Capítulo_56

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Emma*on*


Levi, infelizmente teve que nos abandonar novamente para buscar a nossa comida e trazê-la para nós.

Minha filha, como sempre, se agarrou ao meu peito e sugou o leite que era seu lanchinho, agora que comia comidas sólidas. Acho que ela já aprendeu a abrir a minha camisa e colocar o meu peito em sua boca.

A cada dia que se passava, ela ficava cada vez mais parecida com o pai. Em aparência, é claro, porque o jeito é todinho meu, exceto por alguns mínimos detalhes.

Fiquei a olhando se alimentar, até que fechou os seus olhos e senti sua respiração ficar mais pesada, mas se mexia todas as vezes que eu tentava tira-la do meu peito.

Naquele instante, Levi entrou na sala, com duas bandejas com sopa e pão. Ele riu ao ver nossa filha agarrada em mim. Ele colocou uma das bandejas na minha frente e se sentou.

Emma- Acho que ela também puxou a sua carência, querido.

Levi- Acho que sim - disse rindo. - Acredito que o meu DNA tenha sido mais forte que o seu. - Assenti, sorrindo. Ela era realmente a coisa mais linda do mundo. Acariciei seu cabelo, tirando os pequenos fios que caiam sobre seu olhos fechados.

Emma- Ela já tem mais de um e eu ainda não consigo acreditar que é real.

Levi- É porque nossa filha é perfeita. Ela é saudável, forte, inteligente... Ayla e tudo o que precisávamos para que a nosso vida fosse perfeita. Agora temos condições boas, para cria-la e cuidar dela. Antigamente não tínhamos esse tipo de estabilidade, mas agora temos.

Emma- Deus, eu só tenho pena do homem que se atrever a toca-la.

Levi- Tenha mesmo, porque, quando isso acontecer, os dias dele estarão contados.

Emma- Quando nossas mães diziam que filhos são a maior riqueza que alguém pode possuir, eu nunca imaginei que era literalmente isso.

Levi- Elas estariam babando nela como se fosse um pedaço de carne.

Emma- Talvez estariam apertando as bochechas dela como se não houvesse amanhã. - Nós dois rimos. Senti um parto forte no peito ao observar Ayla, tranquila dormindo que nem o anjinho que era. Essa foi realmente a melhor coisa que já aconteceu comigo, ter uma filha, com o homem que eu amo. Realmente não havia coisa melhor que isso.

De repente, vi Levi ao meu lado. Ele esticou os braços e pegou Ayla do meu colo, a ajeitando em seus braços.

Levi- Agora é a vez do papai segurar a bebezinha para a mamãe comer. E, quando ela acordar, quero que a primeira palavra dela seja papai. - Ele se sentou novamente, observando Ayla com a mesma atenção que eu tive. Ela também já falava várias coisas, tipo, mamãe, papai, tio e vovô. Também conseguia formar muitas frases, ainda meio embaralhadas, mas conseguíamos compreender. Não posso negar que chorei horrores quando percebi que a primeira palavrinha dela foi ela me chamando para dar o seu leite. - Como está se sentindo, querida?

Emma- Você sabe que eu estou muito bem - retruquei, sorrindo.

Então eu apenas limpei o bico do meu peito e me ajeitei. Comecei a comer, desviando meu olhar uma vez ou outra para Levi, que fazia o mesmo.

Durante grande parte da minha gravidez, eu haviam me preocupado se seria uma boa mãe. Sabia que Levi seria um ótimo pai, mas sempre tive minhas dúvidas quanto a mim. E, ainda consigo me lembrar muito bem de quando minha filha nasceu, principalmente da dor e da cara de desespero que se formava no rosto de Levi a cada contração que eu tinha.

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