Pedido de desculpa

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— É uma surpresa ver você aqui tão rápido. — Zitao disse enquanto batucava levemente seus dedos contra a xícara, em uma tentativa de amenizar o nervosismo. — Yifan disse que você sairia pela manhã, não imaginei que viria para cá logo em seguida.

A ômega encolheu os ombros levemente. Seu advogado fora eficiente o bastante para conseguir que aguardasse o andamento de seu caso em liberdade.

— Junmyeon me disse que você estava tomando conta do restaurante e eu pensei que seria uma boa ideia vir enquanto estivesse fechado para os clientes. — Mei suspirou. — Há muitas coisas que preciso esclarecer com muita gente, mas você é provavelmente a pessoa que mais sofreu com as minhas mentiras.

Zitao raspou a garganta, claramente desconfortável com a presença da Kim.

— Eu fui egoísta, Zitao. — admitiu. — Pensei que deveria proteger meu melhor amigo a qualquer custo e em nenhum momento eu me lembrei de você, Jongin e Lian, assim como não pensei em como vocês mereciam justiça pelo que aconteceu.

— Minha mãe também era a sua melhor amiga. — Tao sussurrou baixo. — Mas você não pensou duas vezes antes de escolher um lado. — Mei engoliu em seco. — No fim, acho que escolheu o lado errado.

— É compreensível você estar revoltado com a situação. — o Huang desviou o olhar. — Eu deveria ter dito a verdade, isso é um fato e eu reconheço, mas eu fiz o que eu achei que era o certo a se fazer. — falou. — Eu fiz o que pensei que evitaria ainda mais dor e sofrimento para o seu pai.

— Meu pai... — Zitao começou, as palavras pareciam ter um gosto amargo em sua boca. — está sendo acusado de matar a minha mãe e o meu irmão. Toda a dor e sofrimento, foi ele quem causou.

— Joon jamais seria capaz de encostar um dedo em vocês. — Mei defendeu. — Ele não faria algo assim.

— Você não sabe o que ele seria capaz de fazer. — rebateu entredentes. — Ninguém sabe o que outra pessoa seria capaz de fazer ou não. — umedeceu os lábios. — E se tudo isso for apenas para tentar defendê-lo e defender as suas mentiras eu acho que nossa conversa pode acabar aqui.

O ômega fez menção de se levantar, porém foi impedido pela mulher que segurou sua mão com pouca força.

— Não! Por favor... — suplicou. — O único motivo de eu estar aqui hoje é para te pedir desculpas, Zitao. Por todo o mal que eu causei a você e a sua família no momento em que escolhi mentir. — pediu. — Eu entendo se você preferir me odiar, mas eu preciso deixar claro que me arrependo de tudo.

— Eu não... odeio você. — murmurou. — Se eu preferia que você tivesse contado toda a verdade? Claro que sim. — suspirou. — Porém o que está feito, está feito. Não há como mudar e precisa ser deixado no passado. Eu já perdi oito anos da minha vida e não quero perder meu futuro odiando alguém.

— Então você me perdoa? — sorriu esperançosa.

— Sim.

— E quanto ao seu pai?

— Minha situação com Joon é... um pouco mais complicada do que isso. — hesitou. — Quando o momento certo chegar eu pensarei no que fazer sobre a nossa relação, mas por enquanto eu prefiro não pensar demais nesse assunto.

Mei sorriu.

— Obrigada, Tao!

O ômega mordeu o lábio inferior, ansioso.

— Bom, acho que você vai querer o seu restaurante de volta, não é mesmo?! — riu sem graça.

— Não.

Selvagem [wyf+hzt]Onde histórias criam vida. Descubra agora