eu obedeci. Dessa vez eu não me aguentei e gritei, só esperava que Ayla não acordasse com isso. - Vamos, só um pouco mais, Emma.

Senti que a cabeça do meu filho estava prestes a sair de mim. Mas que dor desgraçada! Dener sempre disse para mim que era a pior parte, mas eu tinha que dizer para ele que o corpinho de Ayla doeu mais que a cabeça quando ela nasceu.

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